Oficiais generais presentes � cerim�nia do Dia do Aviador, realizada na Base A�rea de Bras�lia, nesta ter�a-feira, 23, se disseram "desrespeitados" com declara��es do candidato Fernando Haddad (PT) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, 22.
Na ocasi�o, o candidato do PT foi questionado se n�o via como um erro colocar o seu partido como uma �nica op��o para a democracia. Haddad rebateu dizendo que seu advers�rio "incita a morte de pessoas". "O filho dele (Eduardo Bolsonaro), na Avenida Paulista, disse que vai declarar guerra � Venezuela. Ele nem conhece a situa��o das For�as Armadas. A Venezuela tem condi��es b�licas superiores a do Brasil", disse Haddad.
"Para o Brasil declarar guerra e mandar jovens brasileiros morrer na fronteira com a Venezuela ou pede ajuda para um imp�rio internacional, provavelmente os americanos, para quem ele bate contin�ncia, ou n�s vamos mandar jovens brasileiros pobres provavelmente para morrer em um conflito que n�o � o nosso", completou.
Os militares presentes na cerim�nia, que preferiram falar na condi��o de anonimato, disseram se sentir "ofendidos" e "desrespeitados" com a fala do candidato do PT. Segundo eles, Haddad "n�o conhece nada das nossas For�as Armadas" e est� "menosprezando" a forma��o dos militares brasileiros. Criticaram ainda a forma que o petista lida com uma quest�o delicada ao citar de forma irrespons�vel sobre declarar guerra ao pa�s vizinho com apoio dos Estados Unidos.
Desde segunda-feira, 22, os militares j� estavam incomodados com o candidato do PT que, para atacar Bolsonaro, afirmou que as institui��es est�o se sentindo amea�adas. Na segunda-feira � tarde, Haddad disse, antes de participar de evento com catadores de material recicl�vel em S�o Paulo, que "as institui��es est�o se sentindo amea�adas, inclusive pela linha dura de parte das For�as Armadas".
Essa afirma��o, ao lado da fala do filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, de que bastava um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal levaram "grande preocupa��o e insatisfa��o" entre os militares.
Embora o candidato e seu filho tenham pedido desculpas, os militares entendem que o ataque n�o foi bom. No entanto, a c�pula das For�as Armadas decidiu n�o responder. A avalia��o foi de que no momento � melhor n�o polemizar a quest�o e por consider�-la "tema de campanha eleitoral".
Para integrantes do Alto Comando das For�as Armadas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo, responder estes "absurdos" seria levar para dentro dos quart�is assunto tipicamente pol�tico-partid�rio, que afeta apenas quem est� na disputa das elei��es.
O presidente Michel Temer tamb�m participou da cerim�nia do dia do aviador, com os comandantes militares.
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