A Rede e o PPS iniciaram nesta semana reuni�es conjuntas entre as siglas para organizar a fus�o dos dois partidos. Grupos designados por cada legenda se encontraram nesta quarta-feira, 17, em Bras�lia, e come�aram a mapear a situa��o nos Estados para tra�ar um plano definitivo.
Conforme apurou o Estad�o/Broadcast, os cen�rios estaduais s�o relativamente favor�veis para viabilizar a uni�o. Os comandos locais ser�o distribu�dos entre as principais lideran�as de acordo com a for�a de cada uma nas regi�es e o objetivo � contemplar os dois partidos igualitariamente para n�o gerar conflitos logo de in�cio.
A ideia � que as siglas se unam at� o fim do ano, ainda que informalmente, j� que uma regra impede a fus�o ou incorpora��o de partidos com menos de cinco anos, caso da Rede Sustentabilidade, criada em 2015. Por isso o partido ingressar� ainda nesta semana com uma a��o no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade da regra.
Integrantes do partido, no entanto, avaliam que a possibilidade do Supremo dar uma decis�o favor�vel � Rede � improv�vel. A mudan�a foi estabelecida pela minirreforma eleitoral de 2015 e j� foi questionada na Justi�a pelo Pros, que n�o obteve sucesso. Se o Supremo mantiver a regra, os dois partidos devem formalizar uma coliga��o pol�tica at� 2020, quando finalmente a fus�o poder� ser autorizada.
A fus�o entre os dois partidos � vista como a �nica sa�da para a rec�m-criada Rede Sustentabilidade, idealizada por Marina Silva. Ela concorreu � Presid�ncia da Rep�blica neste ano mas foi derrotada, em sua pior performance nas tr�s vezes em que concorreu ao cargo. Ela obteve apenas 1% dos votos v�lidos e acabou ficando em 8� lugar.
Rede obteve p�ssimo desempenho na C�mara
A sigla tamb�m obteve um p�ssimo desempenho eleitoral para a C�mara dos Deputados e acabou elegendo apenas uma deputada, a ind�gena Joenia Wapichana, de Roraima, mas se saiu bem no Senado, onde conseguiu eleger cinco nomes. Sem conseguir superar a cl�usula de barreira, por�m, o partido ficar� proibido de ter acesso ao Fundo Partid�rio e n�o ter� direito de exibir propaganda no r�dio e na televis�o. Sem os recursos, integrantes da Rede avaliam que � invi�vel a sobreviv�ncia da sigla.
J� o PPS elegeu 8 deputados, mas conseguiu superar a barreira porque obteve mais de 1% dos votos v�lidos em 15 Estados. A regra estabelece que, para superar a cl�usula de barreira, um partido deve eleger deputados em pelo menos 9 Estados ou obter 1,5% dos votos para a C�mara, com um m�nimo de 1% dos votos em nove Estados.
O presidente do PPS, Roberto Freire, j� conversou com Marina por telefone para dar in�cio ao plano. De acordo com ele, a aproxima��o do seu partido com a Rede foi natural porque, como o PPS j� havia decidido mudar de nome, abriu-se a brecha para tentar uma amplia��o do seu escopo pol�tico. Os dois devem se reunir pessoalmente na semana que vem.
Logo ap�s o resultado das elei��es em 1� turno, a Rede e o PV tamb�m iniciaram um di�logo com o intuito de uni�o entre os dois partidos, j� que os verdes conseguiram eleger 4 deputados federais e se encaixaram nas novas regras eleitorais.
Na �poca, o candidato � vice-presid�ncia na chapa de Marina, Eduardo Jorge, do PV, chegou a dizer que a coliga��o Rede-PV reaproximou a �rea ambientalista no Brasil e considerou a estrat�gia uma "vit�ria muito grande".
Mas a disputa eleitoral no Distrito Federal azedou a rela��o da Rede com o PV. O candidato derrotado da sigla ao senado, Chico Leite, acusou a chapa encabe�ada pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), que concorre � reelei��o, de dar prioridade na campanha a outra candidata do grupo ao Senado, a ex-jogadora Leila do V�lei (PSB), que acabou eleita. O candidato a vice na chapa, Eduardo Brand�o, � do PV.
Na semana passada, Leite divulgou uma nota em que retira seu apoio a Rollemberg no segundo turno e diz que sua decis�o foi baseada na "ingratid�o com quem o apoiou quando tinha a maior rejei��o entre os candidatos e a deslealdade com quem teve coragem de defend�-lo no momento em que ningu�m o defendia".
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