Esta sexta-feira � o dia mais importante para as defini��es dos rumos do pa�s desde 28 de outubro, segundo turno das elei��es presidenciais. Hoje, tomam posse 513 deputados para mandatos de quatro anos e 54 senadores, dois ter�os do total, para passar oito anos na Casa. Em seguida, os parlamentares v�o escolher o deputado e o senador que os comandar� pelos pr�ximos dois anos.
Isso acaba por decidir o sucesso ou o fracasso de muitos projetos de lei e emendas constitucionais. Sem comando amig�vel das duas Casas, n�o h� reforma que passe, seja a da Previd�ncia, seja qualquer outra. � por isso que todos os olhos do mercado se voltam para Bras�lia hoje.
Na C�mara, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta a reelei��o e � o favorito na disputa. Conta com o apoio de 16 legendas de diversos espectros, que representam, juntas, 405 deputados. Pelos c�lculos de aliados, o demista consegue se reeleger em primeiro turno ainda que um em cada tr�s parlamentares que prometeram votar nele mude de ideia na hora de ir � urna.
No Senado, o quadro � mais incerto. Por sete votos a cinco, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) conseguiu ontem a indica��o do partido, pela qual concorria com Simone Tebet (MS). Os senadores optaram por ele ap�s uma tensa reuni�o da bancada, que durou quase tr�s horas. Na sa�da, Tebet negou a possibilidade de se lan�ar como candidata avulsa, sem o apoio oficial do partido, como havia cogitado. “N�o sou candidata de mim mesma”, declarou.
A senadora lembrou que s�o esperados oito candidatos no pleito, n�mero recorde desde a redemocratiza��o. Concorrer sozinha nesse quadro “s� complicaria o processo para qualquer lado”, considera.
“Neste momento, n�o h� espa�o para a minha candidatura, porque n�o tem um partido que venha a me apoiar”, explicou. Dos sete votos que ela esperava, perdeu um para Renan e outro para a absten��o — o senador Jarbas Vasconcelos (PE), que a apoiava, foi o �nico ausente do encontro da bancada.
Apesar de ter vencido a disputa interna, Renan ter� dificuldade para conseguir apoio dos demais senadores. A sess�o para a escolha do novo presidente deve ser dif�cil e pode at� mesmo ficar para outro dia. Um experiente cacique do MDB, que torcia por Simone, explicou que a vit�ria do alagoano pode ser positiva para os emedebistas mais antigos, que t�m bom tr�nsito com ele, mas prejudicar� o partido como um todo, que n�o conseguiria se livrar da pecha de ser a velha pol�tica. Tamb�m seria negativa para o Senado, que poderia ser visto como respons�vel por tudo o que vier a dar errado no governo de Jair Bolsonaro.
Desentendimento
As dificuldades de Renan v�o se mostrar antes mesmo da vota��o. Os anti-Renan querem que a sess�o seja comandada por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que tamb�m � candidato � Presid�ncia, pois ele � o �nico membro da mesa atual que estar� na pr�xima legislatura, ainda que seja apenas terceiro secret�rio suplente. Os renanzistas dizem que isso n�o vale e querem que a sess�o seja presidida por Jos� Maranh�o (MDB-PB), o mais velho.
O senador paraibano � contra o voto aberto, pelo qual os senadores precisariam mostrar quem escolheram para presidir a Casa. Esse deve ser o motivo do segundo desentendimento do dia. O grupo contr�rio a Renan pretende reivindicar que a vota��o seja aberta, apesar de o regimento prever o pleito secreto. Eles sabem que, se o voto for a p�blico, alguns senadores v�o desistir de apoiar o emedebista.
L�der da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai pedir, ainda, que a vota��o seja em dois turnos, “de modo que s� seja eleito aquele que conquistar, ao menos, 41 votos”. H�, assim, apenas uma certeza: a de duros embates na primeira abertura dos trabalhos do Senado.
A candidatura de Simone Tebet estava bastante forte h� cerca de um m�s. O problema, diz reservadamente um analista, foi a entrada no jogo, de forma pesada, do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trabalhando por Alcolumbre. Ele � do DEM e quer o partido no comando das duas casas. O antes obscuro senador do Amap� fez uma campanha intensa, usando at� um jatinho para viajar a 19 estados.
Para o cacique que apoiou Simone, a escolha dela esvaziaria a candidatura de Alcolumbre, cujo grande atrativo � ser o anti-Renan. Agora, ele entra na disputa com chances consider�veis de vencer. Ontem, antes da reuni�o da bancada, Simone disse que o presidente tem de ser do MDB, porque “n�o � bom que um partido tenha a Casa Civil, a Presid�ncia da C�mara e a do Senado”, que � o que acontecer� caso Alcolumbre seja eleito.
Desentendimento
As dificuldades de Renan v�o se mostrar antes mesmo da vota��o. Os anti-Renan querem que a sess�o seja comandada por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que tamb�m � candidato � Presid�ncia, pois ele � o �nico membro da mesa atual que estar� na pr�xima legislatura, ainda que seja apenas terceiro secret�rio suplente. Os renanzistas dizem que isso n�o vale e querem que a sess�o seja presidida por Jos� Maranh�o (MDB-PB), o mais velho.
O senador paraibano � contra o voto aberto, pelo qual os senadores precisariam mostrar quem escolheram para presidir a Casa. Esse deve ser o motivo do segundo desentendimento do dia. O grupo contr�rio a Renan pretende reivindicar que a vota��o seja aberta, apesar de o regimento prever o pleito secreto.
Eles sabem que, se o voto for a p�blico, alguns senadores v�o desistir de apoiar o emedebista. L�der da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai pedir, ainda, que a vota��o seja em dois turnos, “de modo que s� seja eleito aquele que conquistar, ao menos, 41 votos”. H�, assim, apenas uma certeza: a de duros embates na primeira abertura dos trabalhos do Senado.
A candidatura de Simone Tebet estava bastante forte h� cerca de um m�s. O problema, diz reservadamente um analista, foi a entrada no jogo, de forma pesada, do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trabalhando por Alcolumbre. Ele � do DEM e quer o partido no comando das duas casas. O antes obscuro senador do Amap� fez uma campanha intensa, usando at� um jatinho para viajar a 19 estados.
Para o cacique que apoiou Simone, a escolha dela esvaziaria a candidatura de Alcolumbre, cujo grande atrativo � ser o anti-Renan. Agora, ele entra na disputa com chances consider�veis de vencer. Ontem, antes da reuni�o da bancada, Simone disse que o presidente tem de ser do MDB, porque “n�o � bom que um partido tenha a Casa Civil, a Presid�ncia da C�mara e a do Senado”, que � o que acontecer� caso Alcolumbre seja eleito.

Deputados
Na C�mara, as fun��es importantes j� foram distribu�das pelo candidato do DEM, Rodrigo Maia. Fernando Giacobo (PR-PR) poder� contar com o apoio dele para se manter � frente da primeira secretaria. O presidente do PRB, deputado Marcos Pereira (SP), ser� o candidato oficial do bloco majorit�rio para disputar a primeira vice-presid�ncia, enquanto Luciano Bivar (PSL-PE), presidente do partido de Jair Bolsonaro, fica com a segunda.
Bivar pode ter alguns percal�os para conquistar a segunda vice-presid�ncia. Outros dois deputados do PSL manifestaram, nos bastidores, interesse no posto, mas ainda n�o garantiram que v�o se candidatar como avulsos. Um deles est� no primeiro mandato na C�mara.
A candidatura avulsa tamb�m amea�a o PRB, que pode perder a primeira vice-presid�ncia para Ricardo Izar (PP-SP), que se lan�ou de forma independente. Na �ltima elei��o, essas candidaturas foram barradas devido a um acordo de l�deres. O mesmo poder� ser feito pelo presidente da sess�o, que ser� o deputado Patriota Gonzaga (PSB-PE).