

O cancelamento dos dois primeiros debates entre os candidatos � Presid�ncia que disputam o segundo turno foi motivo de troca de ofensas ontem entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O capit�o reformado recebeu na manh� de ontem a visita de seus m�dicos, que recomendaram repouso at� a pr�xima semana. Ap�s a confirma��o de que Bolsonaro n�o participaria do debate na Rede Bandeirantes, Haddad afirmou que o pa�s precisa conhecer as propostas dos candidatos e que iria “na enfermaria em que ele estiver para debater”. Nas redes sociais, o tom de acusa��es entre os candidatos continuou, com o petista chamando Paulo Guedes (indicado pelo deputado para comandar a equipe econ�mica caso eleito) de “Temer piorado”. Bolsonaro afirmou que os petistas defendem “menores estupradores”.
“Ele tem desejo de participar (dos debates) realmente, mas no momento, perante essa avalia��o que fizemos aqui, consideramos que n�o � o momento ideal para ele voltar �s atividades”, afirmou o cardiologista Leandro Echenique. Os m�dicos explicaram ainda que a situa��o cl�nica � est�vel, mas que ele precisa manter o repouso por mais uma semana para recuperar seu peso. Desde a facada, Bolsonaro perdeu 15 quilos e, segundo os m�dicos, precisar� uma alimenta��o refor�ada em prote�nas para o aumento da massa magra.
Fernando Haddad disse que os debates entre os dois candidatos ser�o fundamentais para que os eleitores conhe�am os dois projetos em disputa no segundo turno. O ex-prefeito de S�o Paulo afirmou que estaria disposto a ir a uma enfermaria para discutir as propostas de governo com o advers�rio. “Nosso receio � de que ele busque subterf�gios para n�o debater. Estou disposto at� a ir a uma enfermaria para debater com ele. O futuro do Brasil est� em jogo e ningu�m pode chegar � Presid�ncia sem dizer o que vai fazer para o pa�s”, disse Haddad.
Ontem, a Bandeirantes informou que o encontro marcado para amanh� seria adiado para a pr�xima semana, provavelmente na sexta-feira, dia 19. A RedeTV! Informou tamb�m que, em virtude da impossibilidade de participa��o de Bolsonaro, o debate que estava marcado para a pr�xima segunda-feira, dia 15 foi cancelado.
VIOL�NCIA Ontem, diante dos novos casos de viol�ncia envolvendo a campanha presidencial, Bolsonaro postou a seguinte mensagem em seu perfil no Twitter: “Dispensamos voto e qualquer aproxima��o de quem pratica viol�ncia contra eleitores que n�o votam em mim. A esse tipo de gente pe�o que vote nulo ou na oposi��o por coer�ncia e que as autoridades tomem as medidas cab�veis, assim como caluniadores que tentam nos prejudicar”.
Alguns aliados dos petistas subiram o tom nas cr�ticas � aus�ncia de Bolsonaro no primeiro debate. O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que o capit�o reformado se comporta como “covarde e fuj�o”, que usa “atestado ad perpetuam como desculpa esfarrapada” para que a popula��o “n�o conhe�a sua verdadeira identidade”.
As provoca��es entre os aliados dos presidenci�veis ganharam tom mais pejorativo e agressivo nas redes sociais ao longo do dia. O filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, criticou a fala de Haddad sobre a aus�ncia nos debates: “Haddad, voc� entende mesmo � de ir em pres�dio”. O capit�o reformado compartilhou o post do filho e disparou contra o petista: “Calma que sua hora vai chegar, marmita de corrupto preso”. A briga se espalhou pela internet, com os apoiadores de cada lado divulgando as provoca��es e ofensas. As hashtags #marmitadecorrupto e #bolsonarocagao estiveram ao longo de todo o dia entre os assuntos mais comentados.
Ontem, a viol�ncia p�blica tamb�m se tornou motivo de embate entre Haddad e Bolsonaro no Twitter. O petista citou falas do capit�o reformado em defesa de torturadores: “Meu advers�rio defende torturador at� hoje, mesmo sabendo que nos por�es da ditadura aconteciam estupros contra as mulheres presas”. Horas depois, o candidato do PSL rebateu: “Se pesquisarem no Google “menor estupra” ou “menor mata”, ver�o que centenas de crimes desta natureza espalhados por todo pa�s nos �ltimos anos. O PT e o PCdoB, incluindo suas parlamentares, votaram contra a pris�o de menores que estupram e matam. N�s sempre fomos a favor!”, escreveu Bolsonaro.