(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Debates acirram disputa entre Bolsonaro e Haddad

Capit�o reformado anuncia tr�s nomes para eventual minist�rio e diz que n�o sabe se discute com ex-prefeito ou Lula. Petista afirma que rival evita confronto direto por falta de propostas


postado em 12/10/2018 06:00 / atualizado em 12/10/2018 07:27

Bolsonaro tenta conquistar mais votos no Nordeste, por isso usou chapéu típico em entrevista. Fernando Haddad tem focado seus ataques ao adversário na recusa dele em participar de debates (foto: MAURO PIMENTEL/AFP / DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Bolsonaro tenta conquistar mais votos no Nordeste, por isso usou chap�u t�pico em entrevista. Fernando Haddad tem focado seus ataques ao advers�rio na recusa dele em participar de debates (foto: MAURO PIMENTEL/AFP / DIDA SAMPAIO/ESTAD�O CONTE�DO)

Os candidatos � Presid�ncia Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) trocaram acusa��es ontem sobre os debates na televis�o. L�der nas pesquisas, o capit�o reformado admitiu a estrat�gia de ficar longe dos embates e alegou que n�o o faria por considerar que o petista seria um ‘ventr�loquo’ do ex-presidente Lula. Haddad, por sua vez, questionou o atestado m�dico do advers�rio, colocando em xeque o motivo de ele estar apto a dar entrevistas e n�o a debater. Em entrevista � r�dio CBN, Bolsonaro questionou a autenticidade do candidato petista. “Gostaria de debater com ele sim, eu e ele, sem intermedi�rio”, afirmou, se referindo a uma poss�vel influ�ncia de Lula.


O candidato foi questionado sobre suas declara��es a favor do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontado como torturador durante a ditadura militar, e sobre defesas que fez de guerra civil e do fuzilamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Bolsonaro disse que as entrevistas foram dadas h� 20 anos e que quando falou sobre fuzilar FHC usou “met�fora”. “A gente evolui, vou governar daqui para frente. Agora, n�o sou o Jairzinho paz e amor, sou a pessoa aut�ntica que sempre fui”, disse.


Bolsonaro voltou a dizer que n�o houve condena��o transitada em julgado contra Ustra e que o “outro lado”, no qual enquadrou a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex ministro Jos� Dirceu, do PT, cometeu barbaridades e as pessoas n�o condenam os doia. “Sempre falei que houve excessos dos dois lados”, disse.

O candidato voltou a acusar Haddad e o PT de promoverem o “kit gay” e a ideologia de g�nero nas escolas. Questionado sobre como educadores deveriam lidar com bullying nas escolas por motivo de orienta��o sexual dos alunos, afirmou que as institui��es educacionais n�o devem intervir. “O pai n�o quer encontrar o filho brincando de boneca por influ�ncia da escola. N�o tenho nada contra gay, mas isso n�o se discute”, disse.

Confrontado sobre sua posi��o em rela��o �s mulheres, Bolsonaro disse que quando falou sobre mulheres ganharem menos que homens estava expressando a opini�o de empres�rios. Segundo ele, “o mercado � que tem que decidir” sobre isso. J� sobre a possibilidade de ter uma mulher no seu minist�rio, ele disse que vai depender da compet�ncia da pessoa. “Pretendo ter 15 ministros. Um j� � homem, os outros 14 podem ser tudo mulher, tudo gay ou afrodescendente. O que o povo quer saber n�o � se quem est� em tal minist�rio � gay ou mulher, quer � que d� conta do recado”, disse. Bolsonaro citou como escolhidos Paulo Guedes para a pasta da Fazenda, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil e o general Augusto Heleno para a Defesa . Segundo ele, o restante da equipe ser� definido depois das elei��es.

ATAQUE
Em entrevista � CBN tamb�m, Haddad voltou a fazer cr�ticas a Bolsonaro e cobrar a participa��o dele em debates. O petista ainda acusou Bolsonaro de incitar a viol�ncia na medida que fala que frases pol�micas em atos de campanha, como no Acre em que chamou os apoiadores para “metralhar petistas”. “� um homem completamente impr�prio para o debate democr�tico”, disse. Haddad disse que n�o acredita que Bolsonaro v� participar dos debates porque sua estrat�gia est� ancorada na viol�ncia. “N�o acredito que ele v� participar de debate, porque ele n�o tem plano para o pa�s. Ele s� promove a viol�ncia e acha que tudo se resolve na bala, de maneira que entende que, dificilmente, vai participar de confronto direto”, afirmou. O candidato do PT ainda disse que o advers�rio usa atestado para n�o comparecer aos confrontos, mas concede entrevista, o que, na opini�o dele, causa o mesmo desgaste f�sico. “Eu n�o consigo entender o argumento. N�o pode reservar duas horas para um debate face a face”, afirmou.

A divulga��o de not�cias falsas, assunto que tem tomado parte das discuss�es, tamb�m foi abordada. De acordo Haddad, mais do que a troca de mensagens sem conte�do ver�dico entre apoiadores, o pr�prio advers�rio espalha “mentiras”. “Inclusive quero ter oportunidade para desmascarar ele e as mentiras que ele conta pela internet. Ele est� me acusando de distribuir material impr�prio para crian�as de seis anos, como se as professoras brasileiras fossem aceitar uma coisa absurda dessas”, afirmou.

Haddad ainda afirmou que visitou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, e que “� bom ir se aproximando” do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cacique do PSDB. “O bom � ir se aproximando para construir o entendimento sobre o que seria isso, para ficar claro do que se trata”, disse Haddad, ao ser perguntado se gostaria de ter o apoio de FHC.

“Visitei o Joaquim Barbosa n�o por outra raz�o. Quero escolher os melhores quadros e propostas para aprimorar o combate � corrup��o no Brasil”. Haddad garantiu que a Lava-Jato vai continuar, assim como a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico e o poder Judici�rio. Haddad n�o respondeu se Joaquim Barbosa poderia ser ministro em um eventual governo petista, mas disse que ele pode ajudar o pa�s “de muitas formas, n�o necessariamente participando da vida p�blica.”

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)