Bolsonaro: 'governarei para todos sem distin��o de origem social, sexo e cor'

Em tom conciliat�rio, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 10, que vai governar para todos os brasileiros independente de "origem social, sexo, cor, idade ou religi�o". Diferentemente do que ocorreu na campanha, Bolsonaro tamb�m elogiou o processo eleitoral.

Ao se dirigir para a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, e demais ministros da Corte, pediu que o trabalho coletivo durante o pleito "seja exemplo da uni�o em prol do Brasil" a partir do pr�ximo ano.

"Agrade�o a Justi�a Eleitoral pelo extraordin�rio trabalho, a cada um dos servidores do TSE, For�as Armadas, a todos que participaram da elei��o em uma demonstra��o de civismo e amor ao Brasil", agradeceu o presidente eleito. Ele tamb�m parabenizou a "fam�lia da Justi�a Eleitoral" ao receber o diploma que oficializa sua vit�ria nas urnas e de seu vice, Hamilton Mour�o, em cerim�nia de diploma��o no TSE.

Bolsonaro disse estar honrado pelos votos que recebeu, mas pediu um "voto de confian�a" dos que n�o o apoiaram para "juntos construir um futuro melhor para o Brasil". Em sua fala, Bolsonaro afirmou que a defesa de um Pa�s pr�spero e seguro ser� o Norte e o compromisso de sua gest�o. "N�o mais � corrup��o, � viol�ncia, a mentiras.... N�o mais manipula��o ideologia, submiss�o a interesses alheios, � mediocridade. Todos conhecemos a pauta hist�rica de reivindica��o da popula��o", declarou.

O presidente eleito avaliou que "os desejos de mudan�a foram expressos de forma clara na elei��o" e que a popula��o quer "paz e prosperidade". "Vivenciamos novos tempos e elei��es demonstram pr�tica de pol�tica distinta, com rela��o direta com eleitores. Segundo Bolsonaro, sua vit�ria nas urnas coloca o Brasil como exemplo em um momento de "profundas incertezas" no mundo.

Ele tamb�m se comprometeu a trabalhar com afinco para que "possamos olhar para tr�s com orgulho" daqui a quatro anos. Voltou a defender, ainda, posicionamentos de campanha como a soberania nacional.

Tamb�m defendeu o aumento da oferta de empregos e a constru��o de uma sociedade mais justa. "Nossa gente � trabalhadora, constitu�da por homens e mulheres, m�es e pais. Gente que n�o mede esfor�o para obter o sustento de seus familiares."

Bolsonaro chegou ao evento do TSE e encerrou o discurso com uma contin�ncia. E o cl�ssico slogan: "Brasil deve estar acima de tudo, que Deus aben�oe nosso Pa�s." Ele chorou durante o Hino Nacional e foi recebido por gritos de "mito".

O discurso foi feito na cerim�nia de diploma��o que oficializa o resultado das elei��es presidenciais deste ano, dando o aval para a posse de Bolsonaro e de seu vice, que ocorre no dia 1.� de janeiro.

Estavam presentes o presidente Michel Temer, os presidentes da C�mara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eun�cio Oliveira (MDB-CE), e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, representando o chefe do Poder Judici�rio, Dias Toffoli, que tem compromisso no Esp�rito Santo.

Para a sess�o solene, a Corte Eleitoral refor�ou a seguran�a do tribunal, como faz nas cerim�nias de diploma��o. Assim como no segundo turno das elei��es, um per�metro em torno do pr�dio do TSE foi fechado, sem acesso ao estacionamento externo. Somente a imprensa credenciada e os convidados t�m acesso ao local, que restringiu o atendimento nesta segunda-feira entre �s 8h e �s 12h.

Aptos

A diploma��o � uma esp�cie de passaporte para o presidente eleito tomar posse no dia 1.� de janeiro. A entrega do diploma pela presidente da Corte Eleitoral confirma que Bolsonaro e Mour�o cumpriram as formalidades previstas na legisla��o eleitoral e est�o aptos a exercer o mandato.

Para um presidente eleito ser diplomado, por exemplo, seu processo de presta��o de contas da campanha eleitoral precisa ter sido julgado pelo plen�rio do TSE, n�o necessariamente aprovado. No caso de Bolsonaro, as contas foram aprovadas com ressalva no �ltimo dia 4. Na ocasi�o, os ministros determinaram que a campanha devolva R$ 8.275 para os cofres p�blicos, em raz�o de irregularidades relativas ao recebimento de doa��o por fontes vedadas ou n�o identificadas.