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Estado de Minas

Ciro Gomes, o pol�tico temperamental que pode definir a elei��o

Com 13.344.074 votos, candidato do PDT, que tentou se colocar como a terceira via entre os extremos, agora � pe�a-chave no xadrez do segundo turno


postado em 08/10/2018 10:03 / atualizado em 08/10/2018 11:50

(foto: Thiago Gadelha / AFP)
(foto: Thiago Gadelha / AFP)
 

O candidato de centro-esquerda Ciro Gomes, um temperamental advogado e pol�tico nordestino, pode ter, com os 12,5% de votos recebidos no primeiro turno, uma das chaves do resultado do segundo turno presidencial.

 

                            Veja aqui o resultado das elei��es no primeiro turno

Aos 60 anos, o l�der de uma poderosa fam�lia do estado do Cear�, tentou encarnar uma terceira via entre o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro e o aspirante do PT, Fernando Haddad, escolhido pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que desde abril cumpre pena de 12 anos de pris�o por corrup��o.

As pesquisas reduziram suas pretens�es de capitalizar o descontentamento do eleitor progressista com o petismo, que muitos associam � corrup��o e crise econ�mica.

O resultado de domingo o deixou longe do segundo turno, de 28 de outubro, uma consequ�ncia, de acordo com os analistas, das poucas alian�as que conseguiu estabelecer na campanha.

Mas agora seus votos, que superam os do candidato de centro-direita Geraldo Alckmin (4,76%), podem cobrir uma parte importante dos 17 pontos que separam Bolsonaro (46,04%) de Haddad (29,26%). E ter um impacto psicol�gico capaz de atrair outras ades�es.

Gomes, que foi ministro da Integra��o Nacional de Lula, afirmou que discutir� com os l�deres do PDT a posi��o para o segundo turno, mas antecipou um prov�vel apoio: "Farei o que fiz por toda minha vida, que � lutar pela democracia e contra o fascismo", declarou.

Mas a disposi��o n�o � t�o evidente como aparenta, pois o cearense critica com o mesmo �mpeto o atual presidente Michel Temer e a corrup��o no PT.

Em sua terceira candidatura � presid�ncia, o pol�tico experiente se deixou levar pela impetuosidade.

Um exemplo foi uma declara��o sobre Bolsonaro durante a campanha. Ele chamou o rival de "nazista filho da puta".

Antes chegou a declarar, extremamente irritado, que Lula era um "merda", chamou Temer de "ladr�o fisiol�gico" e alguns policiais de "marginais fardados".

As declara��es j� renderam a abertura de mais de 70 processos.

Ciro Gomes, chefe de uma poderosa fam�lia do estado do Cear�, foi prefeito, governador, deputado e ministro duas vezes, uma trajet�ria que o levou a sete partidos durante a carreira pol�tica.

Ocupou a pasta de Fazenda em 1994 (sob a Presid�ncia de Itamar Franco), no primeiro ano de aplica��o do Plano Real contra a hiperinfla��o, e foi ministro da Integra��o Nacional de Lula, de 2003 a 2006.

Ele foi pesquisador-visitante na Universidade de Harvard.

Sem falsa mod�stia, afirmou na campanha que era o pol�tico "experiente, honesto e com autoridade" que o Brasil precisava.

Pai de quatro filhos, Gomes vive atualmente com a quarta esposa, Giselle Bezerra, uma produtora de televis�o de 39 anos.

Em 2002, quando era casado com a atriz Patr�cia Pillar, disse que se fosse eleito presidente o papel da primeira-dama ser "dormir" com ele.

Depois de confessar que foi criado em um ambiente "machista", Gomes afirmou que esta "piada" foi provavelmente "o maior erro" de sua vida.


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