A ju�za federal Gabriela Hardt fixou fian�a de R$ 6,8 milh�es ao dono da Estre, Wilson Quintella, preso na 59� fase da Opera��o Lava Jato, que mira supostas propinas de R$ 22 milh�es em contratos da Transpetro. A magistrada tamb�m autorizou a fian�a de R$ 1,5 milh�o aos apontados como supostos intermedi�rios na lavagem do dinheiro, Antonio Kanji, e Mauro de Morais. Na mesma decis�o, ela converteu as pris�es tempor�rias em preventivas - ou seja, por tempo indeterminado.
Denominada "Quinto Ano", a Lava Jato 59 mira supostas propinas de R$ 22 milh�es de contratos da Transpetro firmados entre 2008 e 2014, e cujos valores chegam a R$ 682 milh�es. As investiga��es t�m como base a dela��o do ex-presidente da Transpetro, o emedebista S�rgio Machado. Wilson Quintella � apontado como pagador de supostas propinas e o escrit�rio de Mauro de Morais teria agido para ocult�-las.
A Receita rastreou mais de R$ 20 milh�es destinados ao escrit�rio. O advogado teria feito saques pouco abaixo de R$ 100 mil para que transa��es de R$ 9,5 milh�es n�o chegassem ao conhecimento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Segundo a magistrada, "tais circunst�ncias s�o de elevada suspei��o, considerando, sobretudo, que h� elementos indicativos de que a Estre utilizava recursos em esp�cie como forma de repasse de propinas a agentes p�blicos".
"Embora os dados que informam a rela��o dos investigados ao menos at� o ano de 2017, bem como opera��es suspeita na transfer�ncia de im�vel entre Ant�nio Kanji e Mauro Moraes que teria sido cancelada em 2016", anotou.
Hardt decidiu que, "em rela��o a Wilson Quintella, considerando que se tratava do respons�vel pela negocia��o da propina" ,a fian�a deve ser de R$ 6,8 milh�es, correspondente ao m�nimo, de 1%, que poderia ter sido cobrado nos contratos do grupo Estre com a Transpetro.
"Em rela��o a Mauro de Morais e Antonio Kanji Hoshikawa, arbitro a fian�a em R$ 1.580.000,00, correspondente ao im�vel supostamente negociado entre eles, opera��o que o MPF afirma ser fict�cia e destinada a ocultar repasse indevido", anotou.
Defesa
Com a palavra, a defesa de Quintella
Segundo os advogados de Wilson Quintella, Pierpaolo Cruz Bottini e Leandro Racca, "a decis�o reconhece que a pris�o n�o era necess�ria uma vez que Wilson Quintela sempre se apresentou a justi�a quando convocado, prestando depoimentos e comparecendo a todos os atos processuais. Cabe reiterar ainda que as atividades exercidas por suas empresas s�o l�citas, como j� demonstrado amplamente. Quintella continua � disposi��o das autoridades para todos os esclarecimentos."
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