(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Onyx Lorenzoni acena com cargos no MEC para acalmar base aliada


postado em 14/03/2019 07:57

O desgaste do ministro da Educa��o, Ricardo V�lez Rodr�guez, passou a ser considerado pelo governo como uma oportunidade para assegurar apoio no Congresso � reforma da Previd�ncia. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tem dito que os postos do MEC poderiam acalmar os �nimos e abrir caminho entre parlamentares. O respiro viria em boa hora para os articuladores pol�ticos.

A bancada evang�lica, por exemplo, discute divulgar nas pr�ximas semanas um manifesto de "independ�ncia" em rela��o ao governo. O grupo, um dos pilares da elei��o do presidente Jair Bolsonaro, reclama da falta de di�logo e tamb�m de espa�o na Esplanada.

Os cargos dispon�veis no MEC seriam suficientes para conter a onda de descontentes e desarmar aquelas que est�o em forma��o. Al�m da pr�pria cadeira de V�lez, que n�o est� garantido no cargo, a pasta da Educa��o conta com uma extensa lista de postos que poderiam ser preenchidos com indica��es de parlamentares.

Estariam dispon�veis, por exemplo, escrit�rios regionais do minist�rio, instalados nos Estados. H� ainda os Instituto Benjamim Constant e o Instituto Nacional de Educa��o de Surdos, localizados no Rio e que poderiam atender especialmente a bancada fluminense. Para completar, a Funda��o Joaquim Nabuco, com mais de 200 postos e a Capes, que cuida de bolsas de pesquisa na �rea de p�s-gradua��o.

Todo esse potencial para aplacar os �nimos t�m sido colocado na balan�a para definir o destino de V�lez. Bombardeado por duas das tr�s alas que integram sua equipe, o professor colombiano procurou na �ltima semana realizar uma profunda mudan�a nos quadros do MEC para tentar recuperar a estabilidade. Sete pessoas pr�ximas foram exoneradas.

As mudan�as, no entanto, ocorreram num momento em que V�lez j� estava com a credibilidade abalada, sem aliados no Planalto, e n�o tiveram o efeito esperado. Vulnerabilidade que cresce com o apetite pelos cargos.

Embora Bolsonaro tenha confirmado formalmente nesta semana a sua perman�ncia no posto, o professor colombiano est� abalado. Ele tem feito uso de rem�dios para depress�o desde a repercuss�o negativa da declara��o que deu � revista Veja, quando comparou viajantes brasileiros a canibais. Nesta semana, o ministro teve uma crise hipertensiva.

Evang�licos

O Minist�rio da Educa��o sempre foi um posto cobi�ado pela bancada evang�lica. Parlamentares n�o escondem a frustra��o de n�o terem sido contemplados com postos na �rea, que foi dividida entre militares, um grupo ligado ao escritor e "guru" bolsonarista Olavo de Carvalho e a um grupo de t�cnicos. Seria o momento da repara��o.

O descontentamento, contudo, vai al�m do MEC. A mais recente baixa na conta dos evang�licos, dentro do governo, foi a exonera��o, na semana passada, de Pablo Tatim, ex-subchefe de A��es Governamentais, cuja indica��o foi referendada pela frente.

A bancada evang�lica j� havia afinado o discurso e decidiu votar alinhada com o governo apenas nas pautas relativas a temas de costumes. Na semana passada, o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP) usou o Twitter para mandar um recado. "Voc�s n�o pediram minha opini�o, mas deixo aqui humildemente a mesma. A comunica��o est� p�ssima", escreveu. Emendando um apelo: "Quando o governo resolve governar sozinho, se torna um gigante com p�s de barros. O que adianta ter a estrutura que tem se o alicerce � fr�gil? O presidente tem que cimentar os p�s. E isso se faz chamando as bancadas para conversar", disse. Ap�s a publica��o, Feliciano foi escolhido para ser um dos vice-l�deres do governo na C�mara e pondera que pode usar a posi��o para reaproximar a frente do governo. "Talvez o manifesto n�o seja necess�rio", disse.

Atualmente, os deputados da frente reclamam que n�o conseguem ser recebidos por ministros e n�o t�m respostas �s demandas que fazem. O deputado S�stenes Cavalcanti (DEM-RJ), um dos cotados para liderar a bancada, por exemplo, diz que n�o consegue agenda com Velez. Embora o parlamentar tenha feito discurso, no plen�rio da C�mara, em defesa do ministro, segue sem ser recebido.

A bancada se reuniu nesta quarta-feira, 13, em Bras�lia para alinhar seus posicionamentos. Estavam presentes cerca de 30 parlamentares dos 108 da frente.

A partilha dos cargos do MEC � vista com naturalidade por grupos que j� est�o na pasta. Para militares, a exig�ncia maior � de que os postos atualmente ocupados pelo grupo n�o sejam alterados. Est� sob responsabilidade de militares a Empresa Brasileira de Servi�os Hospitalares, o Inep e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE), respons�vel pela transfer�ncia de recursos a Estados e munic�pios para a compra de livros did�ticos, merenda e transporte escolar. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.b>


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)