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Estado de Minas

Saiba quem � quem na composi��o do governo Bolsonaro

A forma��o da equipe do novo governo foi conclu�da. Desafio � aprovar projetos pol�micos no Congresso


postado em 23/12/2018 06:00 / atualizado em 23/12/2018 07:54

O PSL, do presidente eleito, Jair Bolsonaro, será o segundo maior partido na Câmara, atrás apenas do PT(foto: Luis Macedo/Câmara dos deputados)
O PSL, do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ser� o segundo maior partido na C�mara, atr�s apenas do PT (foto: Luis Macedo/C�mara dos deputados)

Conclu�da a forma��o de sua equipe de governo, a chave para que o presidente eleito Jair Bolsonaro consiga implementar as medidas mais importantes do seu programa, a come�ar pelo ajuste fiscal e a reforma da Previd�ncia, � a sua rela��o com o Congresso. At� agora, sustentou a promessa de n�o ceder ao toma l� d� c�, loteando a Esplanada dos Minist�rios entre os partidos que o apoiam, mas n�o conseguiu ainda viabilizar candidaturas robustas para o comando do Senado e da C�mara. A conversa de que n�o vai interferir na disputa � lorota: se tiver for�a, viabilizar� aliados de confian�a no comando do Congresso.


Bolsonaro montou um governo com cinco eixos: o militar, o econ�mico, o pol�tico, o ideol�gico e o t�cnico. Por enquanto, quem d� as cartas na administra��o s�o a troica de generais Augusto Heleno (GSI), Carlos dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Fernando de Azevedo e Silva (Defesa); na equipe econ�mica formada pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes, destacam-se o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o presidente do BNDES, Joaquim Levy, e o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, todos muito bem blindados na pol�tica. No n�cleo t�cnico, destacam-se o superministro da Justi�a, S�rgio Moro; o ministro de Minas e Energia, Bento Costa e Lima, e o ministro da Infraestrutura, Tarc�sio Gomes de Freitas, os dois �ltimos militares.


A muvuca no governo ser� protagonizada pelos n�cleos pol�tico e ideol�gico, que s�o os principais eixos da articula��o e dos problemas com o Congresso. No n�cleo pol�tico, o ministro da Casa Civil, que coordena a transi��o, ainda n�o conseguiu formar uma base suficientemente robusta e coesa para aprovar o ajuste fiscal e a reforma da Previd�ncia. Os ministros do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (MDB-RS), da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MT), e da Sa�de, Luiz Mandeta (DEM-MS), t�m amplo apoio pol�tico no Congresso � frente das respectivas pastas, mas s�o porta-vozes de interesses segmentados e/ou corporativistas. Al�m disso, n�o dar�o muito pitaco na rela��o com o Congresso, a cargo de Lorenzoni e do general Santos Cruz.


O grande balacobaco � a pauta ideol�gica do governo, na qual as estrelas ser�o os ministros das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, e o ministro da Educa��o, Ricardo Velez Rodrigues. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, condenado por improbidade administrativa, j� foi abatido na pista. Ambos s�o pautados pelo fil�sofo Olavo de Carvalho e pelos filhos de Jair Bolsonaro, principalmente o deputado federal eleito por S�o Paulo com a maior vota��o do pa�s, Eduardo Bolsonaro. Fl�vio Bolsonaro, senador eleito pelo Rio de Janeiro, teve que baixar a bola por causa do esc�ndalo protagonizado por seu ex-assessor Fabr�cio Queiroz, que mantinha uma caixinha fabulosa no seu gabinete parlamentar na Assembleia Legislativa fluminense. Viv�ssimo, Queiroz tomou ch� de sumi�o, j� faltou a dois depoimentos e ningu�m sabe por onde anda.


Combust�o

Do ponto de vista eleitoral, a pauta ideol�gica do governo Bolsonaro mira o PT como inimigo principal. � extremante conservadora do ponto de vista dos costumes, mas continua sendo uma pauta identit�ria, com sinal trocado. A pauta do pa�s s�o a viol�ncia, o desemprego e a sa�de p�blica, a infraestrutura e o ajuste fiscal, principalmente, temas sobre os quais o governo precisar� dar respostas objetivas. Nesse aspecto, a rela��o com o Congresso � fundamental. A pauta ideol�gica tem combust�o espont�nea no parlamento, mas o mesmo n�o acontece com as demais tarefas do governo. As raposas pol�ticas que sobreviveram ao tsunami eleitoral de outubro passado sabem disso, entre as quais o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que sonha com a reelei��o, e o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL), que est� costeando o alambrado para voltar ao comando do Congresso.


Um cap�tulo � parte no jogo pol�tico s�o os filhos de Bolsonaro, Eduardo, Fl�vio e Carlos, que cuida da comunica��o, que ter�o protagonismo pol�tico imprevis�vel. At� agora, n�o desceram do palanque eleitoral e volta e meia criam constrangimentos para o pai, mas nem por isso perderam a condi��o de interlocutores diretos do presidente da Rep�blica. A bancada do PSL tamb�m vai dar trabalho, porque chega com muita gana de dar as cartas no Congresso, o que naturalmente n�o � f�cil para quem ainda est� arrumando a mudan�a.


Bolsonaro montou um governo em bases in�ditas, sem compartilhar o poder com os partidos. Est� � sombra das For�as Armadas, em raz�o da forte presen�a militar no Pal�cio do Planalto. N�o est� claro se gerenciar� o governo pela demanda da sociedade, o que depende muito do desempenho dos ministros das atividades-fim, ou se adotar� uma estrutura vertical, na qual os ministros da �rea meio, sobretudo os militares, funcionar�o como correias de transmiss�o. Uma coisa, por�m, � certa: continuar� se relacionando diretamente com seus eleitores pelas redes sociais, e se digladiar� com a imprensa sempre que for criticado.


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