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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro rebate Maia e cita 'velha pol�tica'


postado em 24/03/2019 08:18

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonizaram ontem um tiroteio verbal, ampliando o atrito que tem como pano de fundo a rela��o entre Executivo e Congresso e a articula��o para a reforma da Previd�ncia. Enquanto Maia manteve as cr�ticas � condu��o do governo da proposta no Parlamento, Bolsonaro disse em Santiago, no Chile, que as diverg�ncias acontecem no Pa�s porque alguns "n�o querem largar a velha pol�tica".

Bolsonaro tamb�m alegou n�o saber por que Maia anda t�o "agressivo" com ele. Mas afirmou que o perdoa pelas cr�ticas por causa da "situa��o pessoal" vivida pelo deputado - numa refer�ncia velada � pris�o preventiva do ex-ministro Moreira Franco, padrasto da mulher de Maia. "Eu lamento. At� perdoo o Rodrigo Maia pela situa��o pessoal que ele est� vivendo. O Brasil est� acima dos meus interesses e do dele. O Brasil est� em primeiro lugar."

Bolsonaro repetiu que a "bola" pela vota��o da reforma est� agora com Maia e com o Congresso, e n�o mais com o Planalto. "N�o serei levado para um campo de batalha diferente do meu. Eu respondo pelos meus atos no Executivo, Legislativo s�o eles, Judici�rio � o Dias Toffoli", disse Bolsonaro ao deixar o Pal�cio de La Moneda, sede do governo do Chile, ao lado do presidente Sebasti�n Pi�era. "O que � articula��o? O que falta eu fazer? Eu pergunto para voc�s. O que foi feito no passado? Veja onde est�o dois ex-presidentes. Eu n�o seguirei o mesmo destino de ex-presidentes, pode ter certeza."

Em resposta ao presidente, Maia usou um dos motes do governo para sustentar que essa ofensiva n�o leva a nada. "Construir um novo Brasil passa pela aprova��o da reforma da Previd�ncia e n�o continuar nesse embate improdutivo", afirmou Maia ao Estado. "Estou olhando para o futuro, olhando para a vida real das pessoas." Os discursos de Bolsonaro sempre batem na tecla da necessidade de constru��o de "um novo Brasil".

Em entrevista ao Estado, publicada ontem, Maia disse que o governo n�o tem projeto para o Pa�s al�m da reforma da Previd�ncia e cobrou empenho do Pal�cio do Planalto para a vota��o das mudan�as na aposentadoria.

"O governo � um deserto de ideias", declarou o presidente da C�mara. Em telefonema ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia chegou a amea�ar, na Quinta-feira (21), deixar a articula��o pol�tica para a reforma por causa dos ataques recebidos nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente. Depois, calibrou o discurso, mas avisou que o governo n�o tem base aliada no Congresso e, se n�o se organizar, perder� a vota��o da reforma.

Conversa

Ap�s as novas declara��es, interlocutores de Maia e de Bolsonaro tentam jogar �gua na fervura pol�tica e marcar uma conversa entre os dois. O deputado, por�m, est� irredut�vel e diz que n�o precisa falar com o presidente. Maia n�o gostou de ver Bolsonaro repetir, em Santiago, que "alguns" n�o est�o acostumados com a nova forma de fazer pol�tica.

"Os atritos que acontecem no momento mesmo estando calado fora do Brasil acontecem na pol�tica l� dentro porque alguns, n�o s�o todos, n�o querem largar a velha pol�tica", disse Bolsonaro durante caf� da manh� oferecido pela Sociedade de Fomento Fabril do Chile em Santiago. Ele n�o citou nomes e disse ter recebido o governo em uma crise "�tica, moral e econ�mica". Tamb�m classificou o Brasil como um pa�s "campe�o da corrup��o".

"O que � a nova pol�tica?", reagiu o presidente da C�mara, em Bras�lia. "Eu compreendo que a pol�tica � quando o Legislativo e o Executivo governam juntos. Espero que a gente n�o volte para um passado recente no qual escolhas equivocadas, com m� f�, levaram o Brasil � sua maior crise �tica dos �ltimos anos. � isso que � a velha pol�tica: � usar o Estado em benef�cio de poucos. A nova pol�tica � a gente transformar o Estado em um instrumento para melhorar a vida das pessoas", insistiu ele.

Maia participou pela manh�, em Bras�lia, da conven��o nacional do PPS - quando foi aprovada a mudan�a de nome do partido para Cidadania. Depois, ele almo�ou com o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), na capital paulista. "A reforma passa por um ambiente melhor nos Estados e munic�pios", disse o presidente da C�mara. "Apoiamos a relev�ncia de Maia como l�der na C�mara pela reforma", devolveu Doria.

Ideologia

No Chile, Bolsonaro disse ainda que escolheu seus ministros com compet�ncia e patriotismo e que o Brasil e a Am�rica do Sul come�am a viver "um descolamento da quest�o ideol�gica", que, segundo ele, sempre falaram "muito alto junto � m�dia, universidades e escolas". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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