Haddad: aus�ncia de Lula em campanha mostra necessidade de governo 'mais amplo'

O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, afirmou que a aus�ncia do ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva nas campanhas do segundo turno mostra a necessidade de se construir um governo "mais amplo do que o PT" para manter est�veis as institui��es democr�ticas. "Vamos ter de unir as for�as democr�ticas em um governo mais amplo que o PT", disse, e emendou: "Todo mundo que for a favor da democracia, eu convoco para meu lado. � um sinal que estou dando de que quero ampliar o debate na sociedade", afirmou, durante entrevista � R�dio Capital, de S�o Paulo.

O material de campanha do PT no segundo turno deixou de lado a imagem do ex-presidente Lula, preso em Curitiba na Opera��o Lava Jato, al�m do pr�prio vermelho, cor cl�ssica da sigla. O novo logo usa as cores da bandeira do Brasil. A mudan�a gerou cr�ticas nas redes sociais, sobretudo por causa da semelhan�a com o logo de seu advers�rio, Jair Bolsonaro (PSL).

Haddad tamb�m aproveitou para criticar a aus�ncia de Bolsonaro nos debates. "Ele j� teve alta. Pode debater e vai em todas as entrevistas", disse.

Segundo a equipe do candidato do PSL, Bolsonaro ficar� fora dos debates at� o dia 18 por orienta��o m�dica - ele foi esfaqueado em Minas Gerais em ato de campanha.

Sobre as estrat�gias do PT para reverter o resultado do primeiro turno, Haddad disse que tem se esfor�ado para levar � popula��o as propostas de Bolsonaro. "Porque eu acho que se a gente levar as propostas dele ao conhecimento das pessoas, elas v�o deixar de votar nele", disse.

Como exemplo, o petista apontou o ensino a dist�ncia desde o fundamental no Brasil, hip�tese levantada pelo candidato do PSL. "Imagina uma crian�a aprendendo em casa, sozinha?", questionou. "O que ele (Bolsonaro) quer � dispensar os professores para baratear a educa��o".

Mea-culpa

O candidato do PT ao Planalto tamb�m esbo�ou um "mea-culpa" ao afirmar que o Partido dos Trabalhadores deve reconhecer seus erros para convencer o povo brasileiro de que far� um governo diferente. "O nosso problema � esse. Temos de recuperar o projeto que deu certo. Corrigindo o que esteve de errado, assumindo e corrigindo o que esteve de errado", disse.