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Estado de Minas POL�TICA

'Se pudesse, teria o meu filho na minha equipe', afirma Mour�o


postado em 10/01/2019 11:30

O vice-presidente da Rep�blica, Hamilton Mour�o, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que, se pudesse, levaria o filho Ant�nio Hamilton Rossell Mour�o para trabalhar ao seu lado no Pal�cio do Planalto. A promo��o do filho do general para assessor especial da presid�ncia do Banco do Brasil, com um sal�rio de R$ 36,3 mil - o triplo do atual -, causou pol�mica no governo.

"Eu n�o tive nada a ver com isso, o presidente do banco (Rubem Novaes) o convidou para ser assessor. A�, � �bvio que l� dentro o sindicalismo banc�rio se revolta. S�o coisas da vida", afirmou Mour�o, ao lembrar que Rossell Mour�o completar� 19 anos no banco.

Questionado se a situa��o causava algum tipo de constrangimento, o general respondeu: "Para mim, n�o. N�o � por ser meu filho, mas ele � um profissional extremamente qualificado. Se eu pudesse, o teria aqui na minha equipe".

Mour�o admitiu problemas na comunica��o do governo, mas disse que as diverg�ncias entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil) est�o superadas. "O Paulo e o Onyx j� trocaram beijinhos e est� tudo certo".

A promo��o de seu filho no Banco do Brasil n�o contraria o discurso de campanha sobre fim de privil�gios e da influ�ncia pol�tica nas nomea��es?

Se o meu filho fosse um camarada de fora do banco, seria algo totalmente fora, apesar de ser permitido, porque o presidente tem cargos de livre provimento. Em fevereiro, (seu filho) completa 19 anos (de banco). N�o tive nada a ver com isso, o presidente do banco o conheceu em uma apresenta��o e o convidou para ser assessor. � �bvio que l� dentro o sindicalismo banc�rio se revolta com determinadas coisas. S�o coisas da vida.

E ele continua no cargo?

Sim. N�o vai ceder.

Isso n�o criou algum tipo de constrangimento para o sr.?

Para mim, n�o. N�o � por ser meu filho, mas ele � um profissional extremamente qualificado. Se eu pudesse, o teria aqui na minha equipe.

Como o sr. avalia o desencontro de informa��es no governo, nos �ltimos dias, em rela��o ao aumento do IOF e � reforma da Previd�ncia? Houve bate-cabe�a?

N�o acho que tenha havido bate-cabe�a. Tem esses primeiros dez dias, que � o momento de conhecer as coisas. At� porque essa transi��o n�o ocorre da forma como a gente faz nos nossos quart�is, porque a� voc� pega e bota o novo comandante sentadinho, cada um fala, vai l�, exp�e. Aqui voc� traz uma equipe, muitos n�o t�m experi�ncia na administra��o... Ent�o, isso � normal. N�o teve preju�zo.

Mas na segunda-feira o sr. e o general Augusto Heleno (do Gabinete de Seguran�a Institucional) foram convocados para ajudar na tarefa de afinar o discurso entre os ministros Onyx e Paulo Guedes.

N�o houve essa convoca��o. Na segunda-feira, como tinha a posse dos bancos estatais, o presidente reuniu no gabinete os presidentes de bancos e obviamente estavam o Paulo Guedes, o Onyx, eu e o Heleno. Houve uma conversa informal, mas n�o teve essa escala��o por parte do presidente para afinar o discurso. O Paulo e o Onyx foram almo�ar juntos, j� trocaram uns beijinhos e est� tudo certo. Esse epis�dio est� superado. Em qualquer equipe volta e meia existem opini�es diferentes. Compete ao l�der maior dizer: 'Meninos, ou meninas, vamos nos acertar'.

Na campanha, o sr. disse que a comunica��o do governo era ruim. Como resolver esse problema?

O presidente est� buscando um porta-voz e ainda n�o encontrou. Voc�s sabem que o sal�rio para um porta-voz � igual �quele do Chico Anysio na Escolinha do Professor Raimundo (faz o gesto juntando o polegar e o indicador): 'E o sal�rio, �!'. Fica dif�cil encontrar algu�m que tenha boa conex�o com a imprensa.

O ministro Onyx disse que faria um "revoga�o" de medidas, mas at� agora n�o foi anunciado nada. Houve erro de comunica��o?

Para fazer o "revoga�o", voc� tem de pegar as medidas que foram colocadas nos �ltimos dois anos. Pega uma equipe de cinco, seis pessoas e se debru�a para ver o que pode e o que n�o pode valer. Isso leva tempo. A burocracia estatal n�o � f�cil desde o Imp�rio (risos).

A decis�o da Casa Civil de exonerar 320 servidores n�o emperrou a m�quina? O sr. vai "despetizar" a Vice-Presid�ncia?

A Vice n�o existia. Quando o presidente (Michel) Temer assumiu a Presid�ncia, quem estava aqui foi com ele. Sobrou meia d�zia de gatos pingados.

O ex-assessor Fabr�cio Queiroz, que trabalhava para Fl�vio Bolsonaro, n�o deu todas as explica��es da movimenta��o considerada at�pica pelo Coaf. Isso n�o cria dificuldade para o governo?

Acho que n�o. O problema � o Queiroz. Ele tinha um dinheiro na conta e tem de explicar por que aquelas pessoas depositavam para ele. Para o governo, a �nica conex�o era o dinheiro que foi para a conta da primeira-dama (Michelle Bolsonaro), que o presidente disse que era pagamento de empr�stimo. Ent�o, para mim, morta a cobra.

O PSL, de Bolsonaro, anunciou apoio � candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) � reelei��o para a presid�ncia da C�mara. O governo ter� lado nessa disputa?

O presidente n�o quer ter um lado nessa disputa. � um jogo pol�tico-partid�rio. Teremos de tratar com quem for eleito e tem de ser na base republicana.

E como o sr. v� a disputa pelo comando do Senado com a candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL), que � pr�ximo do PT?

N�o vou emitir ju�zo de valor. Nunca conversei pessoalmente com ele.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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