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Estado de Minas POL�TICA

D�lares e euros de operador do PSDB sob cust�dia do BC


postado em 28/02/2019 15:13

O Banco Central informou � ju�za federal Gabriela Hardt que custodiou US$ 10,528 mil e 20 mil euros apreendidos com o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado pela Opera��o Lava Jato como operador do PSDB. Vieira de Souza foi preso na Opera��o Ad Infinitum, fase 60 da investiga��o, por suspeita de lavagem de dinheiro.

Um total de R$ 216 mil, das tr�s moedas, foi pego pela Lava Jato durante as buscas na casa de Vieira de Souza. A Pol�cia Federal apreendeu ainda R$ 93,25 mil.

Os euros estavam divididos em 40 notas de 500. J� os d�lares estavam fracionados em oito notas de US$ 1, uma nota de US$ 20 e 105 notas de US$ 100.

"No dia 20 de fevereiro de 2019, nas depend�ncias do Departamento do Meio Circulante do banco Central do Brasil, localizado na cidade de Curitiba-PR, os servidores receberam os valores discriminados, pertencentes � cust�dia n� 0000201-PR", relatou o Banco Central.

O dinheiro apreendido com o operador do PSDB � muito superior �quele encontrado em tr�s contas banc�rias de sua titularidade. O Banco Central bloqueou na quinta-feira, 21, R$ 396,75 de Paulo Vieira de Souza. A ju�za Gabriela Hardt havia ordenado o confisco de R$ 100 milh�es do engenheiro.

Al�m dos R$ 216 mil, a PF apreendeu uma caixa com onze rel�gios: um com o s�mbolo do Corinthians, outro da marca Tommy Hilfiger, um da Swiss Army, um da Ferrari, um da Hublot, um rel�gio Universal dourado, um Cartier prateado com dourado, um Jaeger-Lecoultre, dois Bulgari e um HStern. Os agentes encontraram tamb�m um Apple Watch.

Foram levados pelos agentes da Lava Jato ainda documentos, computador, Ipad, cart�es de mem�ria e pen drives.

Antes de ser pego pela Lava Jato do Paran�, o operador do PSDB estava em recolhimento domiciliar integral e monitoramento por meio de tornozeleira eletr�nica desde setembro do ano passado. A decis�o havia sido tomada pelos ministros da Segunda Turma do Supremo ap�s a pris�o de Paulo Vieira de Souza pela Lava Jato de S�o Paulo.

O ex-diretor da Dersa j� havia sido preso duas vezes pela Lava Jato em S�o Paulo no ano passado.

Ele � r�u de duas a��es penais da Lava Jato em S�o Paulo, uma sobre supostos desvios de R$ 7,7 milh�es que deveriam ser aplicados na indeniza��o de moradores impactados pelas obras do Rodoanel Sul e da amplia��o da avenida Jacu P�ssego e outra sobre cartel em obras vi�rias do Estado e do Programa de Desenvolvimento do Sistema Vi�rio Metropolitano.

No dia 13 de fevereiro, o ministro do Supremo Gilmar Mendes atendeu a um pedido da defesa de Vieira de Souza e adiou o fim do processo sobre os desvios de R$ 7,7 milh�es - o que pode resultar em prescri��o.

Na ter�a, 19, Vieira de Souza foi capturado mais uma vez, agora por suspeita de lavagem de dinheiro.

O Minist�rio P�blico Federal afirma que o operador disponibilizou, a partir do segundo semestre de 2010, R$ 100 milh�es em esp�cie ao operador financeiro Adir Assad, no Brasil. Assad entregou os valores ao Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, aos cuidados do doleiro �lvaro Jos� Novis - que fazia pagamentos de propinas, a mando da empresa, para v�rios agentes p�blicos e pol�ticos, inclusive da Petrobr�s.

Em contrapartida, relata a investiga��o, a Odebrecht repassou valores, por meio de contas em nome de offshores ligadas ao Setor de Opera��es Estruturadas da empreiteira, ao operador Rodrigo Tacla Duran.

"Esse, por sua vez, repassou o dinheiro, ainda no exterior, mediante a reten��o de comiss�es, diretamente a Paulo Vieira de Souza, ou, por vezes, a doleiros chineses, que se encarregavam de remeter os valores, tamb�m por meio de institui��es banc�rias estrangeiras, ao representado (Paulo Vieira de Souza)", narrou a Lava Jato.

A Procuradoria da Rep�blica afirmou ainda que o ex-diretor da Dersa manteve R$ 131 milh�es em quatro contas no banco Bordier & CIE, de Genebra, em nome da offshore panamenha Groupe Nantes SA, da qual o operador � benefici�rio econ�mico e controlador. As contas foram abertas em 2007 e mantidas at� 2017.

Os procuradores afirmam que a Odebrecht repassou ao operador do PSDB um total de EUR 275.776,04 em 26 de novembro de 2007, por interm�dio de conta mantida em nome da offshore Klienfeld Services LTD. No ano seguinte, em 25 de mar�o de 2008, por meio da offshore Dessarollo Lanzarote, o Groupe Nantes recebeu US$ 309.258,00. Em 19 de dezembro de 2008, por interm�dio da offshore Shearwater Overseas, ligada � Andrade Gutierrez, Vieira de Souza foi benefici�rio de US$ 643.774,00.

"Em 24 de dezembro de 2007, portanto logo ap�s Paulo Vieira de Souza ter recebido da Odebrecht EUR 275.776,04, cuja transfer�ncia aconteceu em 26 de novembro de 2007, um dos respons�veis por sua conta mantida em nome do Grupo Nantes na Su��a solicitou a representantes do Banco a entrega de cart�o de cr�dito no hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio Nunes Ferreira Filho", diz a investiga��o.

Ligado a governos do PSDB no Estado, ele foi diretor da Desenvolvimento Rodovi�rio S.A (Dersa), estatal paulista. Suas rela��es com tucanos � muito antiga. Ele desfruta da fama de que det�m informa��es privilegiadas.

Defesa

Com a palavra, Paulo Vieira de Souza

Respons�vel pela defesa de Paulo Vieira de Souza, Santoro Advogados considera importante esclarecer:

1. � falsa a acusa��o segundo a qual o Minist�rio P�blico da Su��a investiga ou investigou poss�veis liga��es entre Paulo Vieira de Souza e a fac��o criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Portanto, carecem de fundamento probat�rio as refer�ncias de membros da For�a Tarefa da Lava Jato, feitas com o �nico intuito de confundir e criar uma narrativa de condena��o, a qual intoxica as redes sociais com o que se convencionou chamar de "fake news".

2. O ju�zo da 5� Vara Federal de S�o Paulo, assim como os representantes do MPF, sabem que as acusa��es n�o foram feitas pelos procuradores su��os, mas sim por M�rcia Ferreira Gomes, ex-funcion�ria da DERSA (Desenvolvimento Rodovi�rio de S�o Paulo S.A.) e r� no processo que investiga desvios de recursos em Programa de Reassentamento do Rodoanel.

3. O relat�rio da Procuradoria da Su��a cita as declara��es prestadas por M�rcia Ferreira Gomes, as quais jamais foram comprovadas pelo Minist�rio P�blico Federal de S�o Paulo, o Minist�rio P�blico Federal de Curitiba, a Pol�cia Federal ou o pr�prio Minist�rio P�blico da Su��a.

4. A falta de provas nesta acusa��o � evidente. Como tamb�m � evidente a falta de provas sobre a exist�ncia de um suposto bunker onde Paulo Vieira de Souza guardaria dinheiro, do qual ningu�m conhece sequer o endere�o.

5. Lamentavelmente vivemos uma distor��o grave e perigosa quando os ilustres Procuradores, que deveriam estar empenhados cumprir a lei, agem como celebridades e colocam sua popularidade nas redes sociais acima da Constitui��o e do Estado de Direito.

Bras�lia, 22 de fevereiro de 2019.

Santoro Advogados


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