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Estado de Minas POL�TICA

Conta de operador do PSDB emitiu cart�o de cr�dito a Aloysio Nunes, diz Lava Jato


postado em 19/02/2019 13:23

Uma conta na Su��a ligada ao operador do PSDB e ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza emitiu um cart�o de cr�dito em nome do ex-ministro Aloysio Nunes, em 2007, segundo documentos obtidos pela Opera��o Lava Jato.

Vieira de Souza, a quem os investigadores atribuem um saldo de R$ 130 milh�es em contas no pa�s europeu, foi preso pela terceira vez nesta ter�a, 19. O ex-ministro tucano, hoje presidente da Investe S�o Paulo do governo Jo�o Doria (PSDB-SP), foi alvo de buscas e apreens�es. Vieira de Souza e Aloysio s�o investigados na Opera��o Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato.

Em sua conta no Twitter, o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, afirmou que a compet�ncia deste caso, no Supremo, � do ministro Edson Fachin. "Vejo tweets receando que o ministro Gilmar Mendes solte Paulo Preto (sic) mais uma vez em liminar. Isso � imposs�vel debaixo da lei. O relator desse caso no Supremo n�o � ele e sim o ministro Fachin."

Os investigadores afirmam que Paulo Vieira de Souza foi "usado" como operador financeiro da Odebrecht e teria disponibilizado R$ 100 milh�es em esp�cie no Brasil para que a empreiteira fizesse pagamentos a ex-diretores da Petrobras.

A suposta liga��o do ex-diretor da Dersa com o esquema de propinas montado na estatal petrol�fera � o principal argumento para colocar o operador do PSDB sob a tutela da for�a-tarefa da Lava Jato no Paran� - respons�vel pela devassa na Petrobras que levou at� o ex-presidente Lula para a pris�o.

O novo "endere�o" de Vieira de Souza mexe com o tabuleiro judicial no Supremo. Vieira de Souza j� � r�u em duas a��es penais da Lava Jato, mas em S�o Paulo. Nestas a��es, pedidos da defesa do operador tucano ca�ram nas m�os do ministro Gilmar Mendes.

Em duas ocasi�es, Vieira de Souza foi preso por ordem da ju�za Maria Isabel do Prado, da 5.� Vara Criminal Federal de S�o Paulo. Nas duas vezes, Gilmar Mendes frustrou os investigadores e ordenou a soltura do ex-diretor da Dersa.

Agora, um outro ministro da Corte m�xima, Edson Fachin, deve assumir a responsabilidade sobre o caso envolvendo Vieira de Souza como investigado pela for�a-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Em meio �s investiga��es, uma coopera��o internacional com a Su��a remeteu � PF documentos de uma conta supostamente em nome do ex-diretor da Dersa. A for�a-tarefa afirma que ele recebeu, nesta conta, pagamentos das empreiteiras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Correa.

Segundo os investigadores, em novembro de 2017, "houve a transfer�ncia pelo Grupo Odebrecht de 275.776,04 euros em favor de Paulo Vieira de Souza, por interm�dio de conta mantida em nome da empresa offshore Flienfeld Services", usada pelo departamento de propinas da empreiteira. Outro pagamento, no valor de US$ 643.774,00, desta vez, em dezembro de 2008, teria sido feito pela "offshore Shearwater Overseas, reconhecidamente ligada � Construtora Andrade Gutierrez". J� a Camargo Corr�a pagou US$ 309 mil � conta de Vieira de Souza na Su��a.

"Ademais, cumpre-se destacar que em 24/12/2007, portanto logo ap�s Paulo Vieira de Souza ter recebido da Odebrecht 275.776,04 euros, cuja transfer�ncia aconteceu em 26/11/2007, um dos respons�veis por sua conta mantida em nome do Grupo Nantes na Su��a solicitou a representantes do Banco a entrega de cart�o de cr�dito no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio Nunes Ferreira Filho", afirma a Lava Jato.

Segundo a for�a-tarefa, o "documento indica que Aloysio Nunes era o destinat�rio de um cart�o de cr�dito vinculado � conta Groupe Nantes, pertencente a Paulo Vieira de Souza e por ele utilizada para receber vantagens indevidas de empreiteiras investigadas no �mbito da Opera��o Lava Jato".

"Isso corrobora os depoimentos prestados por investigados colaboradores no sentido de que o representado atuava como operador financeiro em favor de agentes ligados ao PSDB", afirma a Lava Jato.

Os procuradores ainda asseveram que "os documentos encaminhados pelas autoridades helv�ticas, constam, ainda, registros de emiss�es de outros diversos cart�es de cr�dito, o que suscita a alta probabilidade de que a sistem�tica de repasse de valores esp�rios tenha se repetido em rela��o a outros agentes p�blicos e pol�ticos ligados a Paulo Vieira de Souza".

Defesas

O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira, presidente da Investe S�o Paulo, disse que ainda "n�o teve acesso �s informa��es" da Opera��o Ad Infinitum. Segundo ele, o delegado da Pol�cia Federal que conduziu as buscas em sua resid�ncia nesta ter�a, "foi muito cort�s", mas n�o revelou a ele os motivos da dilig�ncia. "O inqu�rito est� em segredo, eu estou buscando saber o que h�", disse o tucano.

Aloysio negou ter recebido cart�o de cr�dito da conta do operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, preso na Ad Infinitum.

A reportagem fez contato com a assessoria de Paulo Vieira de Souza. O espa�o est� aberto para manifesta��o.


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