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Estado de Minas POL�TICA

'Anti-Renan' d� tom de disputa pela presid�ncia do Senado

A deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP), aliada de Jo�o Doria e pr�xima de Bolsonaro, chamou Renan de "coron� do Senado"


postado em 17/01/2019 07:39 / atualizado em 17/01/2019 08:15

Senador Renan Calheiros tenta presidir o Senado pela quarta vez(foto: Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
Senador Renan Calheiros tenta presidir o Senado pela quarta vez (foto: B�rbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

Em uma campanha marcada por movimentos estrategicamente planejados e tamb�m velados, a disputa pela presid�ncia do Senado ter� a marca do "anti". Assim como ocorreu na elei��o presidencial, a escolha de quem comandar� a Casa e, por tabela, o Congresso Nacional pelos pr�ximos dois anos ser� definida por grupos a favor e contra a chamada "velha pol�tica", neste caso, representada por Renan Calheiros (MDB-AL), um dos poucos caciques que v�o permanecer no cargo a partir de fevereiro e que tenta presidir a Casa pela quarta vez.

Sem o apoio do presidente Jair Bolsonaro ou do partido dele, o PSL, Renan acompanha, nos bastidores, a pretens�o de Tasso Jereissati (PSDB-CE) de firmar uma esp�cie de acordo t�cito com a base aliada para derrotar o emedebista, mesmo que numa vota��o apertada e secreta. Assim como Renan, o tucano n�o se colocou oficialmente como candidato, mas busca l�deres de outros partidos para avaliar suas chances de vit�ria.

"Ele n�o vai entrar nesse jogo para perder. Mas espera um sinal dos senadores para se colocar publicamente. Tasso � o �nico que pode derrotar Renan", disse Ata�des Oliveira (PSDB-TO), que n�o se reelegeu, mas faz parte do grupo de sustenta��o � campanha de Tasso.

Segundo a reportagem apurou, apesar da discri��o, o tucano j� se reuniu com l�deres do DEM, do PSD e do Podemos e tem marcada para o dia 28 uma reuni�o com o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, para tratar de elei��o. Doria tem ocupado espa�o no PSDB depois que o presidente da sigla, Geraldo Alckmin, se afastou do dia a dia partid�rio, ainda que extraoficialmente.

A entrada de Doria na campanha de Tasso � considerada essencial para atrair o apoio de Bolsonaro e convencer o senador eleito Major Ol�mpio (PSL-SP) a se retirar da disputa, j� que ainda n�o conseguiu agregar apoio. � esperada uma declara��o p�blica do governador ap�s a reuni�o - assim como fez com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que j� o visitou em busca de apoio para sua reelei��o.

Nesta quarta-feira, 16, no Twitter, a deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP), aliada de Doria e pr�xima de Bolsonaro, chamou Renan de "coron� do Senado" e disse esperar que ele seja mandado "para a cadeia". Em resposta, o senador a bloqueou na rede social.

Frente

Tasso tenta ainda ser o nome de um bloco que se forma no Senado com a participa��o de diversos partidos. "Pedi para ir ao gabinete do Tasso. Sa�mos da elei��o totalmente divididos. Candidatos a presidente, governador, tudo diferente. Tem sido assim h� dez anos. Coloquei que o nome dele � um nome, mas existem outros", disse o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE).

Cid articula um bloco com PSB, Rede e PPS que teria 15 senadores e seria, na opini�o dele, capaz de atrair outras for�as como PSDB, PP, PSD e DEM. Com isso, se formaria uma "espinha dorsal" no Senado que garantiria a elei��o do presidente e os principais postos da Mesa Diretora.

A proposta de Cid � apresentar um manifesto que defenda mudan�as no regimento da Casa e uma dire��o que n�o seja "nem situa��o autom�tica nem oposi��o sistem�tica", mantendo independ�ncia em rela��o ao governo. Pela proposta, a escolha do nome a presidente seria o �ltimo passo do processo. "Tasso concordou com isso", disse Cid, que afirma considerar o tucano um "nome forte".

Enquanto isso, o movimento anti-Renan tem crescido nas redes sociais. O Movimento Brasil Livre (MBL) lan�ou vaquinha online para arrecadar R$ 30 mil e custear manifesta��es contra a candidatura do emedebista. O grupo batizou a ofensiva como "Opera��o Fora, Renan" e a ideia � "organizar piquetes" em endere�os de senadores que apoiam o alagoano, al�m de com�cios em alguns Estados e a��es na Justi�a.

Na ter�a-feira, o MBL protocolou a��o popular no Supremo Tribunal Federal com pedido de liminar para impedir que Renan se candidate. O argumento � de que eventual elei��o do senador iria contra o princ�pio da moralidade p�blica, j� que o emedebista � alvo de inqu�ritos no STF por lavagem de dinheiro, corrup��o e organiza��o criminosa.

'Plano B'

Se enfrenta dificuldades para atrair aliados de Bolsonaro, como o MBL, Renan tem apoios assegurados por colegas do seu MDB, passando pelo PT ao PSD, que deve dar cinco de seus oito votos ao alagoano. Mas, por receio de que a candidatura de Renan sofra algum abalo at� fevereiro, o MDB vai manter a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como "plano B" at� �s v�speras da elei��o.

Atual l�der da bancada do MDB no Senado, Simone queria anunciar � imprensa, ainda antes do recesso, em dezembro, que n�o seria candidata. Ela, por�m, foi demovida pela dire��o do partido. A justificativa usada pelos dirigentes foi de que a sigla ainda "desconfia" de que Renan conseguir� ter condi��es para vencer a elei��o interna e que a desist�ncia dela serviria �s candidaturas alternativas.

Apesar de o senador alagoano ser o candidato que desponta como favorito, h� um receio no pr�prio MDB de que a press�o da opini�o p�blica vai aumentar na pr�xima semana e, por causa disso, alguns parlamentares podem mudar de posi��o.

Diante desse cen�rio, Renan atua para garantir que a bancada decida por seu nome somente no �ltimo dia antes da elei��o, 31 de janeiro, e busca se aproximar do governo. J� jantou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e prometeu aprovar a reforma da Previd�ncia.

O senador enfatiza que o partido s� definir� se ele � candidato ou n�o na v�spera da data da elei��o. Para o MDB, quanto mais tarde vier a confirma��o de que Renan ser� candidato, menor ser� o tempo para rea��o de setores contr�rios ao seu nome. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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