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Estado de Minas POL�TICA

'O Brasil precisa achar um ponto de uni�o', afirma Rui Costa

Rui Costa foi reeleito governador da Bahia com 75,5% do votos v�lidos


postado em 16/10/2018 07:55 / atualizado em 16/10/2018 08:49

Governador eleito Rui Costa(foto: Ricardo Stuckert/Divulgação )
Governador eleito Rui Costa (foto: Ricardo Stuckert/Divulga��o )

Eleito com 75,5% dos votos v�lidos, o governador da Bahia, Rui Costa � hoje um dos fiadores de um discurso mais ao centro do candidato do PT � Presid�ncia Fernando Haddad, incluindo defesas de leis mais duras na seguran�a p�blica e da import�ncia da fam�lia.

Ao Estado, Costa disse que, ap�s uma elei��o marcada pela polariza��o, o presidente eleito, independente de quem seja, ter� que buscar o discurso da uni�o nacional. A seguir os principais trechos da entrevista:

N�s sa�mos de uma elei��o com o Pa�s conflagrado. Qual o papel que o senhor, como governador eleito, ter� no 2º turno?

O problema do Pa�s conflagrado n�o � uma elei��o apertada. O estopim disso foi o n�o respeito � decis�o do eleitorado. Aqueles que perderam em 2014 cumpriram a promessa de inviabilizar institucionalmente o funcionamento do governo. Numa alian�a parlamentar, n�o s� inviabilizaram como depuseram a presidente eleita por 54 milh�es de votos, que naquele momento estava com baixa aprova��o popular. E de l� para c� o Pa�s ficou muito polarizado. Meu papel tem sido pregar que o Brasil precisa pacificar, encontrar um ponto de uni�o do povo brasileiro, porque, caso contr�rio, quem vai sofrer muito s�o as pessoas mais pobres.

Como o senhor viu a vota��o do PSL e a onda conservadora?

Eu acho que � um movimento pontual. � da natureza humana, quando est� com raiva de alguma coisa, agir por impulso. Eu entendo que esse momento eleitoral do primeiro turno foi um impulso de manifesta��o de rep�dio contra os l�deres pol�ticos que hegemonizaram a pol�tica nos �ltimos anos. Mas eu espero que a serenidade volte � maioria dos brasileiros e que a gente retome a constru��o de um Pa�s calcado na paz e na harmonia.

Lula e outros pol�ticos importantes est�o presos, respondem a processos ou s�o investigados, o que criou uma onda antipol�tica no Pa�s. Como a pol�tica tradicional pode enfrentar os desafios representados por essa onda?

H� uma hist�ria ruim da pol�tica brasileira do financiamento privado de campanha, que sempre aconteceu no Brasil. Eu sempre fui defensor do fim do financiamento de campanha, e acho que a atual legisla��o ainda ficou com distor��o, pois permite que quem � candidato bote recursos ilimitados. Acho que a apura��o deve ser rigorosa e deve punir quem usou a pol�tica para enriquecimento pessoal. � preciso fazer a reforma pol�tica, porque ningu�m governa com 30 partidos.

Quais erros a classe pol�tica cometeu e que contribu�ram para esse caldo de antipol�tica?

Prefiro falar dos nossos. N�s cometemos erros no PT e nos governos petistas. Um deles foi n�o ter feito a reforma pol�tica. Estava tocando uma m�sica e n�s entramos no sal�o e, em vez de mudar a m�sica, continuamos dan�ando a mesma m�sica. Aceitou tocar a pol�tica do mesmo jeito que ela vinha sendo tocada a cinco ou seis d�cadas, quando dev�amos ter dado um basta.

Como vai ser governar os Estados em meio a essa perspectiva de continuidade de um cen�rio pol�tico conturbado?

Minha expectativa � que, com Haddad eleito, ele busque harmonizar o Pa�s, conversar com todos os governadores, independente da filia��o partid�ria, tratar todo mundo igual. A elei��o vira coisa do passado e a gente passa a construir o futuro do Brasil com todos os governadores. Se o outro candidato tratar de outra forma, o Pa�s vai aprofundar a crise.


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