
A deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL-SP) declarou que o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gustavo Bebianno, n�o pode ser considerado automaticamente culpado por supostos desvios de recursos do Fundo Partid�rio para candidaturas laranjas do PSL. A futura parlamentar o classificou como uma "pessoa controversa", mas afirmou que n�o adianta o governo "cortar cabe�as" sem uma apura��o.
A Pol�cia Federal (PF) abriu inqu�rito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partid�rio destinados ao PSL por meio de supostas candidaturas laranjas nas elei��es de 2018. Bebianno presidiu o partido durante o per�odo eleitoral. "Vejam, Bebianno pode ou n�o ficar no governo, insisto que a situa��o n�o me compete. Mas se sair, que seja porque n�o o desejam por l�", escreveu Janaina no Twitter.
Para ela, as situa��es precisam ser investigadas e apuradas. "Mas n�o adianta eleger um culpado e cortar cabe�as, sem apurar", afirmou. "O fato de Bebianno ter assinado a libera��o do dinheiro, na condi��o de presidente do Partido, n�o o torna automaticamente culpado, pois ele era a pessoa competente para assinar a documenta��o. Temos que saber quem, eventualmente, ficou com o dinheiro", escreveu.
'Pessoa controversa'
Na sequ�ncia de mensagens na rede social, a deputada relatou ter sido procurada por Bebianno durante a campanha e recusado dinheiro do fundo. "Em meio a tantas acusa��es, eu fiquei pensando: se ele tinha um esquema de desvio, iria oferecer mandar dinheiro justo para mim? Iria insistir? Entendo que n�o", escreveu.
Janaina classificou o ministro como "uma pessoa controversa" e que "muita gente n�o gosta dele". "Eu mesma tenho minhas m�goas. Mas n�o acho justo usar uma den�ncia que, a princ�pio, n�o o envolve, para vingar outras quest�es", afirmou.
Nesta quarta-feira, 13, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o Bebianno mentiu ao afirmar que teria conversado tr�s vezes com o presidente na ter�a-feira, 12. Bolsonaro, por sua vez, republicou a mensagem e, em entrevista, disse que destino do ministro - se for culpado - ser� "voltar �s suas origens".
Refor�ando que n�o estava defendendo Bebianno, a parlamentar eleita declarou que o ministro tem "devo��o" por Bolsonaro, mas ponderou: "Estaria ele sendo falso? Talvez. Mas digo, se estava, ele � melhor ator que Tony Ramos. E Tony Ramos � muito bom."