Haddad diz que campanha eleitoral deste ano � 'a mais baixa de todos os tempos'

Numa queixa �s not�cias falsas disseminadas pelas redes sociais para favorecer seu advers�rio na disputa do segundo turno da corrida ao Planalto, o ex-prefeito Fernando Haddad classificou a campanha deste ano como "a mais baixa de todos os tempos". Segundo ele, Jair Bolsonaro, candidato do PSL, � o maior respons�vel pelo n�vel da disputa pela sucess�o presidencial.

"� a campanha mais baixa de todos os tempos porque ele Bolsonaro quis criar esse clima. Esse clima favorece a campanha dele", declarou o petista.

O candidato concedeu entrevista ap�s se reunir com a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, que chefia a miss�o da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) que acompanha o processo eleitoral brasileiro.

Haddad disse que entregou a OEA um material sobre o uso ilegal de redes sociais, especialmente o WhatsApp, no primeiro turno. Segundo ele, os �ltimos tr�s dias da campanha do primeiro turno foram marcados por uma "avalanche" de not�cias falsas. O presidenci�vel pediu aten��o da OEA para que o mesmo n�o se repita at� domingo.

Haddad, que viaja hoje para o Nordeste, informou que voltar� a S�o Paulo para, no s�bado, encerrar sua campanha na favela de Heli�polis. Ele negou, contudo, que a decis�o de fechar a campanha na periferia de S�o Paulo seja uma reposta ao discurso do rapper Mano Brown, que cobrou que o PT retomasse a comunica��o com suas bases. "J� estava planejado", afirmou o ex-prefeito.

Na busca por apoio � sua candidatura, Haddad confirmou que ligou ao presidente do PDT, Carlos Lupi, para alert�-lo sobre o que chamou de "onda da virada" e que aguarda um retorno do pedetista. Disse que, com o apoio de Ciro Gomes, candidato do PDT no primeiro turno, fica mais f�cil reverter a desvantagem para Bolsonaro indicada pelas pesquisas de inten��o de voto. Ele tamb�m aproveitou para destacar a import�ncia das declara��es de voto no petista feitas por Marina Silva (Rede) e Alberto Goldman (PSDB).

De acordo com Haddad, o apoio de Goldman, um advers�rio hist�rico do PT, reflete a preocupa��o de setores mais centristas da pol�tica com o significado da elei��o de Bolsonaro. "Tem que ter grandeza para perceber os riscos que o Pa�s est� correndo", declarou o candidato.