Tr�s suspeitos de participar da tentativa de ataque a uma igreja em Brazl�ndia, no Distrito Federal, foram soltos nesta quarta-feira, 9, por falta de provas ap�s passar nove dias na cadeia. Eles tamb�m eram investigados por uma amea�a de atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), em um caso investigado pela Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e pela Pol�cia Federal desde dezembro.
A pol�cia havia detido dois homens e uma mulher na cidade de Alto Para�so, em Goi�s, no dia 1.º de janeiro por suspeitar que eles haviam colocado um artefato explosivo em frente � igreja na madrugada de 25 de dezembro. O esquadr�o antibombas da Pol�cia Militar foi acionado, e ningu�m ficou ferido.
Em uma audi�ncia de cust�dia no mesmo dia da pris�o, o juiz substituto Andr� Gomes da Silva havia concedido pris�o preventiva em flagrante contra os tr�s suspeitos. Entre as provas que a pol�cia apresentou estava um manual de como fabricar bombas caseiras e tubos de vidro com subst�ncia n�o identificada, al�m de "rebites e bolas de gude". "H� fundada suspeita de tratar-se de subst�ncia explosiva", decidiu o juiz, sobre o conte�do do vidro.
A reportagem apurou que os suspeitos alegaram que o l�quido seria "medicina fitoter�pica", e que o manual em quest�o n�o pertenceria a nenhum deles.
Na audi�ncia, horas ap�s a pris�o, o juiz tamb�m levou a considera��o uma informa��o da pol�cia de que as postagens, no mesmo site em que as amea�as a Bolsonaro foram publicadas, haviam cessado "subitamente".
No entanto, o site Maldi��o Ancestral - onde tamb�m h� amea�as � ministra da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e ao presidente da Confer�ncia Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Sergio da Rocha - publicou novos textos nos dias 3 e 6 de janeiro, dias em que os suspeitos estavam presos. A primeira mensagem do ano, inclusive, diz que o grupo segue "livre e impune".
ITS
Denominado ITS-Brasil, ou Sociedade Secreta Silvestre, o grupo que assumiu autoria do ataque � alvo de investiga��o que envolve a colabora��o de ag�ncias de intelig�ncia internacionais, segundo a pol�cia.
Ataques reivindicados em pa�ses como Chile, Argentina e M�xico por grupos que atuariam em redes motivou o compartilhamento de informa��es. No Brasil, a pol�cia tamb�m investiga ataques reivindicados desde 2016, especialmente a explos�o de um artefato na rodovi�ria de Bras�lia em 2016. "O arquivamento desse processo n�o quer dizer que essa investiga��o teve fim", disse o delegado Fernando C�sar. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.