O ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional, general Augusto Heleno, ficou irritado quando jornalistas o questionaram sobre o motivo de a comitiva do governo brasileiro ter visitado Israel sem considerar uma passagem pelo lado palestino, como fez o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva quando esteve na regi�o. "N�o vamos comparar, n�o. Pelo amor de Deus, tchau. N�o comparem coisas heterog�neas", disse, saindo do hotel onde est� hospedado.
Sobre o fato de a visita ao lado palestino n�o constar da agenda, ele disse que "nem se pensou nisso". Para ele, n�o se trata de um desequil�brio e comparou dizendo que, tamb�m houve uma viagem presidencial ao Chile, mas que n�o esteve presente na Argentina, por exemplo. "Tem uma outra �poca para ir", disse. "Querem fazer ila��es que n�o s�o corretas", continuou, acrescentando que h� tamb�m a quest�o de tempo, pois n�o se pode ficar por um per�odo muito extenso fora do Brasil.
Antes disso, o general havia dito que a visita da comitiva presidencial era mais do que uma cortesia, quando foi perguntado sobre se a viagem tinha esse car�ter, at� porque Israel passar� por elei��es gerais no in�cio do pr�ximo m�s, ou se havia algum an�ncio a ser feito localmente entre as partes. "Fator cortesia tem um componente desse tipo, mas aqui temos outros assuntos a tratar. Nos interessa essa aproxima��o com Israel, sem que isso signifique um afastamento da comunidade �rabe. Isso tem que ficar muito claro", pontuou.
O ministro n�o quis falar sobre uma poss�vel retalia��o de pa�ses �rabes a produtos brasileiros, como o da carne de frango, por exemplo, com a aproxima��o com Israel. "Isso n�o � assunto meu, � do ministro (das Rela��es Exteriores) Ernesto Ara�jo e do presidente (Jair Bolsonaro)", desconversou.
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