Ap�s cr�ticas de Ciro, Manuela diz: ''Se a gente n�o se unir n�o vai sobrar nada''

Depois de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro turno, ter afirmado em entrevista ao jornal Folha de S�o Paulo que a candidatura do ex-presidente Lula foi uma “fraude”, que foi “miseravelmente tra�do pelo presidente Lula e seus asseclas” e que n�o quer mais fazer campanha para o PT, Manuela D’�vila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT), afirmou pelo twitter que “Se a gente n�o se unir n�o vai sobrar nada”.

Sem citar o nome do pedetista, Manuela criticou a postura de divis�o ap�s a derrota no segundo turno e relembrou que abriu m�o da pr�pria candidatura para, de acordo com ela, “buscar ao menos parte dessa unidade”. 

Ciro Gomes afirmou, tamb�m, que a candidatura do PT visava um “projeto de poder mi�do e de ladroeira” e acusou a legenda advers�ria de eleger Jair Bolsonaro (PSL). “Lula nunca permitiu nascer ningu�m perto dele. E eles empurram para a direita, que � o querem fazer comigo”, declarou. 

Em aparente resposta �s cr�ticas de seu advers�rio, a vice de Haddad disse que desde a �poca que lan�ou a candidatura, ent�o isolada, pelo PCdoB, defendeu que a unidade no campo da esquerda era o caminho para construir “a vit�ria das for�as pol�ticas progressistas, populares e comprometidas com a democracia”.

Ela argumenta, tamb�m, que se construiu um programa comum, mas que n�o se avan�ou para uma candidatura �nica durante as negocia��es pr�-eleitorais. Ela classifica isso como o “erro original e mais importante frente ao qual todos os outros s�o menores”. 

“Buscar responsabilizar agora qualquer ator ou for�a pol�tica, isoladamente, por nossa derrota � n�o compreender quem s�o nossos advers�rios e os gigantescos interesses contra os quais disputamos a elei��o”, argumentou. 

Manuela disse que a esquerda est� dolorida com a derrota, mas que o “campo progressista” encontrou, na reta final do pleito, um rumo que ela acredita ser positivo. “Deu o recado e o caminho para todos n�s: unidade generosa, sem hegemonismo, sem estrelismo, todo mundo junto e igual. Porque, gente, prestem aten��o: se a gente n�o se unir n�o vai sobrar nada no c�u pra estrela e astro nenhuma brilhar”, defendeu. 

Por fim, a comunista defendeu que as esquerdas formem uma “unidade real” com base nos valores da democracia, liberdade e justi�a social. Ela afirma que esse projeto de uni�o fez parte da campanha nas ruas nas elei��es de 18 e que toda a movimenta��o aconteceu “longe dos gabinetes e espa�os burocr�ticos”. 

“N�o foi feito apenas por um partido e tamb�m n�o foi contra um Partido. Ent�o, agora n�o pode ser de um partido, de um l�der ou contra o outro l�der. Precisamos estar todos juntos, como estivemos nesses �ltimos dias. Juntos nas ruas, nas pra�as, nos bairros. Conversando, ouvindo, refletindo. Construindo nossa a��o, garantindo o zelo � Constitui��o Cidad� de 88. Esse � nosso dever, foi para isso que sa�mos juntos nas ruas”, declarou. 

Ela ainda criticou a postura de Ciro Gomes, mesmo sem citar nomes, ao afirmar que “dispensar a unidade” ou “fazer o jogo dos advers�rios” � n�o entender os anseios dos eleitores que n�o votaram em Jair Bolsonaro. “Temos diferen�as, lutemos pelo direito de preserv�-las. Para isso, precisamos estar juntos, lutando pela (r)exist�ncia”, concluiu.