
"Precisamos dar ao Maduro e seu pessoal uma chance de escapar. Deixar ele ir embora para que a Venezuela possa se redefinir", disse. Com respostas objetivas, o presidente em exerc�cio comentou assuntos como seguran�a p�blica, economia, al�m de desafios e dificuldades para o governo.
Hamilton Mour�o disse que o atual governo brasileiro 'comunga' com os valores da democracia americana, tais como, imp�rio da lei, direitos humanos, liberdade das pessoas e equil�bio dos poderes. "Mas n�o significa um alinhamento autom�tico em todas as posi��es dos americanos. At� porque, o governo muda, o que fica � o estado", afirmou.
Questionado sobre os relat�rios do Coaf que apontam movimenta��es suspeitas que envolvem o filho do presidente Jair Bolsonaro, senador eleito Fl�vio Bolsonaro, Mour�o reafirmou que 'a lei � para todos'. "A quest�o pertence somente a ele. Cabe �s autoridades competentes a apura��o dos fatos. O pr�prio Jair Bolsonaro deixou isso bem claro".
Sobre qual seria a import�ncia das For�as Armadas para o Brasil, o presidente em exerc�cio apontou a busca por 'valores perdidos' como o principal ponto. "Bolsonaro jamais perdeu la�os como a comunidade militar, � o seu ref�gio seguro".
Mour�o citou os tr�s assuntos que mais lhe preocuparam durante os dias que Bolsonaro esteve em Davos, na Su��a: Venezuela, com�rcio de frangos com a Ar�bia Saudita e a lentid�o do site do Sisu. Al�m disso, elencou quatro temas que, para ele, o governo precisa dar maior aten��o.
"O sistema prisional do pa�s, que vive um momento ca�tico, endurecer a legisla��o, modernizar a pol�cia e investir na quest�o social", declarou.
HIST�RICO DE MOUR�O NO GOVERNO
O general Hamilton Mour�o foi empossado vice-presidente do Brasil no dia 1° de janeiro. No dia 8, a primeira pol�mica. Seu filho, Antonio Hamilton Roussel Mour�o, deixou o cargo de assessor empresarial do Banco do Brasil, onde recebia um sal�rio de R$ 12 mil, para ocupar a fun��o diretamente ligada ao chefe da institui��o, Rubem Novaes. No novo posto, Antonio vai ganhar mais de R$ 36 mil, o triplo dos rendimentos anteriores.
Antonio era funcion�rio do Banco do Brasil h� 18 anos e tomou posse no novo cargo no dia 7, mesmo dia em que Novaes assumiu a presid�ncia da institui��o. Ao ser procurada pela reportagem, a assessoria do Banco do Brasil confirmou a nomea��o do do filho do general Hamilton Mour�o. A ideia era que Antonio fizesse assessoria de Novaes nas quest�es envolvendo o agroneg�cio, tema no qual seria especialista, com 11 anos de experi�ncia.
Na mesma data, o vice-presidente afirmou que o filho foi promovido por ter "m�rito.
No dia 11 de janeiro, o general Mour�o questionou a presidente da C�mara Municipal de Belo Horizonte, vereadora Nely Aquino (PRTB), durante encontro no Pal�cio do Planalto, em Bras�lia, se h� Metr� em Belo Horizonte.
No encontro, o vice falou para a presidente da C�mara que as demandas municipais precisam ser tratadas com apoio da bancada mineira no Congresso, para que sejam apresentadas emendas parlamentares em busca de recursos federais. No or�amento federal de 2019 n�o existe previs�o or�ament�ria para a amplia��o do metr� da capital mineira.
H�BITO DE PEDALAR
Hamilton Mour�o adotou o h�bito de pedalar, o mesmo que marcou os �ltimos anos da ex-presidente Dilma Rousseff no poder. O vice-presidente foi flagrado no dia 13 pedalando em Bras�lia, na rota entre o Pal�cio do Jaburu, onde mora com a mulher, Paula Mour�o, e o Pal�cio da Alvorada, resid�ncia oficial do presidente Jair Bolsonaro.
Mour�o saiu do Jaburu pela manh� com a mulher em bicicletas nacionais Caloi, do modelo Montana Hard Trail, que t�m custo de cerca de R$ 600 cada, fabricadas em Manaus (AM). Fundada por um italiano em S�o Paulo, a empresa atualmente pertence � canadense Cannondale.
Na quarta-feira (23), o presidente em exerc�cio classificou como "ret�rica e ila��o" a possibilidade de fechar a embaixada da Palestina no Brasil. Durante a campanha eleitoral, no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro prometeu que iria retirar a representa��o diplom�tica em Bras�lia porque "a Palestina n�o � um pa�s."
Nesta quinta-feira, Mour�o declarou que apenas ministros de Estado poder�o classificar documentos como "ultrassecretos" para impedir a divulga��o de dados sigilosos que sejam solicitados pela Lei de Acesso � Informa��o. O decreto assinado na v�spera, no entanto, amplia o n�mero de servidores comissionados para chefes de �rg�os ligados ao minist�rios com permiss�o para atribuir sigilo a dados.
O presidente da Rep�blica em exerc�cio disse tamb�m que o apoio da R�ssia ao governo do presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, n�o atrapalha a rela��o do Brasil com o pa�s no Brics, bloco econ�mico formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul. “Dissen��es sobre determinados problemas sempre haver� dentro do grupo. N�o h� homogeneidade nas decis�es”, disse, ao sair do seu gabinete, ao final do expediente.
Com informa��es de Estad�o Conte�do