A campanha do presidenci�vel Jair Bolsonaro (PSL) estuda mexer na estrat�gia que havia definido para a �ltima semana da elei��o. Ap�s a den�ncia de que empresas teriam beneficiado Bolsonaro ao disseminar fake news em massa pelas redes sociais contra Fernando Haddad (PT), aliados mais pr�ximos do deputado reavaliam se ele deve manter o recolhimento confort�vel, sustentado pelas pesquisas de inten��o de voto, ou refor�ar os ataques ao PT na internet e por meio de breves discursos.
Neste s�bado, 20, Bolsonaro j� fez declara��es mais enf�ticas sobre o caso. Em entrevista no Rio, ele se declarou a favor da imprensa livre e afirmou que "n�o tem nada a ver" com a den�ncia envolvendo fake news.
At� ent�o, a c�pula da campanha programava que Bolsonaro passaria a maior parte do tempo descansando e se recuperando das consequ�ncias da facada que sofreu no dia 6 setembro em Juiz de Fora.
A Procuradoria Geral da Rep�blica pediu que a Pol�cia Federal investigue suspeitas de que empresas disseminam mensagens falsas em redes sociais relacionadas tanto a Bolsonaro como a Haddad. O inqu�rito foi instaurado neste s�bado pela PF. Em outra frente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu a��o para apurar as den�ncias de suposto abuso de poder econ�mico por parte de Bolsonaro na dissemina��o das fake news. As acusa��es surgiram quando o candidato j� se considerava, como declarou na �ltima quarta-feira, "com a m�o na faixa" presidencial. "Esse tipo de contato com bandidos quem tem � o PT, n�o eu", disse Bolsonaro.
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno tamb�m falou no s�bado sobre as den�ncias de fake news. Disse que entrar� com um pedido na PGR para que se investigue a den�ncia contra Bolsonaro. "Vamos pedir que essa den�ncia, que n�o tem p� nem cabe�a, seja apurada at� o fim."
Reelei��o. Ainda na entrevista, o presidenci�vel afirmou que pretende fazer uma "excelente reforma pol�tica" e voltou a sugerir o fim do instrumento da reelei��o e a redu��o do n�mero de congressistas. "Um presidente n�o tem autoridade para fazer reforma pol�tica. Cada parlamentar vota de acordo com seu interesse. O que eu pretendo fazer, tenho conversado com o Parlamento tamb�m, � voc� fazer uma excelente reforma pol�tica para acabar com o instituto da reelei��o, que no caso come�a comigo, se eu for eleito, e diminuir um pouco - 15%, 20% - a quantidade de parlamentares."
O presidenci�vel ainda declarou, no contexto de uma eventual reforma, que o ideal seria "criar um sistema eletr�nico de vota��o confi�vel, que possa ser audit�vel". Sobre pol�tica econ�mica, afirmou que o Banco Central ter� autonomia se ele vencer a elei��o, mas n�o quis citar quem estaria � frente da institui��o. "N�o sei se o atual presidente (Ilan Goldfajn ) vai ser mantido. N�o sei se ele � um bom nome, quem vai ver isso � o Paulo Guedes", disse ele, em refer�ncia ao economista respons�vel pelas propostas do PSL na �rea.
O presidenci�vel, no entanto, voltou a citar nomes para o minist�rio de um eventual governo seu a partir de 2019. "O tenente-coronel da Aeron�utica Marcos Pontes est� quase confirmado para a Ci�ncia e Tecnologia", disse. Pontes foi o primeiro astronauta sul-americano a participar de uma miss�o espacial, em 2006.
Investiga��o
A Pol�cia Federal instaurou na manh� deste s�bado, 20, um inqu�rito para investigar o disparo de mensagens pelo WhatsApp referentes aos presidenci�veis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O pedido de abertura de investiga��o partiu da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, que quer a apura��o de uma eventual utiliza��o de esquema profissional por parte das campanhas, com o prop�sito de propagar not�cias falsas.
Fontes da PF disseram ao jornal O Estado de S�o Paulo que as investiga��es n�o devem ser demoradas.
Em outra frente, o corregedor nacional da Justi�a Eleitoral, ministro Jorge Mussi, decidiu na sexta-feira abrir a��o de investiga��o judicial pedida pelo PT para que sejam investigadas as acusa��es de que empresas compraram pacotes de disparos em larga escala de mensagens no WhatsApp contra a legenda e a campanha de Fernando Haddad � Presid�ncia da Rep�blica.
A den�ncia foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. A reportagem diz que empres�rios est�o comprando pacotes de disparos em massa pelo WhatsApp. O jornal n�o exibiu documentos nem mencionou relatos de testemunhas.
Mussi concedeu prazo de cinco dias para que Bolsonaro, seu vice, Hamilton Mour�o, o empres�rio Luciano Hang, da Havan, e dez s�cios das empresas apontadas na a��o do PT apresentem defesa no processo, se desejarem. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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