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Estado de Minas

Ministro do Turismo de Bolsonaro pode responder por dois crimes

Segundo promotor eleitoral respons�vel pela apura��o do caso, Marcelo �lvaro Ant�nio pode ter cometido falsidade ideol�gica eleitoral e apropria��o ind�bita no caso das candidatas laranjas


postado em 23/02/2019 05:05 / atualizado em 23/02/2019 07:48

"Em nossa compreens�o, n�o � caso de foro privilegiado, porque a conduta foi praticada na gest�o da campanha e n�o como deputado federal. N�o � ato de deputado, mas de candidato ou dirigente partid�rio" - Edson Rezende, coordenador das promotorias eleitorais de Minas (foto: Marcos Michelin/EM/D.A PRESS %u2013 23/2/10)

As apura��es das den�ncias de um esquema de candidatas laranjas do PSL de Minas – vinculadas ao ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro (PSL), Marcelo �lvaro Ant�nio – se comprovadas, tipificam dois crimes: falsidade ideol�gica eleitoral, porque uma candidata teria obtido o registro eleitoral sem que fosse candidata de fato, e crime de apropria��o ind�bita, j� que os recursos p�blicos destinados � candidatura feminina teriam sido desviados indevidamente para favorecer outra campanha. As penas de reclus�o para os crimes variam: para o crime de falsidade ideol�gica, de um a quatro anos de reclus�o; no caso da apropria��o ind�bita, de dois a seis anos.

A avalia��o � do promotor eleitoral Fernando Ferreira Abreu, respons�vel pela apura��o do caso no �mbito da Justi�a Eleitoral. O caso foi distribu�do a ele pelo coordenador das promotorias eleitorais de Minas, Edson Rezende. “Em nossa compreens�o, n�o � caso de foro privilegiado, porque a conduta foi praticada na gest�o da campanha, e n�o como deputado federal. N�o � ato de deputado, mas de candidato ou dirigente partid�rio”, afirmou Edson Rezende em refer�ncia ao fato de Marcelo �lvaro Ant�nio ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de retirar as investiga��es do Minist�rio P�blico em Minas Gerais levando-as � corte. “Neste primeiro momento, trata-se de uma den�ncia envolvendo quatro candidaturas, mas durante a investiga��o poderemos descobrir algo diferente”, afirmou Rezende.

O promotor eleitoral Fernando Ferreira Abreu se reuniu ontem com delegados da Pol�cia Federal, que tamb�m v�o investigar o caso. Ele vai encaminhar o material do caso � Pol�cia Federal na quarta-feira  com os termos de depoimentos de pelo menos sete pessoas envolvidas, j� que as oitivas est�o marcadas para os pr�ximos dias. Com esses documentos, a Pol�cia Federal, que tamb�m recebeu uma representa��o da aposentada Cleuzenir Barbosa, vai abrir um inqu�rito e entrar na investiga��o.

O esquema de candidaturas femininas laranjas no PSL foi denunciado pelo jornal Folha de S.Paulo, segundo o qual quatro candidatas a deputada estadual e federal do interior de Minas receberam R$ 279 mil da dire��o nacional do PSL – integrando a lista das 20 candidaturas que mais receberam recursos da sigla no pa�s –, n�o obstante tenham tido uma vota��o p�fia, de cerca de 2 mil votos.

Segundo o promotor Fernando Ferreira Abreu, o trabalho de investiga��o est� se iniciando – at� agora, houve apenas uma oitiva em Governador Valadares, a da aposentada Cleuzenir Barbosa, cuja filia��o ao PSL foi feita em Bras�lia e registrada em v�deo, ao lado do ent�o candidato � Presid�ncia da Rep�blica Jair Bolsonaro e do ent�o deputado e hoje ministro Marcelo �lvaro Ant�nio.

Em seu depoimento aos �rg�os de investiga��o, Cleuzenir – que se sentindo amea�ada e temerosa por ter denunciado est� agora em Portugal – contou ter sido coagida por assessores de �lvaro Ant�nio a devolver recursos do fundo p�blico de campanha sob a forma de contrata��o de uma gr�fica, com a qual n�o havia feito servi�o algum. Em diversas entrevistas � imprensa, ela declarou: “Fui candidata a deputada estadual, e fazia ‘dobrada’ com o deputado federal Marcelo �lvaro Ant�nio, que � hoje o ministro do Turismo. E, no meio da caminhada da campanha, fui convidada por dois assessores do Marcelo �lvaro, que � o Raissander de Paula e o Robertinho Soares, para que eu transferisse dinheiro para uma gr�fica com a qual eu n�o estava fazendo servi�o algum”, afirmou. “Achei aquilo muito estranho. De imediato, a gente detectou que tinha erro. Conversando com meu advogado, com meu contador, decidimos que n�o far�amos o jogo que eles haviam pedido que a gente fizesse, que eram as transfer�ncias.”

Segundo Cleuzenir relatou, as mulheres foram usadas para, por meio de subterf�gios, desviar os recursos destinados � cota de candidaturas femininas para o caixa da chapa do ministro, eleito o deputado mais votado por Minas Gerais. Em nota divulgada na ter�a-feira passada, Marcelo �lvaro Ant�nio declarou nunca ter orientado qualquer assessor a praticar ato il�cito e que, ao tomar conhecimento da den�ncia, determinou que ela fosse apurada. Segundo ele, Cleuzenir teria sido chamada a prestar esclarecimentos, mas nunca apresentou qualquer ind�cio que atestasse a veracidade das acusa��es.

 


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