O pastor Silas Malafaia, l�der da igreja Assembleia de Deus Vit�ria em Cristo, afirmou na tarde deste domingo, 30, que o apoio eleitoral da comunidade evang�lica ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, s� ocorreu por causa do apoio do capit�o da reserva a Israel.
A transfer�ncia da embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusal�m, um gesto de reconhecimento de que a cidade sagrada � a capital do Estado de Israel, foi promessa de campanha de Bolsonaro. O assunto foi tratado em reuni�o com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que iniciou na sexta-feira a primeira visita de um chefe de governo israelense ao Brasil.
"Jerusal�m � a eterna e indivis�vel capital de Israel", disse Malafaia, ao chegar para um encontro de l�deres religiosos crist�os com Netanyahu, no hotel em que o premi� est� hospedado, no Rio. Segundo o pastor, n�o haveria apoio da comunidade evang�lica a Bolsonaro sem a agenda pr�-Israel. "Nosso apoio a Bolsonaro � resultado de ele apoiar Israel", afirmou Malafaia.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), abriu o encontro com Netanyahu. "N�o tenho palavras para descrever o que Israel representa para n�s. Rezemos pelo seu pa�s todos os dias", afirmou Crivella, se dirigindo para o premi� israelense. O l�der da Iurd e tio de Crivella, bispo Edir Macedo, anunciou apoio formal a Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
O cardeal-arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, tamb�m est� no encontro. No discurso aos l�deres crist�os, Netanyahu ressaltou que Israel � o �nico pa�s no Oriente M�dio que � seguro para crist�os. "N�o temos melhores amigos no mundo do que a comunidade evang�lica. E a comunidade evang�lica n�o tem melhor amigo do que Israel", afirmou o premi�.
Rela��es comerciais
O primeiro-ministro de Israel defendeu neste domingo o aprofundamento das rela��es comerciais com o Brasil. Em apresenta��o a jornalistas brasileiros no Rio, Netanyahu tra�ou o panorama de uma economia global em mudan�a constante, com foco na r�pida evolu��o tecnol�gica. O premi� procurou descrever Israel como uma "pot�ncia tecnol�gica", com destaque para os setores de seguran�a cibern�tica, de tecnologia da informa��o, de agricultura de precis�o e de reaproveitamento de �gua.
"Para uma companhia crescer, � preciso de novos produtos ou ent�o de novos mercados", afirmou Netanyahu, ressaltando que o Brasil � um dos maiores mercados do mundo. Nos �ltimos anos, Israel tem buscado firmar acordos comerciais bilaterais - Indon�sia, que det�m a maior popula��o mu�ulmana do mundo, e Brasil s�o os �nicos que ficaram de fora desses acordos.
Para facilitar os contatos comerciais, o primeiro-ministro disse que a diplomacia israelense est� em contatos com o Chade, para liberar a passagem de voos pelo espa�o a�reo. A medida poderia encurtar em quatro horas o voo entre Tel-Aviv e S�o Paulo. Segundo Netanyahu, o mesmo foi feito ap�s o estreitamento de rela��es com a �ndia, pois a distens�o na rela��o diplom�tica com a Ar�bia Saudita permitiu o uso do espa�o a�reo no voo entre Tel-Aviv e Mumbai, capital financeira indiana.
"Discutimos com o presidente eleito, Jair Bolsonaro como trazer tecnologias israelenses para o Brasil", disse Netanyahu.
Bolsonaro e o premi� israelense se reuniram no Rio na sexta-feira, no primeiro dia da visita oficial de Netanyahu ao Brasil. Esta � a primeira vez na hist�ria que um primeiro-ministro israelense visita o Brasil. Netanyahu acompanhar� a posse de Bolsonaro, na pr�xima ter�a-feira, 1�, em Bras�lia.
POL�TICA