(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ap�s declara��o de Zema sobre apoio de Pimentel, Anastasia ataca: 'muito estranho'

Em entrevista ao EM, o candidato Romeu Zema afirmou ter 'humildade suficiente at� para pedir ao petista Fernando Pimentel a ades�o'


postado em 09/10/2018 21:08 / atualizado em 09/10/2018 23:13

 
O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Antonio Anastasia, usou as redes sociais na noite desta ter�a-feira para atacar seu advers�rio no segundo turno das elei��es estaduais, o empres�rio Romeu Zema (Novo). Anastasia afirmou 'achar estranho' a declara��o de Zema ao Jornal Estado de Minas sobre o segundo turno: "Pediria apoio at� ao Pimentel". 
 
"N�s custamos tanto a derrotar o PT, n�o elegemos a Dilma ao Senado, acabamos com o desgoverno do Pimentel em Minas Gerais, e agora o senhor Zema vem dizer que quer o Pimentel de volta? Eu acho muito estranho", disse Anastasia. O candidato do PSDB afirmou ainda que as ideias, a concep��o e a forma de governar de Pimentel � completamente diferente daquela que ele gostaria de ver no estado. 
 
A polêmica começou após publicação de reportagem do Jornal Estado de Minas desta terça-feira(foto: Reprodução/Facebook)
A pol�mica come�ou ap�s publica��o de reportagem do Jornal Estado de Minas desta ter�a-feira (foto: Reprodu��o/Facebook)
A pol�mica come�ou ap�s publica��o de reportagem do Jornal Estado de Minas desta ter�a-feira. Em entrevista, o candidato Romeu Zema afirmou ter humildade suficiente at� para pedir ao petista Fernando Pimentel a ades�o, desde que ela n�o esteja vinculada a promessas de cargos.
 
Romeu Zema criticou o advers�rio nas urnas, senador Antonio Anastasia (PSDB), e rebateu o discurso do tucano, que se apresenta como o nome com experi�ncia para resolver a crise no estado. “Se experi�ncia de gest�o for fazer conchavos, criar cabides de empregos, operar balc�es de neg�cios, como tem sido a pol�tica, eu realmente n�o entendo disso n�o”.
 
RELEIA A ENTREVISTA COM ROMEU ZEMA
 
O resultado da elei��o surpreendeu at� o senhor, que esperava estar no segundo turno, mas n�o em primeiro lugar. O que acha que o levou ao segundo turno?
 
Atribuo a alguns fatores. O primeiro � muito trabalho. Com toda a certeza, fui o candidato que mais visitou cidades, que mais percorreu quil�metros e mais fez reuni�es em toda a campanha. Outro ponto que vejo foi o debate da ter�a-feira passada, que me colocou em condi��es de igualdade com os concorrentes. At� ent�o, havia sido um player que estava tendo muitas dificuldades, devido aos seis segundos na TV e � n�o participa��o em outros debates por causa da n�o representatividade do partido no Congresso Nacional. Outro ponto s�o as propostas que eu e o Novo temos, que s�o totalmente diferentes daquelas dos mesmos pol�ticos de sempre. Esses fatores fizeram com que a gente decolasse do terceiro lugar para segundo e primeiro.

No debate o senhor pediu voto para o Bolsonaro. Foi de prop�sito? Acha que isso ajudou?
 
Ali j� era quase uma hora da manh�, depois de um dia longo, e n�o estava com o racioc�nio 100%. O que quis dizer foi que, em Minas, quem vota no Amo�do e no Bolsonaro estava votando com o Zema. As palavras n�o sa�ram bem essas, mas era o que eu queria dizer e, inclusive, boa parte dos candidatos do partido do Bolsonaro a deputado estadual e federal me apoiaram voluntariamente. Eles viram em mim e no partido Novo o que mais se aproximava das propostas dele, somos ambos partidos de direita, houve essa converg�ncia de ideias que levaram a esse apoio volunt�rio. Sou muito grato a todo esse apoio do pessoal da direita.

O senhor disse que o partido ainda vai decidir, mas o senhor pessoalmente quer Bolsonaro presidente?
 
O partido est� decidindo at� amanh� � noite e vou acatar porque, no Novo, sou um soldado, o diret�rio tem total autonomia e isen��o, sou cobrado e fiscalizado por eles. Diferentemente de outros partidos, temos essa estrutura de governan�a. O que o partido j� definiu � que n�o apoiar� o PT por diverg�ncia de projetos e propostas. A quest�o de estar ou n�o apoiando outro candidato vamos aguardar. Espero que o partido tome o posicionamento mais l�cido, aquilo que vai ser melhor para Minas e para o Brasil.

Mas o senhor com esse resultado se torna a principal lideran�a do partido. O que vai defender?
 
Na estrutura do Novo n�o opino. Sou um executor. Quem vai definir � o diret�rio. L�gico que v�o considerar tudo isso que disse.

Em Minas, o senhor aceitaria apoio do governador Pimentel? Que outros candidatos vai procurar?
 
Todo apoio que quiser aderir a n�s, no sentido de fazer o que � bom para Minas, queremos. Agora, n�o queremos balc�o de neg�cios. N�o quero nenhum apoio em troca de secretaria ou alguma coisa. Se fosse para fazer isso, estaria l� na minha cidade, em Arax�, e deixaria os mesmos pol�ticos de sempre a� fazendo. N�o quero colocar em pr�tica aquilo que sempre combati.

O senhor pediria apoio ao Pimentel? N�o � contradit�rio, j� que defende o voto anti-PT?
 
N�o cheguei a pensar nisso, est� muito prematuro, mas sou humilde, eu pediria. Pe�o apoio a todo mundo, ao povo mineiro. Precisamos salvar o estado, n�o tenho restri��o a pedir apoio a ningu�m, mas que fique claro que n�o vou lotear o estado ou fazer promessa. Nosso compromisso � com o povo mineiro. Quero um secretariado totalmente profissional. Todo apoio que n�o envolva balc�o de neg�cios ser� bem-vindo. Quero gente que apoia o futuro bom dos mineiros.

Como enfrentar um candidato que j� governou Minas e tem a seu favor o discurso da experi�ncia?
 
Esses gestores est�o � frente de Minas Gerais h� 20 anos e fabricaram esse desastre que estamos vivendo aqui. Se experi�ncia de gest�o for fazer conchavos, criar cabides de empregos, operar balc�es de neg�cios, como tem sido a pol�tica, realmente n�o entendo disso n�o. Agora, de colocar gente competente, resolver problema, gastar menos, oferecer um bom servi�o, isso eu sei fazer muito bem. Gosto de lembrar que nunca atrasei o sal�rio de quem trabalha comigo, mesmo pagando imposto. E eles que recebem imposto est�o atrasando os sal�rios. N�o me sinto nem um pouco constrangido com essa compara��o, que acho totalmente indevida. Gostaria que ele (Anastasia) tivesse um dia ter que tocar um neg�cio, acordar de madrugada e trabalhar at� 10 horas da noite, viajar por estradas de terra esburacadas, trocar pneu que fura, se ele daria conta de aguentar o roj�o. Tenho certeza de que consigo, e com muita tranquilidade. Vou montar um secretariado todo t�cnico, e ele um sob press�o de quem apoia a coliga��o dele. J� vai come�ar uma gest�o de p�s e m�os atados, diferentemente de mim, que vou ter toda liberdade.

O senhor vem de uma experi�ncia no setor privado com uma empresa lucrativa. Se eleito, como vai ser administrar um estado com um rombo de R$ 11,4 bilh�es?
 
� um grande desafio, o principal deles solucionar o d�ficit p�blico. Vamos atuar em alguns pilares. O primeiro � uma redu��o de despesas como nunca foi feito, reduzir as atuais 21 secretarias para 9, cortar 80% dos cargos de indica��o pol�tica, rever contratos, abrir a caixa-preta da Previd�ncia, que tem aposentadorias inexplic�veis e que n�o aparecem no portal da transpar�ncia. Mas isso n�o � suficiente. Vou simplificar, como nunca, a vida de quem quer trabalhar e trabalha em Minas Gerais. Minas � o estado que mais perde empresas para o Brasil e mais maltrata quem quer trabalhar. � um estado que prejudica quem quer trabalhar e o que quero � o contr�rio, um estado que al�m de n�o prejudicar crie algum tipo de incentivo. Outra medida que vamos tomar � renegociar a d�vida de Minas com o governo federal, o que poderia ter sido feito pelo atual governador, e n�o foi porque ele se negou a adotar medidas de economia. Minas poderia estar em uma situa��o muito menos cr�tica, mas ele foi s� gastando, criando cabides de emprego, e chegamos onde chegamos.

O senhor j� tem um prazo para regularizar o pagamento dos sal�rios e os repasses �s prefeituras?
 
� algo que vai levar tempo, mas que vamos tentar agilizar ao m�ximo, tomando as medidas de redu��o de despesas e ampliando a arrecada��o sem aumentar impostos, atraindo novas empresas, criando empregos, gerando renda e negociando com o governo federal. Tudo isso sendo feito, vamos caminhar para regularizar esses pagamentos atrasados dos funcion�rios e das prefeituras. � coisa de dois anos aproximadamente a nossa estimativa. Antes disso, o atraso vai se reduzindo, mas tudo isso vai depender de conjuntura econ�mica, ent�o seria uma irresponsabilidade minha falar em prazo agora.

O senhor n�o se programou nem financeiramente para um segundo turno. Como vai ser a participa��o do Novo e do Amo�do?
 
Estamos acostumados a tirar leite de pedra. Apesar de ter tido a maior vota��o, mais de 4,1 milh�es, gastei uma pequena fra��o do que os concorrentes que tiveram menos voto gastaram. Vamos continuar com essa efici�ncia, com essa economia que � o que a gente sabe fazer, trabalhando muito. Gosto de lembrar que o Novo funciona igual a um time de futebol: quem joga bem tem torcida e tem pagante. Vamos fazer dessa maneira, os 25 mil filiados do Novo continuam contribuindo e, com certeza, n�o v�o se omitir de contribuir um pouco mais neste momento t�o decisivo para n�s.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)