O ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, afirmou nesta segunda-feira, 1�, que qualquer decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) ser� respeitada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele reafirmou, no entanto, as cr�ticas � decis�o da Corte de transferir da Justi�a Federal para a Eleitoral o julgamento de crimes correlatos a elei��es.
"O governo j� sinalizou qual sua posi��o. N�o � nenhuma afronta. Pelo contr�rio, � dever da lideran�a pol�tica apresentar sua posi��o", disse. "Quando houve a decis�o do STF, eu externei minha cr�tica publicamente. Disse que respeit�vamos, embora entend�amos que n�o era a melhor op��o."
Em rela��o ao projeto anticrime, Moro reafirmou sua import�ncia, mas reconheceu que talvez seja necess�rio mandar uma nova mensagem ao Congresso Nacional. "O governo tem de ter lideran�a no processo de altera��o da lei. � o que as pessoas esperam", afirmou.
Coaf
O ministro Moro tamb�m disse, ao justificar a transfer�ncia do Coaf do Minist�rio da Economia para a Justi�a, que o titular da �rea econ�mica, Paulo Guedes, j� "tem muito a realizar" com a reforma da Previd�ncia e outras medidas para tentar reequilibrar as contas p�blicas e resgatar a din�mica da economia.
"O Coaf estava um pouquinho negligenciado no governo anterior", disse Moro durante debate em evento do Grupo Estado nesta segunda-feira. "O Coaf n�o ser� �rg�o policial, vai permanecer atuando contra a lavagem de dinheiro", disse o ex-juiz.
Ainda no debate, o ministro afirmou que "deu m�o livre" para a Pol�cia Federal cumprir seu trabalho, "com respeito �s leis". "Paralelamente, foi constatado o esvaziamento de algumas for�as-tarefas da Lava Jato", disse ele, ressaltando que um dos primeiros objetivos do seu minist�rio foi o restabelecimento dessas for�as-tarefas. "O papel do ministro � aprimorar a estrutura para que os �rg�os investiguem."
Moro ressaltou ainda que sua pasta "est� � disposi��o" para investigar qualquer amea�a a ministros do STF. O ministro destacou tamb�m que o estabelecimento de mandatos para Pol�cia Federal � "proposta a ser pensada seriamente, mas n�o no momento".
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