Deputado estadual eleito pelo PSL para a Assembleia Legislativa de S�o Paulo, o Capit�o Castelo Branco era uma das autoridades que foram anteontem � cerim�nia sobre o 31 de Mar�o no Comando Militar do Sudeste. Sobrinho-neto do primeiro presidente do regime militar, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, o deputado defendeu a iniciativa de lembrar a data nos quart�is. Leia a entrevista.
Como o senhor v� a pol�mica em torno do 31 de Mar�o?
Eu entendo que o Brasil passava por uma �poca muito complexa da hist�ria. Viv�amos a Guerra Fria e o movimento comunista internacional ocupava espa�os geogr�ficos, com guerrilhas tomando o poder em v�rios pa�ses. Houve um clamor para que o Brasil n�o se tornasse um pa�s comunista, pois aqui se organizava a tomada do poder. A Na��o se salvou a si mesma, como meu tio-av� gostava de dizer.
Mas qual a sua interpreta��o dessa data?
Ela pode ter v�rias leituras. Aqui estamos dando uma leitura positiva, no sentido de agradecer �queles que salvaram o Brasil. O 31 de Mar�o foi necess�rio para restabelecer a ordem nacional. Lembrar um evento hist�rico deve servir para pautar um caminho de paz, sem revanchismo, sem antagonismo. O sentido que deve prevalecer � o da pacifica��o do Pa�s. Houve sacrif�cio de ambos os lados. Houve atentados, mortes e torturas de ambos os lados.
E como o senhor analisa o papel de seu tio-av� nessa hist�ria?
Ele ficou tr�s anos na Presid�ncia e queria elei��es e fazer a transi��o pac�fica, mas, em fun��o de fatores externos e de radicalismos do outro lado, n�o foi poss�vel fazer a abertura com seguran�a, da� a necessidade de o regime continuar contra sua vontade. Ele conversou com meu pai pouco antes de morrer. Disse que sentia correr risco de vida.
O sr. acha que a morte de seu tio-av� n�o foi acidente (a�reo)?
N�o foi acidente. Havia interesses contr�rios � abertura.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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POL�TICA
Sobrinho-neto de Castelo Branco, deputado diz que '31 de mar�o foi necessario'
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