Integrantes da c�pula do MDB se re�nem nesta quarta-feira, 7, com o presidente Michel Temer para apresentar um documento elaborado pelo partido em que tra�am caminhos que consideram importantes para o pr�ximo governo, do presidente eleito Jair Bolsonaro, e fazem um balan�o da gest�o do atual mandat�rio.
O documento tamb�m indica que o MDB n�o dever� fazer oposi��o a Bolsonaro e que a sigla adotar� um tom de independ�ncia. De acordo com o senador Romero Juc� (MDB-RR), a decis�o n�o significa neutralidade, mas a defesa do que o partido acredita.
O senador, que n�o foi reeleito para o cargo, diz que o texto � o primeiro de postura program�tica lan�ado pela sigla ap�s o resultado das elei��es. "Nenhum partido fez isso at� agora. � uma avalia��o do governo com encaminhamentos para o futuro dentro da economia", escreveu o parlamentar em seu Twitter. Juc� tentou a reelei��o para o Senado mas n�o obteve votos suficientes.
O senador afirmou ainda que o partido trabalhar� para manter a presid�ncia do Senado na pr�xima legislatura. H� um acordo t�cito na Casa de que o comando fica sempre com a maior bancada, que continuar� sendo do MDB no pr�ximo ano. Ele disse, no entanto, que a defini��o de um nome para o posto s� acontecer� em meados de janeiro.
No documento lan�ado nesta quarta, os emedebistas defendem a pol�tica econ�mica de Temer, mas ressaltam que ele n�o pode ir t�o longe quanto foi pretendido inicialmente por "desorganiza��o pol�tica" e tamb�m por "interven��es judiciais". Ele diz ainda que para ter sucesso na economia, Bolsonaro dever� manter a estrat�gia econ�mica tra�ada por Temer, dando prioridade � reforma da Previd�ncia e ao ajuste fiscal.
"N�o fomos t�o longe quanto pretend�amos. A desorganiza��o do sistema pol�tico e certas interven��es do sistema judicial interromperam os esfor�os de reforma do Estado, que estavam em curso, especialmente a Reforma da Previd�ncia. Mas abrimos caminho para o aprofundamento da moderniza��o institucional que pode levar ao crescimento sustent�vel", diz o texto.
Os emedebistas estimam ainda que o Pa�s poder� crescer em at� 2,5% caso a pol�tica econ�mica e a pauta de ajuste fiscal sejam mantidas. "Transmitiremos ao novo governo um Pa�s com condi��es para crescer em um ritmo necess�rio para termos um aumento anual da renda per capita superior a 2,5% ao ano, que � a m�dia dos melhores anos de nossa Hist�ria", diz o texto.
O partido diz ainda que o resultado das elei��es mostrou que a sociedade brasileira "rejeitou quem se prop�s a retroceder" e a elei��o de Jair Bolsonaro foi um "claro veredicto sobre as pol�ticas econ�micas da era PT".
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