
O presidente eleito Jair Bolsonaro j� tem tr�s nomes de ministros do novo governo: Paulo Guedes para o Minist�rio da Economia; o general da reserva Augusto Heleno para a Defesa; e o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil. Est� certa tamb�m para a pasta da Ci�ncia e Tecnologia a escolha do tenente coronel da reserva da Aeron�utica Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. O Minist�rio da Economia vir� da jun��o das pastas da Fazenda e do Planejamento, uma ideia controversa.

Para a Justi�a, foi cogitado o advogado Gustavo Bebiano, presidente interino do PSL e uma das pessoas mais pr�ximas a Bolsonaro. Mas v�m crescendo as chances da escolha da ex-ministra do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) Eliana Calmon, que gravou um v�deo de apoio ao candidato divulgado na tev� na semana passada.
Para a Educa��o, um nome forte � Stavros Xanthopoylos, ex-diretor da �rea de cursos on-line da Funda��o Getulio Vargas (FGV). Para a Agricultura, tem grandes chances Nabhan Garcia, presidente da Uni�o Democr�tica Ruralista (UDR). A ideia de unir o Minist�rio do Meio Ambiente a essa pasta, anunciada anteriormente, pode ser revista, disse na semana passada, ainda durante a campanha, o pr�prio Bolsonaro.
A bancada da bala quer que o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que perdeu a elei��o para governador do Distrito Federal, tenha um cargo com status de ministro no Pal�cio do Planalto. Mas o martelo ainda n�o foi batido. Como ele foi condenado � pris�o em regime semi-aberto por corrup��o em primeira inst�ncia, a tend�ncia � de que ele seja apenas um assessor. Bolsonaro � fiel aos amigos e gosta que eles estejam por perto. Ele e Fraga s�o companheiros de longa data na C�mara.
A ideia, no novo governo, � n�o usar os cargos como barganha para obter apoio pol�tico, ou para acomodar aliados de longa data. Como se v� na situa��o de Fraga, por�m, h� exce��es. Se forem muitas, passa-se a ter a manuten��o da velha regra.
Estatais
O novo governo tamb�m precisar� decidir quem colocar nos assentos em conselhos de empresas estatais. Exitem 1.190 dessas posi��es, com remunera��o de at� R$ 20 mil por sess�o na forma de jeton. H�, por�m, uma quest�o a ser resolvida antes: quantas das 138 estatais existentes ser�o mantidas.
A estrat�gia de substitui��es n�o se limita ao Executivo. Est�o no radar indica��es que o Planalto poder� fazer para os tribunais superiores. Ao menos 10 estar�o dispon�veis nos pr�ximos quatro anos, de acordo com o limite de idade dos ministros para aposentadoria compuls�ria.
138 � o n�mero de estatais no Brasil atualmente
Essas nomea��es n�o s�o para j�, mas conv�m ter nomes decididos. O juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, � tend�ncia forte para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Haver� uma aposentadoria na corte j� no pr�ximo ano: do decano Celso de Mello, que est� l� desde o governo de Jos� Sarney. Em 2020, quem chegar� aos 75 anos, idade limite para integrar o colegiado, � Marco Aur�lio de Mello.
Nomes conhecidos
A jun��o das pastas da Fazenda e do Planejamento no Minist�rio da Economia, algo j� tentado no governo de Fernando Collor, � controversa. Para muitos, a Fazenda j� � grande demais e a nova estrutura a ser criada ficar� excessivamente pesada. Para outros, a vantagem estar� na harmonia de decis�es, evitando ru�dos. Em um pa�s que precisa fazer um rigoroso ajuste fiscal, a elabora��o do Or�amento, principal atribui��o do Planejamento, deve ser feita com participa��o detalhada do comandante da equipe econ�mica.
Entre as secretarias do Minist�rio da Fazenda, o novo governo pretende aproveitar v�rios dos nomes. Mansueto Almeida, secret�rio do Tesouro Nacional, provavelmente continuar� no cargo. A ideia era manter tamb�m a secret�ria executiva, Ana Paula Vescovi, segunda na hierarquia da pasta. Ela tem afirmado, por�m, que est� cansada de viajar entre Bras�lia e Vit�ria, onde vive a fam�lia.
Bancos
Para o Banco Central (BC), poder� ser mantido o atual presidente, Ilan Goldfajn. Ele tem emitido sinais, por�m, de que pretende voltar a morar em S�o Paulo depois de dois anos no comando da institui��o. Caso n�o permane�a, um nome com grandes chances de emplacar no cargo � o do economista Luiz Fernando Figueiredo, que foi diretor da Autoridade Monet�ria no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Figueiredo poder� tamb�m ser presidente do Banco do Brasil ou da Caixa Econ�mica Federal. Na semana passada, foi anunciada a sa�da do BB de Paulo Rog�rio Caffarelli, que ocupava o cargo desde o in�cio do governo de Michel Temer. Foi escolhido para o cargo Marcelo Labuto, funcion�rio de carreira da institui��o financeira. Mas n�o lhe foi dada qualquer garantia de que permanecer� no cargo com o novo governo. No Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), um prov�vel futuro comandante � Carlos da Costa. Ele foi diretor da casa com Paulo Rabelo de Castro, j� no governo Temer.