
Entidades ligadas � �rea de seguran�a p�blica no estado – pol�cias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros – se re�nem na manh� desta quarta-feira para discutir estrat�gias contra o pagamento do 13º do ano passado em 11 parcelas, sempre no primeiro dia �til ap�s o dia 20 de cada m�s, e a manifesta��o marcada para a sexta-feira, dia 1º, em frente � Assembleia Legislativa. A categoria n�o descarta paralisa��es pontuais, com a redu��o da escala de trabalho ou a chamada “opera��o tartaruga”, em que os servi�os s�o executados de forma mais lenta. PM anuncia 'posturas radicais contundentes'.
Uma assembleia geral dos trabalhadores estava marcada para a tarde desta ter�a-feira na Cidade Administrativa, mas foi cancelada em raz�o dos trabalhos realizados em Brumadinho, onde na sexta-feira uma barragem da Vale se rompeu, causando, at� o momento, 65 mortes.
T�o logo o governo mineiro anunciou a escala de pagamento do abono natalino, a Associa��o dos Oficiais da Pol�cia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (AOPMBM) divulgou nota no site em rep�dio � medida. “Essa not�cia conseguiu piorar o que j� era ruim. Como diz o ditado: 'nada � t�o ruim que n�o possa piorar.' Parece que a Governan�a n�o quer enxergar o caos que a medida acarreta. Fam�lias est�o endividadas, com a renda comprometida, problemas de sa�de dos servidores decorrentes desta situa��o e, a desmotiva��o come�a dar sinais no quart�is na presta��o da seguran�a p�blica”, diz trecho do texto assinado pelo presidente da entidade, coronel Ailton Cirilo da Silva.
O militar diz ainda se ser� preciso a ado��o de “posturas radicais contundentes que comprometam o Estado de direito”. O coronel foi procurado pela reportagem para comentar a frase, mas segundo a assessoria de imprensa, ele est� em viagem. No texto o militar reclamou do tratamento diferenciado entre os servidores do Executivo e dos demais poderes. “� o Executivo que faz a m�quina estatal funcionar: arrecadar, fiscalizar, educar e promover a sa�de, policiar e socorrer v�timas da trag�dia de Brumadinho, para usar um exemplo recente. Ficamos olhando o Legislativo, Judici�rio e MP usufruindo das benesses do Estado e, enquanto cobramos o 13º sal�rio, eles j� receberam at� o 14º”.
Os benef�cios exclusivos dos outros poderes foram questionados tamb�m por representantes da Pol�cia Civil. “O caixa � �nico. Por que os outros poderes j� est�o com tudo em dia? Se Minas est� em situa��o dif�cil, ent�o vamos todos fazer um sacrif�cio por Minas”, afirmou o presidente da Associa��o dos Delegados da Pol�cia Civil de Minas Gerais (Adepol), M�rio Correia. O delegado lembrou que mesmo com sal�rios atrasados e sem o abono de Natal, a categoria est� atuando de forma exemplar na trag�dia de Brumadinho, e assim continuar�.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais (Sindpol), Jos� Maria de Paula Cachimbinho, afirmou que a categoria est� “em p� de guerra”. “Estamos h� quatro anos sem reposi��o salarial, com o sal�rio fatiado e ainda vamos receber o 13º em 11 vezes? Isso � inconceb�vel”, reclamou.
