O PT n�o � o �nico atingido pelo tiro de canh�o dado por Ant�nio Palocci. O MDB tamb�m est� na mira da dela��o premiada do ex-ministro dos governo Lula (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil).
No depoimento prestado sobre a corrup��o nas obras da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par�, o partido do ex-presidente Michel Temer, MDB, aparece como s�cio do partido de Lula e Dilma Rousseff, o PT. Meio a meio, diz o delator. Iniciado em 2010, o neg�cio de R$ 13 bilh�es envolveu acerto de 1% de propina com empreiteiras. Os R$ 135 milh�es seriam divididos entre pol�ticos dos dois partidos.
O Termo 05 da dela��o premiada fechada com a Pol�cia Federal, em Curitiba, no �mbito da Opera��o Lava Jato, foi tornado p�blico na �ltima semana. Nele, Palocci incrimina Lula e Dilma em crimes que a for�a-tarefa investiga.
No Termo 05 da dela��o homologada pelo Tribunal da Lava Jato (o TRF-4), Palocci e seus advogados "est�o dispostos tamb�m a colaborar"
Investiga��o da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) se concentra em propinas a pol�ticos do MDB. Um dos alvos � o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lob�o.
Segundo o "Italiano" - codinome usado no setor de propinas da Odebrecht para identificar Palocci - membros do MDB enviavam a ele "cobran�as espec�ficas por pagamentos de vantagens atreladas � obra da Usina de Belo Monte".
O dinheiro, pago pela Andrade Gutierrez, que liderava o cons�rcio que construiu a usina, teria servido para a disputa presidencial e a de governadores. "Os recursos demandados pelo PMDB n�o se destinavam somente � campanha nacional, mas tamb�m as campanhas estaduais."
Segundo o delator, a propina - que ele chama de "apoio" nesse trecho - destinada ao "PMDB foi essencial para o �xito da campanha do PT". Dilma foi eleita em 2010 tendo Michel Temer como vice.
Palocci disse que Dilma sabia dos valores repassados ao MDB por empreiteiras pelo neg�cio de Belo Monte, a maior usina de energia dos governos do PT. O delator afirma que "deu ci�ncia a Dilma Rousseff dos vultosos pagamentos que a Andrade Gutierrez estava fazendo ao PMDB em raz�o da obra da UHE Belo Monte". "A ent�o candidata tomou ci�ncia e efetivamente autorizou que se continuasse a agir daquela forma", disse.
O delator narra que inicialmente Dilma orientou a n�o recolher recursos da Andrade para o PT, mas que isso mudou em 2012, durante a campanha municipal, na qual Fernando Haddad seria eleito prefeito de S�o Paulo por interfer�ncia e press�o de Lula.
Defesa
A reportagem entrou em contato com o MDB. O espa�o est� aberto para manifesta��o da legenda.
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POL�TICA
Palocci se oferece para delatar integrantes do MDB
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