O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, minimizou nesta segunda-feira cr�ticas sofridas pelo �rg�o em raz�o de julgamentos pol�micos. Nos �ltimos dias, grupos vem defendendo o impeachment de alguns ministros e s�o v�rias as declara��es contr�rias – especialmente de integrantes da Opera��o Lava-Jato – � decis�o de delegar � Justi�a Eleitoral o julgamento de crimes comuns relacionados a campanhas eleitorais.
“N�o tem problema o STF ser criticado. Isso faz parte da democracia. O que n�o pode � o juiz deixar de decidir conforme sua forma��o, as leis e a Constitui��o", afirmou o ministro, que participa em Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira, do semin�rio Macrocrimibalidade - Desafios da Justi�a Federal.
O ministro ressaltou o import�ncia do Judici�rio para a sociedade e argumentou que n�o pode haver "excessos e her�is". "N�s passamos, as institui��es ficam". O magistrado n�o citou nomes, mas deixou transparecer que referia-se a membros da Opera��o Lava-Jato. Dias Toffoli completou ainda que um juiz n�o pode ter lado ou desejo. "Quem tem desejos, que saia da magistratura".
Em discurso, o presidente do STF ressaltou a import�ncia do di�logo entre as institui��es e afirmou que o combate � criminalidade passa pelo processo de institucionaliza��o do pa�s.
“Pode haver um exagero aqui ou acol�. Mas a verdade � que o pa�s tem hoje seguran�a jur�dica e a melhor magistratura do mundo. N�o h� suprema corte no mundo que decida tanto quanto a nossa”.
O STF tem sido alvo de not�cias envolvendo a institui��o e seus ministros consideradas falsas pela Corte, o que levou o presidente a instaurar, na semana passada, um inqu�rito.
As investiga��es v�o tramitar em sigilo. Ao comentar o assunto, Dias Toffoli afirmou aos magistrados que participavam do evento que “qualquer tipo de ila��o contra o STF, os senhores e senhoras estar�o se olhando no espelho e derretendo".