
A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato de S�o Paulo protocolou den�ncia contra o ex-presidente Michel Temer e outros tr�s investigados pelo crime de lavagem de dinheiro. O caso estava no Supremo Tribunal Federal (STF), e foi enviado pelo ministro Lu�s Roberto Barroso � Justi�a Federal de S�o Paulo.
A den�ncia diz respeito � reforma da casa da filha do ex-presidente, Maristela Temer, supostamente bancada por Jo�o Batista Lima Filho, o coronel Lima, e sua mulher, Maria Rita Fratezi.
A reforma na casa da filha do ex-presidente j� era alvo da Pol�cia Federal no �mbito do inqu�rito dos Portos, quando as investiga��es deram conta de que valores em esp�cie teriam bancado as obras. Os valores teriam sido pagos pela mulher do coronel Lima, Maria Rita Fratezi, segundo testemunhas.
O engenheiro contratado para tocar a reforma, Lu�s Eduardo Visani, chegou a afirmar � Pol�cia Federal que recebeu seus pagamentos em dinheiro vivo.
"Que os pagamentos, de fato, totalizaram aproximadamente R$ 950 mil, conforme c�pia de recibos apresentados, os quais foram recebidos em parcelas diretamente no caixa da empresa Argeplan", consta em seu termo de depoimento.
Maristela chegou a prestar depoimento no �mbito da Opera��o Skala, que mirava aliados de Temer. Quando Temer foi indiciado, a Pol�cia Federal afirmou que as obras na casa de Maristela Temer, em S�o Paulo, ocorreram entre 2013 e 2015. A reforma foi avaliada entre R$ 1,5 milh�o e R$ 2 milh�es.
Segundo a PF, coronel Lima "colocou toda a estrutura da empresa Argeplan � disposi��o do servi�o, encarregando Maria Rita Fratezi, sua esposa, de aquisi��o de parte do material e fornecedores".
"N�o h� d�vidas que a reforma custou entre 1,5 e 2 milh�es de reais, contrapondo-se �s informa��es prestadas por Maristela Temer, a qual afirmou ter gastado apenas cerca de 700 mil reais na reforma, sem tamb�m apresentar qualquer comprovante de tais pagamentos ou ressarcimentos para Maria Rita Fratezi", relatou a PF ao indiciar Temer, em 2018.