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Estado de Minas POL�TICA

'Temos que aprovar a base comum curricular', afirma Viviane Senna


postado em 17/11/2018 11:00

A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, se tornou um dos nomes mais conhecidos do terceiro setor que investe em educa��o. O instituto tem projetos em 17 Estados, que atingem mais de 1 milh�o de crian�as. Seu nome surgiu entre os cotados para assumir o minist�rio da Educa��o do governo Jair Bolsonaro - �s v�speras do segundo turno, ela visitou o ent�o candidato e tem mantido contato com ele desde ent�o.

Viviane, no entanto, nega ter recebido convite e qualquer interesse no cargo. Ela disse ver no novo governo disposi��o para ouvir propostas e, ao falar sobre uma das principais ideias de Bolsonaro para a educa��o, o Escola sem Partido, prop�e a substitui��o da "pauta que n�o impacta a aprendizagem por uma que impacta". A seguir os principais trechos da entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo:

Como t�m sido as conversas com o governo eleito?

Antes do segundo turno visitei Jair Bolsonaro e conversamos durante uma hora e meia. Foi muito bom. A gente sempre faz isso, fomos no governo Lula tamb�m. Depois de uns dias, ele me ligou no celular perguntou se eu poderia ajudar na �rea de educa��o. Eu disse, sim, claro, esse � o meu trabalho. Combinamos de fazer uma reuni�o de trabalho, apresentar diagn�stico, caminhos do que fazer para melhorar os indicadores de aprendizagem.

E isso aconteceu essa semana, na reuni�o com Onyx Lorenzoni?

Sim, eu j� tinha dito que o grande desafio era a educa��o b�sica e a aprendizagem. Apresentamos um estudo para mostrar os principais desafios de aprendizagem e as alavancas cr�ticas para poder destravar esse cen�rio. A quest�o que eu quis ressaltar foi a da alfabetiza��o. O Brasil n�o resolveu isso em 500 anos de hist�ria, estamos no s�culo 21 e metade das crian�as brasileiras s�o analfabetas. � inaceit�vel. Minha proposta � que a principal bandeira desse governo seja a alfabetiza��o, n�o a reforma previdenci�ria ou trabalhista. E alfabetizar todas as crian�as brasileiras nos pr�ximos quatro anos. Todos os pa�ses do mundo come�aram por a�. A segunda coisa � a figura do professor. O que a evid�ncia mostra � que 70% da aprendizagem do aluno est� ligada ao professor.

A sra. fez cr�ticas tamb�m?

Acho que n�o podemos voltar atr�s e repensar a Base Nacional Comum Curricular. Tem que terminar de aprovar. Apontamos tamb�m para uma educa��o integral, com compet�ncias socioemocionais, para preparar o aluno para o s�culo 21. Tudo isso baseado em evid�ncias cient�ficas e emp�ricas, dentro e fora do Brasil.

Muito do que o atual governo afirma vai na linha oposta do que a sra. est� dizendo. O presidente eleito fala em doutrina��o dos professores, escolas militares, ensino � dist�ncia. Qual a sua opini�o sobre o que t�m dito?

Olha, a receptividade foi a melhor poss�vel. Poucas vezes vi um desejo t�o grande e abertura genu�na a entender e buscar solu��es. Acho que eles t�m todo interesse de acertar, de entender o professor, de tratar com o maior cuidado. Temos a miss�o de ajudar esse governo a acertar, a fazer dar certo, estamos todos no mesmo avi�o. Se cair o avi�o, ca�mos todos.

Mas qual a sua opini�o sobre o projeto Escola sem Partido, defendido por Bolsonaro?

Precisamos de uma agenda que vai resolver o problema do Pa�s. Existem dispositivos legais para quando h� partidariza��o, devem ser trabalhados com a lei que j� existe. � desnecess�rio isso, criar mais uma lei. A minha proposta � que se substitu�sse essa pauta, que n�o impacta a aprendizagem, para uma pauta que impacta.

E a sra. acredita que isso v� acontecer?

Est�o pedindo para ouvir opini�es. O que eles falaram antes n�o � o ponto. Est�o se propondo a ouvir. N�o � uma atitude de n�o quer ouvir. Quem convidou foram eles. Precisamos olhar os sinais positivos. Esse tipo de postura n�o esta levando a lugar algum, se a gente quer construir. Por que voc� acha que eles estariam chamando ent�o? Mas eu n�o posso prometer nada.

Prometer n�o, mas acreditar, a sra. Acredita?

Tem uma grande disposi��o. Se vai ser feito ou n�o....Vi grande disposi��o de dialogar. � um sinal muito bom.

A sra. foi convidada para ser ministra da Educa��o?

N�o tem esse convite, s� tem um pedido para ajudar na educa��o. Eu convidei o Ricardo Paes de Barros (economista do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper) para ir comigo. S�o elementos que est�o sendo trazido para a mesa para que se possa ter passos bons pela frente.

A sra. n�o tem interesse no minist�rio?

J� fui convidada tr�s vezes para ser ministra por governos anteriores. Meu objetivo n�o � esse.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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