Preocupada com o impacto da administra��o Romeu Zema na imagem do partido e com um poss�vel descolamento em rela��o � legenda, a dire��o nacional do Novo estuda acionar o Departamento de Apoio ao Mandat�rio, �rg�o previsto no estatuto partid�rio, para monitorar as a��es do governo de Minas Gerais.
Algumas a��es deste in�cio de mandato de Zema fizeram acender o sinal de alerta na c�pula do Novo. A principal delas foi a nomea��o de pessoas ligadas ao PSDB para cargos-chave do governo, como Cust�dio de Mattos, ex-secret�rio de Desenvolvimento Social de A�cio Neves, para a poderosa pasta de Governo e o deputado tucano Luiz Humberto Carneiro, que foi l�der do ex-governador Antonio Anastasia, para a lideran�a do governo na Assembleia Legislativa.
Al�m disso, a manuten��o de Germano Vieira, remanescente da gest�o Fernando Pimentel (PT), na Secretaria de Meio Ambiente, em meio � trag�dia de Brumadinho, tamb�m desagradou � c�pula do partido. Durante a campanha, Zema fez duras cr�ticas ao PT e ao PSDB, os quais associou � "velha pol�tica" em contraposi��o � proposta "modernizadora" do Novo.
Segundo fontes pr�ximas � c�pula do partido, a rela��o da dire��o com Zema come�ou a ficar turva ainda no primeiro turno da campanha eleitoral, quando o ent�o candidato pediu votos tanto para Jo�o Amo�do (Novo) quanto para Jair Bolsonaro (PSL). Zema afirmou que foi um erro de comunica��o, mas a c�pula do partido n�o engoliu a explica��o.
Agora, dirigentes da sigla se queixam de dificuldades de interlocu��o com o governador, a quem consideram "muito autossuficiente" e arredio.
Por isso, estudam monitorar a gest�o por meio do Departamento de Apoio ao Mandat�rio, �rg�o previsto no estatuto do partido que tem o objetivo de dar suporte aos candidatos eleitos pelo Novo, mas tamb�m tem a prerrogativa de "vetar nomea��es" e "alertar o mandat�rio" em casos extremos de poss�vel desacordo com as r�gidas normas da sigla.
'Prestar contas'
Procurada, a dire��o do Novo n�o quis se manifestar. Em entrevista ao Estado, Zema negou qualquer desalinhamento em rela��o ao partido e disse aceitar com naturalidade o monitoramento pela c�pula da legenda (mais informa��es nesta p�gina).
"A coisa que eu mais fiz na minha vida foi ter que prestar contas. O que vai mudar agora? N�o mudou nada. Prestar conta nos faz agir melhor e aprimorarmos", declarou ele. "O diret�rio nacional participou ativamente da escolha do secretariado. Nossa interlocu��o tem sido a melhor poss�vel", completou o governador.
Sobre a nomea��o de Germano Vieira, Zema disse se tratar de um t�cnico aprovado por entidades da ind�stria, agricultura e minera��o.
A opini�o, no entanto, n�o � unanimidade no partido. O deputado estadual Bart� do Novo tem verbalizado a insatisfa��o com alguns nomes do secretariado. "Vejo como insustent�vel (a perman�ncia de Germano). Apesar de ter um perfil t�cnico e ter o aval de algumas institui��es, o problema ocorrido na sua pasta foi muito grave", afirmou Bart� do Novo.
Para o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG), a elei��o do primeiro governador vai levar o partido a um amadurecimento, sem que isso represente abrir m�o de seus princ�pios. "Talvez precise ganhar maturidade, especialmente filiados que acham que todas as mudan�as v�o ser feitas da noite para o dia. Aos poucos, a base de apoio do Novo vai ganhando mais maturidade", disse o parlamentar. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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