
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou as redes sociais no in�cio da noite desta quinta-feira para comentar a pol�mica envolvendo discurso feito pela manh�, durante a cerim�nia de 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro. Ele disse que “a democracia e a liberdade s� existem quando a For�a Armada assim o quer”.
Em live no Facebook, ao lado do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), e do porta-voz da Presid�ncia, Ot�vio Santana do Rego Barros, Bolsonaro afirmou que foi mal interpretado.
“Assim � em todo lugar do mundo, e essa fala levou para todo lado as mais variadas interpreta��es”, disse o presidente. Ele aproveitou a presen�a de Heleno no v�deo, a quem classificou de “mais experiente” para question�-lo se ele teria visto algo errado em seu discurso.
A resposta veio de imediato: “Claro que n�o. N�o tem nada de pol�mico. Foram palavras ditas de improviso para uma tropa qualificada e para aqueles que amam sua p�tria e vivem diariamente o problema da manuten��o da democracia e da liberdade”, comentou.
O general Heleno reclamou que “tentaram distorcer” as palavras de Bolsonaro como se ele tivesse tratado a democracia como uma “presente” dos militares para os civis. “N�o � nada disso”.
O militar reformado lembrou que o presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, est� no poder justamente por causa das For�as Armadas.
Cart�o
Outro assunto tratado na live foi o aumento de 16% nos gastos com o cart�o corporativo da Presid�ncia da Rep�blica, no compartivo com a m�dia dos �ltimos quatro anos. Embora durante a transi��o tenha defendido o fim do cart�o, nos dois primeiros meses de governo, goram gastos R$ 1,1 milh�o. O gasto refere-se a pagamentos vinculados � Secretaria de Administra��o da Presid�ncia da Rep�blica.“A imprensa pegou apenas a parte negativa e divulgou”, reclamou Bolsonaro. Bolsonaro justificou o aumento no fato de que, entre maio de 2016 e dezembro de 2018 o gasto foi com apenas um presidente – no caso, Michel Temer (MDB), que assumiu o cargo com o afastamento e posterior impeachment de Dilma Rousseff (PT).
O general Augusto Heleno argumentou ainda que em janeiro deste ano o Brasil tinha um presidente da Rep�blica saindo do cargo (Temer), outro assumindo (Bolsonaro) e um vice (Hamilton Mour�o), o que justifica um gasto maior.
“E ainda havia todo o aparato da posse, a vinda de presidentes estrangeiros, altas autoridades. E todo esse mnovimento, � l�gico, acabou fazendo com que esse cart�o corporativo aumentasse as despesas”.
Bolsonaro anunciou que far� v�deos ao vivo todas as quintas-feiras �s 18h30 para apresentar os principais assuntos da semana.