Aloysio Nunes ser� o 7� ministro de Temer na gest�o Doria

O ministro das Rela��es Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) vai presidir a Investe SP, ag�ncia paulista de promo��o de investimentos, a convite do governador eleito Jo�o Doria, tamb�m do PSDB. Ele assumir� suas fun��es no governo paulista no dia 5 de fevereiro. Aloysio Nunes � o s�timo ministro do governo do presidente Michel Temer a fazer parte da gest�o do tucano em S�o Paulo, que j� mira nas elei��es de 2022.

A Investe SP � um �rg�o que fica sob responsabilidade da Secretaria da Fazenda, Planejamento e Gest�o, que ser� encabe�ada por Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Temer. Al�m dos dois, ser�o nomeados Rossieli Soares (Educa��o), S�rgio S� Leit�o (Cultura), Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos) e Vin�cius Lummertz (Turismo). Gilberto Kassab, anunciado como chefe da Casa Civil de Doria, pediu licen�a do cargo nesta quinta-feira.

S�timo nome de Temer anunciado por Doria, Aloysio Nunes evitou nesta quinta-feira comentar as recentes rusgas entre o governador eleito e o presidente.

Na campanha eleitoral, Temer gravou v�deo no qual diz que Doria fez cr�ticas diretas ou indiretas a seu governo, apesar dos elogios feitos anteriormente. "Voc� muitas vezes tenta dissociar a figura do presidente da Rep�blica da figura dos partidos que o apoiam, mas eles est�o no meu governo e est�o apoiando precisamente voc�. Desacelera", afirma Temer no v�deo, numa alus�o ao bord�o "acelera" usado pelo ex-prefeito de S�o Paulo.

"N�o vou comentar isso. Doria procurou se cercar das pessoas que considera as mais adequadas para a fun��o", disse Aloysio � reportagem. Ele afirmou que se reunir� com Doria para definir as prioridades de sua atua��o na Investe SP. "� uma ag�ncia muito importante, de excel�ncia, e posso aproveitar uma conjuntura que parece que vai ser favor�vel para a economia brasileira e, por isso, para a economia paulista", afirmou. "Vamos nos reunir com a secretaria para apresentar um programa de trabalho ao governador."

Transi��o

Aloysio Nunes tamb�m n�o quis comentar pol�micas relacionadas ao Itamaraty na transi��o para o governo Jair Bolsonaro (PSL), como os "desconvites" aos presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, e de Cuba, Miguel D�az-Canel, para a cerim�nia de posse. O futuro chanceler, Ernesto Ara�jo, tamb�m afirmou que nenhum integrante do governo da Nicar�gua estar� no evento. Inicialmente, a diplomacia brasileira havia convidado todos os pa�ses com os quais o Brasil mant�m rela��es diplom�ticas.

Aloysio Nunes, por outro lado, elogiou a aproxima��o de Bolsonaro com Israel - o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, se re�ne hoje com Bolsonaro e confirmou presen�a na posse. "Acho positiva (a aproxima��o). Temos uma excelente rela��o com Israel. H� muitos programas de coopera��o, principalmente na �rea de ci�ncia, tecnologia e defesa, e acho muito positivo", disse.

O atual chanceler tem forma��o em Direito pela Universidade de S�o Paulo e cursou Economia Pol�tica na Universidade de Paris VII e Ci�ncias Pol�ticas na Universidade de Paris I. Tornou-se procurador do Estado de S�o Paulo em 1981. Iniciou sua carreira pol�tica como deputado estadual de S�o Paulo, e foi vice-governador, deputado federal e senador. Em 2014, candidatou-se a vice-presidente na chapa encabe�ada por A�cio Neves (PSDB), derrotado por Dilma Rousseff (PT) no 2.� turno.

No governo Fernando Henrique Cardoso, chefiou a Casa Civil (1999) e foi ministro da Justi�a (2001). No atual governo, assumiu as Rela��es Exteriores em 7 de mar�o de 2017. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.