Oposi��o e centro articulam derrubada de isen��o de visto para EUA

A insatisfa��o do Congresso com a forma como o governo tem tratado deputados e senadores levou os parlamentares a articular um "susto" para o Pal�cio do Planalto. Ao longo do dia, um grupo de deputados de partidos de centro e de oposi��o buscou apoio para pautar um requerimento de urg�ncia para um decreto legislativo que derruba a isen��o de visto para americanos. A medida foi anunciada nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro durante viagem a Washington (EUA).

A ideia come�ou a ganhar for�a ainda pela manh� e acendeu o alerta at� mesmo no Itamaraty. Durante coletiva de imprensa do chanceler Ernesto Ara�jo, seus assessores j� comentavam com preocupa��o os movimentos que aconteciam na C�mara. A ordem era para desarmar a bomba.

Os mentores do projeto levaram ao presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o pedido para que ele pautasse o requerimento de urg�ncia da proposta. Na avalia��o do grupo, a aprova��o de uma urg�ncia de uma mat�ria t�o delicada e importante como esta j� bastaria para mandar um recado ao governo.

Maia, no entanto, pediu aos deputados para esperarem alguns dias para que o clima de desgaste visto no Congresso nesta semana pudesse diminuir. Ele tamb�m avaliou que n�o seria de bom tom pautar uma quest�o como esta no mesmo dia em que o pr�prio presidente esteve no Congresso para entregar o projeto de lei que trata da previd�ncia dos militares.

O presidente da C�mara se reunir� nesta quinta-feira, 21, com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e talvez com o pr�prio Bolsonaro e, por isso, pediu para que seus colegas deixassem a quest�o para a pr�xima semana. O encontro, por�m, n�o est� confirmado ainda.

O projeto de decreto legislativo que susta o decreto presidencial foi apresentado pela deputada Mar�lia Arraes (PT-PE). Al�m da dispensa de visto para americanos, o texto tamb�m beneficia cidad�os da Austr�lia, do Canad� e do Jap�o.

Fontes ouvidas pelo Broadcast avaliaram que se o projeto fosse colocado em vota��o nesta quarta-feira, 20, o governo tinha chances concretas de perder a vota��o.