
O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (Sem Partido) afirmou nesta quarta-feira (31) ter sido v�tima de um suposto “acordo esp�rio” entre PT e PSB denunciado na primeira entrevista do presidenci�vel Ciro Gomes (PDT) ap�s a elei��o.
Retirado da disputa ao governo de Minas por conta dessa articula��o nacional, Lacerda corroborou a fala do pedetista ao jornal Folha de S. Paulo, mas evitou falar em envolvimento de dinheiro, alegando que possivelmente Ciro tem informa��es que n�o chegaram a ele.
“O Ciro era um candidato vi�vel da esquerda n�o radical, que tinha viabilidade para chegar ao segundo turno e ser competitivo e o PT fez tudo para inviabiliz�-lo. Os bastidores das conversas entre os dois partidos (PT e PSB) um dia ser�o revelados”, afirmou.
Acordo esp�rio
Lacerda, que se desfiliou do PSB quando o partido trocou a dire��o em Minas e retirou sua candidatura ao governo, atribuiu seu rev�s eleitoral ao esfor�o do PT capitaneado pela dire��o nacional e pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para “esvaziar” a candidatura de Ciro.
Segundo o ex-prefeito, o eleitorado mineiro foi o maior prejudicado por ter perdido uma alternativa de poder entre o governador Fernando Pimentel (PT) e o senador Antonio Anastasia (PSDB).
Na ocasi�o, Lacerda era o terceiro colocado nas pesquisas, com cerca de 12% das inten��es de voto. Questionado se teria sido uma v�tima do acordo, Lacerda confirmou. “Fui. N�o s� eu, mas muita gente que queria votar em mim. Todos esses eleitores que declararam voto em mim e os que poderiam vir a votar foram prejudicados por esse acordo esp�rio de c�pula”, disse.
Entrevista de Ciro
Em entrevista publicada nesta quarta-feira, Ciro Gomes disse ter sido tra�do pelo PT e que Lula e seus asseclas trocaram Minas Gerais e Pernambuco pela neutralidade do PSB na campanha presidencial. Segundo o presidenci�vel derrotado no primeiro turno, ocorreram “acertos esp�rios” e “grana”.
Ap�s negocia��o com o PT, o PSB nacional retirou a candidatura do ent�o filiado Marcio Lacerda em Minas e os petistas desistiram de lan�ar Mar�lia Arraes ao governo de Pernambuco, deixando o caminho livre para a reelei��o de Paulo C�mara (PSB), que acabou se confirmando naquele estado.