A investiga��o do relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre Fabr�cio Jos� Carlos de Queiroz, ex-assessor do senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), mudar� de m�os. Quem analisar� o caso, a partir desta quarta-feira, 6, � o promotor Lu�s Ot�vio Lopes. Inicialmente designado para o caso, o promotor Claudio Calo se declarou suspeito, na noite da ter�a-feira, 5.
Lopes � titular da 25� Promotoria de Investiga��o Penal (PIP), que � tabelar (sucessora) da 24� Promotoria de Investiga��o Penal (PIP), de Calo, ou seja, � quem recebe o caso como substituta imediata. Enquanto o promotor Claudio Calo for o titular da 24� PIP, o procedimento, no qual arguiu o impedimento/ suspei��o, ficar� na 25� PIP.
Calo se declarou suspeito para analisar o caso um dia ap�s receb�-lo. Ele tomou essa iniciativa depois da repercuss�o negativa de antigas publica��es feitas pelo promotor em sua conta no Twitter. Nelas, o representante do Minist�rio P�blico compartilhou postagens sobre a fam�lia do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, e comentou o caso Queiroz.
Os tu�tes foram revelados pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estado. Ao longo do dia houve grande questionamento nas redes sociais sobre a imparcialidade do promotor. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Calo disse que deixou o caso por uma "quest�o t�cnica e n�o por press�o, em raz�o do Twitter, ou por quest�o de simpatia ou antipatia pela fam�lia." E completou: "J� denunciei pessoas de v�rios partidos MDB, DEM, PT, PRTB dentre outros."
O promotor tamb�m alegou, em seu pedido de suspei��o, que, apesar de n�o ser amigo ou inimigo de nenhuma pessoa mencionada nos autos, encontrou-se pessoalmente com Fl�vio quando este era deputado estadual e senador eleito ainda n�o diplomado. A reuni�o teria sido antes dos fatos investigados serem divulgados pelos meios de comunica��o, no dia 30 de novembro. A exist�ncia do relat�rio do Coaf foi revelado com exclusividade pelo Estado em 6 de dezembro. O encontro foi intermediado por ex-colegas de turma do promotor no curso de direito.
O objetivo do encontro, segundo ele, era tratar "exclusivamente de quest�es relacionadas com a seguran�a p�blica, precisamente com o combate � corrup��o e o combate � lavagem de capitais, assim como projetos de leis relacionados com crimes contra administra��o p�blica e lavagem de capitais". Calo contou que na ocasi�o sugeriu ao parlamentar, dentre v�rias outras sugest�es, o aumento das penas m�nima dos crimes que causam les�o ao Er�rio, assim como dificultar a progress�o de regime de cumprimento de pena.
"Neste encontro estiveram presentes este Promotor de Justi�a, o referido parlamentar e dois amigos em comum que promoveram o contato pessoal com fins jur�dicos, sendo que o contato, repise-se, ocorreu antes mesmo da divulga��o pela m�dia dos fatos ora investigados", disse.
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