
Professora da unidade h� quatro anos, Odara D�l�, de 30 anos, conta que estava de folga no dia 1º de outubro, quando a picha��o foi feita, e que soube do ocorrido no dia seguinte. "Mostraram fotos da porta da sala pichada com a su�stica e com palavras bem ofensivas. Era para mim, porque tinha o meu nome."
Odara diz que a manifesta��o de racismo a surpreendeu. "A gente sempre tem essa imagem de que a escola � um ambiente de conhecimento, de se relacionar com o pr�ximo. A su�stica � o que me choca, porque simboliza o desrespeito e um momento em que se matou milhares de pessoas, judeus, deficientes. Quando se coloca o (s�mbolo do) nazismo, quer eliminar outras pessoas."
Diante da situa��o, a professora procurou a Delegacia de Repress�o aos Crimes Raciais e de Delitos de Intoler�ncia e registrou um boletim de ocorr�ncia. A delegacia, que faz parte do Departamento Estadual de Homic�dios e de Prote��o � Pessoa (DHPP), informou que investiga o caso e que a v�tima e testemunhas ser�o ouvidas nos pr�ximos dias.
De acordo com o boletim de ocorr�ncia, no mesmo dia em que a professora foi informada sobre a picha��o houve uma reuni�o entre a diretora da escola, o coordenador, a professora e todos os alunos sobre o caso.
Ainda na ter�a, segundo o BO, tr�s estudantes procuraram a coordena��o e informaram que outros tr�s alunos, com idades de 16 a 17 anos, eram os autores das inscri��es racistas.
Um dos envolvidos confirmou a vers�o. Houve uma reuni�o com os pais para informar sobre o ocorrido.
Rep�dio
A secretaria se manifestou e disse que repudia qualquer ato de preconceito e discrimina��o. "O respeito e a inclus�o s�o princ�pios b�sicos trabalhados constantemente na rede estadual. Uma reuni�o com os respons�veis pelos alunos foi realizada para que tomassem conhecimento do fato, uma vez que a Educa��o se faz com participa��o da fam�lia e da sociedade. A Diretoria Regional Norte 2 est� � disposi��o da professora para tudo o que for necess�rio."
A pasta destacou ainda o trabalho realizado por Odara, que criou um aplicativo com foco na cultura afrobrasileira. Em novembro do ano passado, ela desenvolveu o Alfabantu. "Tivemos 6 mil downloads e isso mostra que tem uma necessidade de conhecer a cultura africana e mecanismos pedag�gicos e educacionais."