
"Meu trabalho foi executado com total transpar�ncia e lisura. As contas da chapa do ent�o candidato Jair Bolsonaro, que estavam sob minha responsabilidade, foram aprovadas e elogiadas pelos Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)", escreveu.
O documento possui tr�s p�ginas, duas com um ponto a ponto da sua defesa e outra com gr�ficos sobre as regras de distribui��o de recurso no partido e as compet�ncias da Executiva Nacional, da qual fazia parte, e dos diret�rios estaduais e municipais.
Bebianno destaca que assumiu interinamente a presid�ncia do PSL entre fevereiro e outubro de 2018 para cuidar da candidatura de Bolsonaro. "Jair Bolsonaro nunca ocupou nenhum cargo de dire��o no partido, portanto, n�o tem qualquer rela��o com outras candidaturas. Responde apenas pela sua pr�pria, como qualquer outro candidato", alega.
O ministro tamb�m escreve que a Executiva Nacional distribui os recursos do Fundo Partid�rio, garantindo o repasse de 30% para candidatas mulheres, mas que cabe ao diret�rio estadual formar suas chapas locais, incluindo a indica��o das candidatas mulheres e respeitando o porcentual.
"Todos os repasses para os candidatos das elei��es proporcionais e aos governos dos estados s�o realizados pela Executiva Nacional POR CONTA E ORDEM dos diret�rios estaduais, que recebem diretamente os recursos em suas contas ou indicam os nomes dos candidatos a serem beneficiados. Compete a cada um dos candidatos a presta��o de contas de sua pr�pria campanha, cabendo-lhes tamb�m a responsabilidade pelos atos praticados."
"Por todas essas raz�es, reafirmo que n�o fui respons�vel pela defini��o das candidatas de Pernambuco que foram beneficiadas por recursos oriundos do PSL Nacional. Reitero meu incondicional compromisso com meu pa�s, com a �tica, com o combate � corrup��o e com a verdade acima de tudo", conclui Bebianno.
Para planejar sua rea��o e elaborar o documento, o ministro convocou para seu front o empres�rio Paulo Marinho, amigo de longa data que se tornou suplente de Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) no Senado. Marinho estava em S�o Paulo e voou para capital t�o logo foi chamado. Os dois se encontraram j� tarde da noite da quarta-feira, 13, e tiveram ao menos duas conversas, segundo relato de uma pessoa pr�xima. Uma das reuni�es foi com um integrante do Judici�rio e a outra com um parlamentar.
Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que o PSL teria financiado duas candidaturas de laranjas em Pernambuco nas �ltimas elei��es, quando Bebianno era o presidente do partido.
Na ter�a-feira, 12, em entrevista ao jornal O Globo, o ministro negou ser motivo de instabilidade no governo ap�s essa revela��o e, para afastar rumores de mal-estar, afirmou que teria falado tr�s vezes com o presidente Bolsonaro naquele dia.
A crise se intensificou quando um dos filhos do presidente, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), disse que Bebianno mentiu ao afirmar que conversou com o presidente. Mais tarde, o pr�prio presidente retuitou o post do filho e repetiu, em entrevista � RecordTV, que o seu ministro mentiu.