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Estado de Minas POL�TICA

Cabral diz em depoimento que seus delatores disseram a verdade


postado em 26/02/2019 16:54

O ex-governador do Rio S�rgio Cabral Filho (MDB) disse que o dinheiro de propina que os doleiros Renato e Marcelo Chebar disseram ter lavado era realmente seu. "Participei da propina, sim. O dinheiro dos irm�os Chebar era meu dinheiro, sim", afirmou, em depoimento na tarde desta ter�a-feira, 26, ao juiz Marcelo Bretas, da 7� Vara Federal do Rio.

Cabral declarou tamb�m que tamb�m s�o verdadeiras "99%" das declara��es feitas � Justi�a por Carlos Miranda, apontado como seu "homem da mala". Miranda revelou que fez v�rias opera��es de recebimento e distribui��o de propina, em dinheiro vivo, por ordem do ent�o governador.

O emedebista afirmou que o ex-governador Luiz Fernando Pez�o (MDB), preso no fim do ano passado, tamb�m recebeu propina quando era seu vice-governador e como seu secret�rio de Obras. "Ele trouxe com ele o Hudson Braga, que era 'bra�o direito' dele. E sim, tamb�m existia a taxa de oxig�nio", confessou em depoimento � 7� Vara Federal Criminal nesta ter�a-feira.

Segundo Cabral, houve um esquema de propina na primeira fase das obras no Maracan�, para os Jogos Pan-Americanos, quando o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) era seu secret�rio de Esportes e Lazer. Cabral n�o disse se Paes recebeu propina, mas afirmou que arrecadou dinheiro para a campanha do ex-prefeito do Rio, por meio de caixa 2.

"Se n�o me falha a mem�ria, Arthur Soares (conhecido como Rei Arthur, empres�rio e prestador de servi�os para o Estado) deu, � campanha do Paes, de R$ 3 a R$ 4 milh�es e depois reclamou muito porque os servi�os n�o foram dados a ele. Ele colaborou com a campanha e esperava receber contratos. Depois acabou ganhando (a obra) do Centro de Opera��es do Rio", disse.

"S�o rar�ssimos os empres�rios que deram dinheiro para campanhas eleitorais e n�o esperavam contratos (p�blicos). Todos esperam retorno. No Brasil, isso � uma esp�cie de toma l� da c�. Uma �tica de compromisso, voc� me ajudou, eu vou te ajudar. N�o tem nada formalizado, mas est� impl�cito", confessou.

Cabral disse que tamb�m fez quest�o que o ex-secret�rio de Paes e atual deputado federal Pedro Paulo (MDB) estivesse junto dele nessas negocia��es de caixa 2 da campanha de Eduardo Paes. O ex-governador, por�m, isentou de responsabilidade sua mulher, Adriana Ancelmo, por negocia��es criminosas feitas por meio do escrit�rio de advocacia dela. "Eu contaminei esse escrit�rio quando pedi o repasse de caixa 2 para o dono da Rica. Ela n�o sabia de nada", afirmou. "No meu governo, havia promiscuidade entre dinheiro da propina e de campanha", acrescentou.


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