Logo que sa�ram as primeiras parciais da vota��o da disputa pela Presid�ncia, no in�cio da noite deste domingo, 7, o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, e os aliados mais pr�ximos se levantaram para comemorar uma vit�ria ainda no primeiro turno. Na sala da casa do presidenci�vel, em um condom�nio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, palmas e gritos cessaram quando, minutos depois, o grupo percebeu que ainda haveria um segundo turno.
Bolsonaro s� demonstrou estar convencido de que ainda disputaria um novo round com Fernando Haddad (PT) por volta de 19h30, quando a TV mostrava que 68,27% dos votos estavam apurados. Agora, a orienta��o da campanha �, nas palavras do presidente do PSL, Gustavo Bebianno, de "porrada" no rival, sem tr�guas nas redes sociais e no hor�rio eleitoral gratuito. E a estrat�gia j� entrou em funcionamento no domingo.
"O Partido dos Trabalhadores financiou ditaduras via BNDES; anulou o legislativo no mensal�o; tem tesoureiros, marketeiros (sic) e ex-presidente na cadeia por corrup��o; quer acabar com a Lava Jato, al�m de controlar a m�dia e internet. Se algu�m amea�a a democracia, esse algu�m � o PT!", escreveu Bolsonaro, no fim da noite, em uma rede social. "Nosso pa�s � grande e pr�spero, n�o uma fac��o criminosa para ser comandado de dentro da cadeia", continuou. Ele n�o se pronunciou oficialmente no domingo.
Com o an�ncio oficial de que haveria segundo turno, o capit�o reformado come�ou a definir as ordens para a equipe. A campanha partir� para afagos no eleitor de Ciro Gomes (PDT) - sua equipe acredita que a migra��o de votos do terceiro colocado pode n�o ir totalmente para Haddad.
Corrup��o
O restante do roteiro para o in�cio do segundo turno j� estava escrito: foco em esc�ndalos de corrup��o do PT, mas tamb�m uma humaniza��o ainda mais forte da imagem de Bolsonaro.
A campanha ainda desenvolver� pe�as sobre os planos do candidato para a seguran�a p�blica e para o aumento da oferta de emprego, segundo relatos de dois integrantes da equipe.
Bolsonaro se concentrar� em entrevistas e publicidade exclusivas para o Nordeste, �nica regi�o do Pa�s onde foi derrotado pelo petista.
Nos dez minutos que ter� no hor�rio gratuito da TV, o grupo definir� os espa�os para ataques ao PT e para propostas de governo, segundo o general Augusto Heleno Ribeiro, um dos conselheiros do candidato.
Porrada
Pela manh�, Gustavo Bebianno, um dos principais integrantes da equipe do candidato, planejava os pr�ximos passos da campanha. Segundo ele, o tom da publicidade e dos discursos seria de mobiliza��o e foco no ataque ao concorrente.
"� porrada", afirmou. "O confronto vai ser direto. Com o PT n�o tem conversa. Vamos com for�a, n�o vamos ter piedade com os erros e os males do PT."
Bebianno afirmou ainda que, durante a campanha, os petistas foram "desleais" e "baixaram o n�vel". "Estamos preparados para o confronto." Uma pacifica��o ser� necess�ria, na avalia��o do presidente do PSL, mas isso dever� acontecer somente depois do resultado final das urnas, no dia 28. "Depois das elei��es � diferente. � governar para todo o Brasil." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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