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Estado de Minas POL�TICA

TSE vai tratar de fake news com WhatsApp e quer lan�ar aplicativo para den�ncias

O TSE tamb�m pretende utilizar o pr�prio site do tribunal para catalogar not�cias falsas dirigidas � institui��o, para desmistificar ataques e reiterar que n�o h� comprova��o de fraude em 22 anos de utiliza��o das urnas eletr�nicas


postado em 10/10/2018 21:00 / atualizado em 10/10/2018 23:06

(foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO CONTEUDO)
(foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO CONTEUDO)
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai marcar uma reuni�o para os pr�ximos dias com representantes do WhatsApp com o objetivo de discutir a dissemina��o de fake news na campanha eleitoral brasileira, especialmente aquelas que atingem a imagem da Justi�a Eleitoral e a seguran�a do sistema.

O TSE tamb�m pretende utilizar o pr�prio site do tribunal para catalogar not�cias falsas dirigidas � institui��o, para desmistificar ataques e reiterar que n�o h� comprova��o de fraude em 22 anos de utiliza��o das urnas eletr�nicas.

Em outro esfor�o para rebater boatos e falsas acusa��es, a Corte Eleitoral est� trabalhando em um aplicativo em que os pr�prios usu�rios poder�o denunciar fake news, mas ainda n�o se sabe se a ferramenta ser� conclu�da antes do segundo turno, marcado para o dia 28 de outubro.

Esses assuntos foram debatidos durante reuni�o nesta quarta-feira, 10, com os integrantes do Conselho Consultivo sobre Internet e Elei��es, que se encontrou pela primeira vez durante o per�odo eleitoral - a �ltima reuni�o havia sido em 4 de junho, antes de a ministra Rosa Weber assumir a presid�ncia do TSE.

As plataformas WhatsApp, Facebook e Google n�o foram convidadas para a reuni�o, mas dever�o participar do pr�ximo encontro do conselho, previsto para o dia 22 de outubro. Antes disso, auxiliares do TSE pretendem conversar com representantes do WhatsApp para tratar da utiliza��o da plataforma para a prolifera��o de not�cias falsas.

Nesta quarta, o ministro do STF Alexandre de Moraes disse que fake news n�o tiveram influ�ncia na elei��o.

Assustador

Em r�pida conversa com jornalistas, conselheiros apresentaram vis�es divergentes sobre o impacto das fake news no primeiro turno das elei��es. "Existem not�cias falsas circulando desde o in�cio da campanha. O volume de conte�dos falsos pra provocar dano aumentou assustadoramente, sobretudo nos �ltimos dias que antecederam a elei��o", avaliou o conselheiro Thiago Tavares, presidente da associa��o SaferNet Brasil.

"Eu vejo com muita preocupa��o a a��o deliberada e provavelmente coordenada de algumas campanhas em produzir conte�dos deliberadamente falsos com o objetivo de desestabilizar o processo eleitoral e desacreditar a Justi�a Eleitoral", completou Tavares, que n�o mencionou nomes de candidatos.

Tavares tamb�m destacou que a produ��o de conte�do falso "� muito maior do que a capacidade das ag�ncias" de checar a informa��o. "A fraude custa pouco, mas a checagem exige profissionais qualificados, e muitas vezes o resultado da checagem n�o tem o mesmo alcance que teve o conte�do falso", comentou Tavares.

Riscos. Para Luiz Fernando Martins Castro, do Comit� Gestor da Internet no Brasil, as "ofensas praticadas foram muito menores" do que o imaginado.

"O TSE entendeu que � importante mapear os riscos e est� tranquilo quanto ao fato dessa pr�tica no ambiente da internet. H� preocupa��o espec�fica com o que circula no WhatsApp, porque n�o � uma rede monitorada", disse Martins Castro.

"N�o h� nenhuma inten��o de controle de conte�do. H� preocupa��o com agress�es infundadas contra a institui��o da Justi�a Eleitoral", completou.

J� o coordenador do conselho e secret�rio-geral do TSE, Est�v�o Waterloo, afirmou que o cen�rio poderia ser "bem pior". "A avalia��o do conselho � a de que o cen�rio seria infinitamente pior. N�o � um cen�rio simples, n�o � um cen�rio f�cil, � um cen�rio preocupante no mundo inteiro", minimizou Est�v�o.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo informou nesta quarta-feira, a falta de uma defini��o por parte do TSE sobre a estrat�gia a ser adotada para prevenir a dissemina��o de not�cias falsas e a aus�ncia de uma tipifica��o penal para enquadrar a prolifera��o delas abriu caminho para um grande n�mero de fake news distribu�das no primeiro turno das elei��es, na avalia��o de investigadores e conselheiros do TSE. Para conselheiros ouvidos reservadamente pela reportagem, a Corte Eleitoral subestimou o impacto da prolifera��o de not�cias falsas durante a campanha. Para um deles, o TSE "est� atuando a reboque dos fatos".


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