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Estado de Minas

Depois de dar 70% dos votos para Zema, cidade espera emprego no grupo do governador eleito

Francisco S�, no Norte de Minas, torce para que novo governador recupere a economia do estado para que empresa reabra unidade fechada h� mais de dois anos e volte a contratar


postado em 03/11/2018 07:00 / atualizado em 03/11/2018 08:01

Centro de distribuição do Grupo Zema em Francisco Sá, que custou R$ 30 milhões e gerou 100 empregos, está fechado desde 2016 por causa da crise econômica (foto: Renato Lopes/EM/D.A Press)
Centro de distribui��o do Grupo Zema em Francisco S�, que custou R$ 30 milh�es e gerou 100 empregos, est� fechado desde 2016 por causa da crise econ�mica (foto: Renato Lopes/EM/D.A Press)

A popula��o de Francisco S�, de 25,9 mil habitantes, no Norte de Minas, espera que o empres�rio Romeu Zema (Novo) leve emprego e renda para o munic�pio. Mas a expectativa n�o est� relacionada diretamente ao cargo de governador, para o qual ele foi eleito em segundo turno, no domingo passado. Os moradores aguardam a reabertura de um centro de distribui��o da rede de lojas de eletrodom�sticos do Grupo Zema, constru�do na cidade, mas fechado h� mais de dois anos. Na pr�tica, antes de assumir o governo, ele j� tem uma quest�o relacionada a “obra parada” para resolver.


O centro de distribui��o (CD) do Grupo Zema foi instalado em Francisco S�, distante 472 quil�metros de Belo Horizonte, em 2015, com um investimento de R$ 30 milh�es, a maior parte – R$ 23,78 milh�es – com financiamento do Banco do Nordeste. A empresa recebeu do munic�pio a doa��o do terreno de 60 mil metros quadrados, al�m de incentivos fiscais. O CD gerou cerca de 100 postos de trabalho, tornando-se o maior empregador da cidade depois da prefeitura, em um lugar que, historicamente, sofre com a seca e com pouca op��o de gera��o de renda.

Mas durou pouco a alegria dos moradores com a unidade, erguida com o objetivo de atender a cerca de 120 lojas do Grupo Zema no Norte de Minas e Sul da Bahia. Em julho de 2016, a rede fechou o centro de distribui��o e demitiu os funcion�rios. Na ocasi�o, a empresa alegou que a interrup��o era provis�ria, devido � queda nas vendas provocada pela crise econ�mica e que a expectativa era de retomar as atividades “assim que houvesse uma mudan�a positiva na economia brasileira”.

Passados mais de dois anos, o centro de distribui��o, situado �s margens da BR-251, continua fechado. O prefeito de Francisco S�, M�rio Osvaldo Casasanta (PT), disse que, neste ano, conversou com Romeu Zema, que prometeu reabrir o centro de distribui��o no munic�pio no ano que vem.

O prefeito disse que a promessa de retorno das atividades do CD na cidade n�o teve rela��o com a campanha pol�tica, tendo em vista que a conversa aconteceu antes de o empres�rio se tornar candidato a governador. “Achei ele muito firme”, elogiou. Casasanta disse que, o fato de Zema ter sido eleito governador n�o vai interferir diretamente na reabertura da unidade no munic�pio, j� que a quest�o depende da recupera��o da economia do pa�s.

Por outro lado, o prefeito afirma que o simples fato de o Grupo Zema ter instalado o centro de distribui��o em Francisco S� (antigo “Brejo das Almas”) contribuiu para que o candidato do partido Novo, que disputou o segundo turno contra o senador Antonio Anastasia (PSDB), recebesse o apoio de eleitores do munic�pio. “A popula��o enxerga o Zema de forma positiva porque sabe que ele ter� aten��o com Francisco S�, um munic�pio que j� conhece e escolheu para investir como empres�rio”, observa Casasanta. No segundo turno das elei��es, Romeu Zema recebeu 7.544 votos (70,87%) na cidade, enquanto Anastasia (PSDB) obteve 3.101 votos (29,13%).

M�rio Casasanta disse que, “embora n�o tenha feito campanha” para o candidato do Novo, votou no empres�rio para governador. O prefeito informou que seguiu sem fazer campanha no segundo turno. “Mas conversei com as pessoas, pedindo votos para o Zema”, admitiu o prefeito.

O ex-prefeito de Francisco S� Denilson Silveira (MDB), que estava � frente da gest�o municipal quando o centro de distribui��o do Grupo Zema foi fechado, afirma que, na ocasi�o, conversou com Romeu Zema, tentando convenc�-lo a n�o desativar o empreendimento. “Mas ele foi taxativo e disse que fecharia o CD porque as vendas n�o estavam sendo suficientes para manter a unidade em funcionamento. Silveira conta ainda que solicitou a Zema manter na cidade ao menos uma estrutura com “n�mero m�nimo” de empregados, sem resposta positiva.

Para o ex-prefeito, muitos eleitores de Francisco S� optaram por votar em Romeu Zema pelo fato de o candidato do Novo representar a “terceira via” e n�o pela expectativa de volta dos empregos do centro de distribui��o da rede de lojas do candidato na cidade. “Isso � uma quest�o econ�mica, que n�o tem liga��o com a pol�tica”, argumenta Silveira, que preferiu n�o declarar em quem votou para governador.

ESPERAN�A Uma das ex-funcion�rias do centro de distribui��o do Grupo Zema em Francisco S�, �ngela de Oliveira, disse que estava com a esperan�a na vit�ria de Romeu Zema nas urnas e tamb�m de que a unidade da rede de lojas em seu munic�pio volte a funcionar. “A gente torce para que a empresa volte a funcionar e que ele tamb�m venha a ser governador”, afirmou �ngela, que, no entanto, sabe que a reabertura do empreendimento n�o depende diretamente de chegada do empres�rio ao comando da administra��o estadual.

�ngela tem tr�s filhos e est� desempregada desde o fechamento da centro de distribui��o, onde trabalhava como auxiliar de servi�os gerais. Hoje, para sobreviver, faz doces para festas e cuida de duas crian�as para outra fam�lia da cidade.

A moradora de Francisco S� disse que votou no ex-patr�o nos dois turnos. “Meu voto � de gratid�o. A empresa dele foi muito correta. N�o tenho nada a reclamar. Na hora do acerto trabalhista, foi tudo certinho”, afirma �ngela. Ela tamb�m fez elogios a Romeu Zema ainda como “candidato”. “Acho que ele � o melhor”, declarou ela.

O pensamento de Cristiane Alves, outra ex-funcion�ria do Grupo Zema, � o mesmo. “Estou na expectativa de que o CD venha voltar a funcionar. Mas acho que isso independe da elei��o”, opina, lembrando que a quest�o est� relacionada com a economia do pa�s. Ela tamb�m declarou voto no representante do partido Novo.

DEDICA��O INTEGRAL Agora governador eleito, Zema diz que o centro de distribui��o da sua rede de lojas em Francisco S� foi fechado em 2016 “devido � crise econ�mica” e que espera reabri-lo com a retomada da economia. Ele tamb�m declarou que n�o est� mais � frente do seu grupo empresarial e que vai se dedicar “integralmente” � administra��o estadual.

“O centro de distribui��o (de Francisco S�) parou de funcionar devido � crise econ�mica por que passam  nosso estado e nosso pa�s e que afetou trabalhadores e empres�rios”, explicou Zema, por interm�dio da sua assessoria.

Na mesma resposta, o empres�rio aproveitou para falar de sua proposta para a recupera��o econ�mica do estado e para a gera��o de empregos. “Temos que trabalhar para tirar Minas desse atoleiro em que se encontra e que foi provocado em parte pelo nosso advers�rio (Anastasia), enquanto esteve no governo mineiro. Minha equipe econ�mica ser� comandada pelo economista Gustavo Franco. Vamos tomar medidas para atrair empresas para c� e simplificar o ICMS, dentro dos limites de atua��o estadual, al�m de desburocratizar o estado. Esse � o caminho para gera��o de empregos e, assim espero, que com a retomada da economia consigamos reabrir o centro de distribui��o”, declarou Zema.

Pausa para descanso

Depois da maratona de reuni�es e entrevistas ap�s a vit�ria nas urnas, o governador eleito Romeu Zema (Novo) passou o feriado de Finados descansando. Ele n�o voltou para Arax�, no Alto Parana�ba, onde mora sua fam�lia, e ficou na capital mineira, mas n�o teve compromissos profissionais. No s�bado e no domingo, ele tamb�m n�o ter� agenda externa. Na segunda-feira, a equipe de transi��o do novo governo dar� in�cio ao processo seletivo que vai recrutar secret�rios e servidores para trabalhar no estado. No caso do secretariado, uma condi��o para assumir o cargo � concordar com o compromisso, firmado em cart�rio, de n�o receber a remunera��o enquanto houver funcion�rio ativo ou inativo com vencimentos, aposentadorias ou pens�es em atraso e parcelamento.

 


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