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Estado de Minas POL�TICA

Pol�ticos comentam o 'sim' de S�rgio Moro


postado em 01/11/2018 15:22

A confirma��o do nome do juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pela Opera��o Lava Jato em Curitiba, como futuro ministro da Justi�a no governo de Jair Bolsonaro movimentou o mundo pol�tico nesta quinta-feira, 1� de novembro. Pelo Twitter, o presidente eleito afirmou que a agenda anticorrup��o do juiz, bem como seu respeito � Constitui��o e �s leis, ser�o o norte do futuro governo.

O "sim" dado por Moro pessoalmente a Bolsonaro, ap�s reuni�o na casa do presidente eleito, no Rio, foi seguido de uma ampla repercuss�o pr� e contra a decis�o do magistrado.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) escreveu que Moro � um "homem s�rio", mas comentou que preferia v�-lo no Supremo Tribunal Federal (STF). "Fus�es de minist�rios sim, com prud�ncia. J� vimos fracassos colloridos. Tor�o pelo melhor, temo que n�o, sem negativismos nem adesismos. A corrup��o arru�na a pol�tica e o pa�s. Se Moro a combater ajudar� o pa�s".

Para o governador eleito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), o juiz � um "patrim�nio moral do Brasil". Segundo o tucano, "ter o juiz Moro como Ministro da Justi�a dignifica o governo Bolsonaro e sinaliza um novo caminho de transpar�ncia e verdade na pol�tica brasileira".

Deputada estadual mais votada nessa elei��o, com 2 milh�es de votos, a jurista Jana�na Paschoal (PSL-SP) afirmou � reportagem que Moro no Minist�rio da Justi�a constitui um "sinal de que o processo de depura��o do Pa�s, iniciado com o impeachment, vai ter seguimento".

Tamb�m do partido de Bolsonaro, a jornalista Joice Hasselmann, eleita deputada federal por S�o Paulo, fez um post nas redes sociais para dizer que a "luta contra a corrup��o n�o foi apenas um discurso de campanha". Ele afirmou que "Bras�lia est� tremendo de medo! E muitos est�o com inveja da ast�cia pol�tica de Jair Bolsonaro. Foi tamb�m um nocaute na campanha para denegrir Jair Bolsonaro fora do Brasil", escreveu.

Integrante do MBL, o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM-SP) afirmou que a not�cia de que Sergio Moro aceitou o Minist�rio da Justi�a � magn�fica. "Pela primeira vez desde a redemocratiza��o, a pasta n�o ser� ocupada por indica��o partid�ria. Agora, ele ter� um papel fundamental n�o s� no combate � corrup��o, mas tamb�m no combate ao crime organizado."

Mas a escolha de Bolsonaro tamb�m rendeu cr�ticas nas redes. A ex-presidente Dilma Rousseff (2010-2016) afirmou que Moro condenou e determinou a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva "sem provas" e inviabilizou a sua candidatura. "Agora, anuncia que largar� a magistratura para ser ministro do governo que viabilizou a elei��o com suas decis�es. O rei est� nu", escreveu.

O senador petista Lindbergh Farias lembrou que Moro prendeu o ex-presidente Lula e atuou com "afinco" para impedi-lo de concorrer. "Poucas coisas podem ser mais descaradas do que isto. Sempre alertamos que Moro atuava como militante, e n�o como magistrado. Depois de interferir no processo eleitoral, vira ministro do candidato beneficiado por ele. Em qualquer lugar do planeta isso seria um esc�ndalo."

O candidato derrotado pelo PT, Fernando Haddad, afirmou que o conceitos de democracia e de rep�blica "escapam" � elite do pa�s, e que haver� incompreens�o sobre o an�ncio do novo ministro. "O significado da indica��o de S�rgio Moro para Ministro da Justi�a s� ser� compreendido pela m�dia e f�runs internacionais", criticou.

Tamb�m candidato derrotado, Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que o magistrado assumiu sua condi��o de "pol�tico profissional". Ele esclareceu que n�o h� problema em um juiz deixar a magistratura para fazer pol�tica. "O problema � ter passado alguns anos fazendo isso vestido de toga. Mais do que nunca, suas decis�es est�o colocadas sob suspei��o".

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann afirmou que Moro foi "decisivo" para a elei��o de Bolsonaro ao impedir Lula de concorrer. "Denunciamos sua politiza��o quando grampeou a presidenta da Rep�blica e vazou pra imprensa; quando vazou a dela��o de Palocci antes das elei��es. Ajudou a eleger, vai ajudar a governar", declarou.

Em seu perfil oficial, o PT escreveu que a "parcialidade" de Moro foi recompensada. "Primeiro Moro vazou ilegalmente um grampo de Dilma, depois prendeu o candidato advers�rio, Lula, vazou dela��o premiada fajuta pra prejudicar Haddad �s v�speras das elei��es e, agora, aceita ser 'super' ministro da Justi�a de Bolsonaro", diz a nota.

Orlando Silva, deputado federal do PCdoB-SP, qualificou como "inacredit�vel" a decis�o do juiz. "Pior, j� h� compromisso p�blico de ser designado ministro do STF na primeira oportunidade. Parece pr�mio! Me lembrou a famosa frase de Jarbas Passarinho quando do AI-5. Chocante!".

Ivan Valente, deputado federal do PSOL-SP, tamb�m foi �s redes sociais para comentar a not�cia. "Cai a m�scara de Moro. Ele aceitou ser ministro do Bolsonaro, vai trabalhar ao lado de investigados da Lava Jato. Comprova que sempre foi um carreirista e teve atua��o seletiva. Reiteramos, vai mandar prender Onyx Lorenzoni? R�u confesso de praticar Caixa 2 da JBS?", questionou.

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirmou que Moro ser� o pilar do "estado policial-fascista brasileiro". "Mas tamb�m carregar� para sempre a pecha de juiz parcial e sem isen��o". O parlamentar afirmou que o juiz deve se afastar ou "ser afastado imediatamente" dos processos da Lava Jato, em especial os que envolvem o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

O tamb�m deputado federal Adelmo Le�o (PT-MG) comentou que o aceite "n�o deixa d�vidas sobre a parcialidade" do juiz. "A pris�o do Lula foi pol�tica, est� a� a confiss�o de culpa do Moro", escreveu.


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