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Estado de Minas POL�TICA

Insinua��o de que Cunha teria amea�ado Joesley � rid�cula, diz defesa


postado em 24/12/2018 19:46

Em documento enviado ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, neste s�bado, 21, a defesa do ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha manifestou rep�dio e considerou rid�cula a 'insinua��o' de que o pol�tico teria amea�ado o empres�rio Joesley Batista, dono do grupo J&F.;

"Seria muita pretens�o do ora requerente (Eduardo Cunha), um ex-deputado do Rio de Janeiro, hoje encarcerado, conseguir, de onde se encontra, mobilizar a Pol�cia Militar de S�o Paulo para 'cercar' a resid�ncia desse r�u Joesley. Tal insinua��o soa at� rid�culo", escreveu o advogado D�lio Lins e Silva no documento enviado a Fachin, relator da Opera��o Lava Jato no Supremo.

No in�cio de dezembro, a defesa de Joesley solicitou que a Pol�cia Federal instaurasse um inqu�rito para investigar amea�as que o executivo afirma ter sofrido ap�s prestar depoimento como testemunha de acusa��o contra os ex-presidentes da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves e o operador L�cio Funaro. No �ltimo dia 12, Fachin atendeu ao pedido da defesa de Joesley e determinou que a PF apure as supostas amea�as.

No documento, os advogados contam que durante a audi�ncia, realizada no dia 28 de novembro, por videoconfer�ncia, o advogado de Eduardo Cunha informou o endere�o em que Joesley reside com sua fam�lia e pediu que ele confirmasse se ali morava. No dia seguinte, narram os advogados, o empres�rio passou a receber liga��es no telefone fixo de sua casa em S�o Paulo e em Salvador.

Os telefonemas foram atendidos pela empregada e o cozinheiro da fam�lia. Neles, o interlocutor, um homem, de acordo com a defesa, em tom amea�ador, se apresentava como delegado da Pol�cia Federal e amigo de Joesley e pedia que ele depositasse R$ 50 mil em uma conta da Caixa Econ�mica Federal. Por fim, o autor das liga��es dizia: "Diga que o Eduardo est� chegando em Bras�lia".

"Na sequ�ncia das liga��es, surgiram diversas viaturas da Pol�cia Militar do Estado de S�o Paulo, que cercaram a casa e abordaram os seguran�as e funcion�rios do requerente, pedindo informa��es sobre os moradores, pois teriam recebido den�ncia an�nima de que haveria naquela resid�ncia um roubo em andamento, com indiv�duos armados que mantinham os moradores como ref�ns", narram os advogados.

A defesa explica que os fatos se repetiram por tr�s vezes: na sexta-feira, dia 30 de novembro, no s�bado, dia 1� de dezembro, e no domingo, dia 2 de dezembro, o que, segundo os advogados, "gerou grande estresse e temor em toda fam�lia" de Joesley.

"Os dizeres do interlocutor ao telefone, em tese, denotam amea�a velada, pois apontam para detalhes sutis (mensagens subliminares) que d�o a entender tratar-se de quest�o ligada � Caixa Econ�mica Federal (onde teve in�cio a opera��o Sepsis), que originou a��o penal em que o requerente � testemunha de acusa��o, na condi��o de colaborador da Justi�a".

A Opera��o S�psis, citada pela defesa de Joesley, investiga��o sobre desvios milion�rios do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) da Caixa Econ�mica Federal, levou a Justi�a Federal do Distrito Federal a condenar Cunha, Henrique Alves e Funaro.

O advogado D�lio Lins e Silva, que representa Eduardo Cunha, destacou no documento enviado a Fachin neste s�bado que o endere�o residencial de Joesley � de dom�nio p�blico, j� que foi "diversas vezes" divulgado em opera��es realizadas pela Pol�cia Federal.

"A indaga��o da defesa do ora requerente (Eduardo Cunha) dirigida ao referido r�u (Joesley Batista) em rela��o ao seu endere�o n�o se deu com o objetivo de conhec�-lo, pois p�blico, mas com o objetivo exclusivo de obter a sua confirma��o pelo pr�prio e referido r�u de onde teriam ocorrido fatos, at� porque os autos demonstram que o endere�o do referido r�u Joesley Batista, j� era de h� muito conhecido pelo ora peticion�rio, onde esteve por mais de uma vez."

Ao repudiar o que considerou ser uma insinua��o feita pela defesa de Joesley Batista, o advogado de Eduardo Cunha afirmou que "encontra-se visivelmente demonstrado que essa 'amea�a' e 'cerco' que teriam ocorrido na resid�ncia do r�u Joesley s� interessa a este pr�prio, totalmente enrolado na sua falsa e deturpada dela��o, por incr�vel que pare�a, ent�o premiada".

Outro lado. Em nota, Andr� Callegari, que integra a defesa de Joesley Batista, informou que os advogados jamais imputaram os fatos diretamente ao ex-deputado Eduardo Cunha. O advogado disse ainda ser inconteste que ap�s a audi�ncia, "com perguntas estritamente de cunho pessoal e que de nenhuma forma diziam respeito ao objeto do processo", as amea�as ocorreram.

"Os fatos, do modo como ocorreram, est�o devidamente narrados e a defesa confia que a Pol�cia Federal encontrar� os respons�veis pelas amea�as. A defesa do colaborador n�o comentar� sentimentos ou sensa��es de terceiros", disse Callegari.


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